quarta-feira, 9 de novembro de 2011

O sol e a almanada

O sol no céu azul feito nau no meio  do mar
 arde mais quando brasa de fogueira de São João.
Cá na terra, no meu pequeno jardim
uma bela alamanda insulta o sol
com o brilho de suas folhas viridescentes.
Fico a parte só miro a alamanda,
não dar para encarar o sol.
Então desvio o olhar à acácia,
aos sanhaços não estão nem ai,
só se preocupam em deliciar seu naco de manga.
E assim o sol se vai
e a alamanda fica sem seu brilho.
As vezes acho que a alamanda encara o sol
só para para ganhar brilho.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

cai a noite

E quando cai a noite, escurecem as palavras em minha mente.
E quando cai a noite e a brisa não aparece,
ai, minha mente padece.

Breve suspiro

Quase sempre nos acostumamos com tudo. Está acostumado com as coisas é torná-las invisível. Quantas pessoas, situações ou objetos que temos ao nosso não se tornam invisíveis. Muitas vezes esquecemos de dizer palavras carinhosas, o que sentimos por elas, de lhes dar atenção, carinho e afeto. Quase sempre cremos serem eternas, fazem parte de nossas vidas. Acontece ainda celebrações entre os amigos, saídas para o bar, e simplesmente não comparecemos, então nós é caímos no esquecimento e nós é nos tornamos invisíveis. Acontece ainda que queremos muito alguma coisa então quando finalmente compramos, passamos a desejar outra coisa e simplesmente não curtimos. Mas ai, certo dia, as pessoas passam para o lado da maioria, os amigos ou você se muda, a coisa é roubada. Só neste momento que a invisibilidade ganha forma e cor e tu então ver que a vida passou e nada passado é reversível, tudo até pode parecer igual mas na essência tudo é diferente. Creio que é necessário refletir sobre a vida, rever os conceitos, e valorizar mais o que temos. A final a vida parte num breve suspiro. E caímos no esquecimento.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Infância

A alguns anos atrás morava numa num sítio de uma cidade pequena. Esse sítio chamava-se Serrinha do Canto era povoado da cidade de Serrinha dos Pintos no RN. A vida no sítio era muito calma e pacata. A maior parte do tempo não tinha muito o que que fazer, senão ajudar meu pai na roça que era raro e por água em casa, quando muito tirar comer para o gado. Meu pai nunca explorou muito nossa mão de obra, dava prioridade aos estudos. Sabia que era muito importante. Adorava mesmo era viver o inútil do ser. Ficar acordado durante a tarde pra poder comer doce as escondidas, fazer ponche de limão enquanto mamãe dormia. Meu irmão aprendeu a fazer até doce de leite. E ficava sem fazer nada à toa. As vezes, observava as formigas trabalharem, as abelhas polinizarem as flores ou simplesmente ficava vagando. E ficava imaginando coisas, esperando sempre que algo de bom acontecesse e sempre acontecia. Primeiro vinha o inverno e coloria todo o mato seco de verde, enchia as plantas de flores e frutos. Hum como eram doces as goiabas e as melancias verde por fora e vermelhas por dentro, os melões, as suculentas annonas (pinhas), e no fim as cajarandas. Essas frutas amarelas maravilhosa com sabor acridoce caim no chão feito lama e perfumava tudo em sua volta. Mais tarde quando o inverno acabava era época da colheita,  e em seguida vinha a época do caju. Gostava tanto de caju que meu amigo me apelidou de caju. Vivia sob os cajueiros feito bacurim, rasgando e deliciando os suculentos pseudofrutos. Acabava a safra e tava todo mundo gordo. Minha felicidade estava muito ligada a fartura de comida. Vida boa, vida atoa.

A barata


Era tarde da noite e não havia ido dormir ainda, mexia no computador. Então vi um vulto entrando no meu quarto. Não dei muita atenção. Então desliguei o computador e fui dormir. Até ai tudo bem, apaguei as luges, curtia o canto longe dos grilos, mas em pouco tempo, ouvi algo se mexendo em meu quarto, não eram os malditos pernilongos. O que seria? Esperei mais um pouco, ouvi então o som de um voo, então acendi a luz e fiquei procurando, não encontrei nada. Apaguei a luz e logo depois começou o chiado. Ah, danada, pensei. Estava quente, não estava conseguindo dormir. Então acendi a luz e vi aquelas antenas feito orelhas de jegue se mexendo. Eis a grande decisão matá-la ou não? Senti-me um juiz e um carrasco ao mesmo tempo. Baratas são insetos da ordem Blattodea. Alimentam-se de restos de comida e podem ser vetores de doenças. Apresenta exoesqueleto formado de quitina. Este exoesqueleto é rijo quando a barada se locomove faz um chiado asqueroso, além do mais quando por acaso pisamos sobre uma delas se ouve o um som de algo quebrando. Em nossa visão as baratas são seres tão nojentos, mas seria esto um motivo ou justificativa para que a matasse  ou seria o fato de ela ter invadido no meu quarto e estivesse tirando minha tranquilidade? Vale salientar que as baratas surgiram no planeta milhões de anos atrás, quando nós ainda não existíamos. Não seria nós os invasores de seu ambiente? Bem para muitas pessoas esses motivos são suficientes para tirar a vida até mesmo de um ser humano. No entanto, não tive coragem de abater aquele pequeno animal, então peguei um papel higiênico peguei-a pelas antenas e atirei-a no jardim. Fechei a janela e foi dormir. Pensando nas baratas que são brutalmente assassinadas.

domingo, 6 de novembro de 2011

O som da tarde

Ouço as aves cantarem,
o vento se debater contra
as folhas. Também ouço
a tarde chegar.
Esta chega como criança
diante do diferente, tímida
e quando menos se espera
se doura com a partida do sol.
A tarde guarda muitas coisas
para mim, oculta os meus medos,
mais que as outras horas...
enquanto isso fico quietinho
no meu quarto.
Ouvindo o som da tarde,
e saboreando a luz da tarde.

sábado, 5 de novembro de 2011

As coisas

Não sei o que acontece com o mundo ou com as coisas. As vezes me preocupo com as coisas e suas coisas. Acho que me apego as coisas, por medo de perder essas valorosas coisas. Mas o que são essas coisas tão valiosas para mim? Não sei, mas absorvo tanto do mundo externo que tem dias que meu mundo interno parece vazio, desordenado. As coisas do mundo são um só mistério que criamos para nos refugiar de nossos medos.

As aves, as flores e as árvores

As aves, as flores, as árvores são tão vivas tão belas.
As aves enfeitam o céu, as flores os bosques, os jardins
e as árvores a floresta.
As árvores são moradas das aves e suporte das flores.
As aves dispersam frutos e sementes das árvores,
e as flore atraem as aves para as árvores.
As árvores, as flores e as aves
são tão amigas, tão belas...

Luz da manhã



French Neoclassical Painter, 1774-1833
                                                         Vi a luz da manhã, dourada como ouro aceso. Essa manhã fria começou a aquecer o mundo e dar-me profundidade das cosias. Essa luz revelou a forma bela das flores perfumadas e as coisas ao meu redor.
Através dela pude apreciar o meu jardim. Essa luz veio e invadiu o meu ser, me fez acordar, abrir a janela
e sentir a brisa fria que povoava meu jardim, no entanto a luz apagou as estrelas da noite. Gosto das estrelas, mas também gosto do céu azul, mas a luz também revelou o céu azul, revelou ainda as palavras escritas nos livros, acho a leitura mais fresca de manhã. E assim a manhã veio, dourou minha vida, me trouxe sabedoria e capacidade de discernir as coisas. Nem sempre temos a luz da manhã para revelar as coisas em nossas vidas. Não podemos conhecer as pessoas e suas ações, senão superficialmente, as pessoas não são como a luz da manhã reveladoras, mas em sua maioria são profundas com rios submersos sob rochas calcarias. As vezes as pessoas parecem serenas como a luz da manhã, mas estas pessoas podem estarem apenas ocultando suas verdadeiras intensões. São tantos os males que há no mundo, quem dera que estes males fossem ingênuos como a luz da manhã. Os males do mundo, creio que se trata de uma invenção humana, criada como todas as coisas criadas pelo homem de seus sentimentos mais ocultos. Esses sentimentos são tão ocultos que não podem ser revelados por luz alguma, nem mesmo raio x seria capaz de revelar. O mundo se revela sob a luz da manhã e a ciência ajuda a revelar mais o obscuro, mas nem tudo pode ser revelado, então vamos aprendendo, refletindo, compreendendo o mundo, mais contemplando mais a luz da manhã.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Sair para caminhar

Sair de casa é essencial
pra sentir a vida pulsar,
as pernas caminhar,
sentir um aroma diferente,
encontrar uma flor,
uma paisagem,
ver gente.
As vezes nos fechamos
com os nossos problemas
e esquecemos do mundo
que há lá fora.
As vezes esquecemos
que temos todo um universo
em nosso interior
que necessita de ideias
externas,
saia para caminhar,
veja agora as Murraias
florescem, e perfumam
e enfeitam as ruas com suas
flores candidas.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh