segunda-feira, 25 de outubro de 2010

poesia

O canto das aves é uma doce poesia!

Cantador

Quando o celular me acordou, não me despertou sozinho. O que realmente me despertou foi um galo cantador apareceu na vizinhança. Cantou um canto forte. Que lindo canto! deve ser um galo e dos grandes. Um galo dominante. Cantou várias vezes. Depois sonorizou uma cantarada de pássaros que abriu meu dia. Acordei com um brilho no coração.

domingo, 24 de outubro de 2010

Vida

Que incerta é a vida,
tentando sobreviver,
a cada dia.
Que incerta é a vida,
vencendo obstáculos de
cada dia.
Essa luta pela vida,
quotidiana que vence que perde.
Essa vida sem sentido,
essa vida que si vive.
dia a dia.
Dia de vitória,
dia de derrota,
faz parte da vida,
essa vida contínua,
que perfaz dia a dia,
Essa vida linear,
que segue sempre em frente,
que apaga, faz esquecer os rastros do ontem,
que projeta os rastros do amanhã.
É a viva que pulsa,
que nos faz viver,
que nos experimenta,
que nos ensina a vencer e a perder,
que nos ensina que viver é sublime,
que da mais armada planta,
mais bela flor desabrocha,
vida com seus encantos e desencantos.
Cheia de luz cheia de trevas,
amores e desamores,
felicidades e infelicidades,
simplismente,

vida.

Férias de fim de ano

Férias

Minhas primeiras férias só na casa de parentes aconteceu no fim do ano dezembro de 1991, tinha apenas 12 anos. Acabara de concluir a quinta serie do ginásio, foi um ano muito difícil, fiquei de recuperação em matemática e português, ali naquele ano seria como cruzar o cabo da boa esperança de tamanha dificuldade. Bem fui na onda dos moleques, novos amigos que conheci e nessa ia me dando muito mal. Não gostava nem um pouco das aulas, ainda não faziam sentido pra mim. Mas o fato é que gosto de ser desacreditado, gosto sempre de atingir meus objetivos, tive que estudar mais pra passar de ano. E consegui, passei pra sexta série, bem depois eu conto, mas só pra ter uma ideia depois da sexta série tomei gosto pelos estudos. Por ter ficado de recuperação minhas férias foram menores, mas passei, não podia ficar pra trás demais, sempre era um ano atrás de minha irmã. Enfim, nessa época tinha Nevinha e tio Aldo já estava morando no sertão, lá nas Pitombeiras, eu ainda não conhecia e queria muito ir pra lá porque seria um novo lugar que iria conhecer e ficava próximo da casa de Maria filha de tio Aldo, ela tinha três filhos seria muito legal, iríamos brincar muito. Bem pra ir pra lá eu precisava pegar um carro de linha que na época era o de seu Tonho, uma F4000 na epoca eu achava muito bacana era uma 3/4 linda, já tinham mais modernas, a de seu Tonho tinha a boleia amarela com com decaultes pretos, faróis redodndos, as mais modernas tinham faróis duplos e quadrados. O quadrado era moderno pra mim. Bem no dia combinado pra ir, fazia dias que estava contando dia a dia no calendário. Acordei mais cedo pra não perder a hora, tomei o café e fiquei na área esperando, vazia um friozinho gostoso, a luz do sol despontava no nascente, o céu estava crepuscular, era aurora, a luz dos postes ainda estavam acesas. As galinhas já andavam pelo terreiro frio. Bem na frente de minha casa tinha um cajueiro onde as vezes parava vacas e faziam cocô, mamãe ficava muito irada com isso, pois todos os dias ela tinha por obrigação varrer o terreiro aquilo era sua ginástica quotidiana, varria com melosa, Stylosanthes viscosa para os conhecedores de botânica, bem como já acordamos, ela já foi fazendo a vassoura. Dai a pouco ouvimos o timbre do carro que já vinha lá por seu Mundinho ou Lolo, só podia ser por ali, pois tinha um alto ali, e bem em frente a casa de Dequin, o carro acabara de subir o alto, logo em frente a casa de Loló começava a descida, então na casa de Dequin o motorista dar uma desacelerada, e logo troca de marcha e na casa de Loló da-lhes outra marcha o carro soltava aquele timbre que avisa a quem tivesse atento. Nossa memória de timbre é muito aguçada, aprendemos fácil quem vinha só pelo timbre, logo ouvimos ai pai falou que já vinha corri pra estrada e ele veio junto, deu com a mão e o carro parou era um pau de arara, cheio de bancos uns sete ou oito, sem muito conforto, mas pra mim na época era um carro. E lá vamos nos Serra abaixo. Que felicidade, ir pro certão passar em Pau dos Ferros a maior cidade que eu conhecia, tinha até sinal de trânsito. Bem quando chegamos depois do pé da Serra o carro parou para as pessoas fazerem um lanche, estava cheio, não tinha dinheiro pra fazer lanche, além do mais a viagem demorava menos de duas horas. Depois seguimos para a cidade. Chegamos lá cedo, então quem me levou pra casa de tia foi Zezim. Ele tinha uma moto 82 vermelha de tanque redondo, era feia mas muito boa, pra época, começaram a sair as Hondas 92 as mais lindas motos. Ele ia todos os dias vender leite, então amarrou as os baldes e lá fomos nós sertão a dentro. Quando cheguei na casa das pitombeiras fiquei maravilhado que casa grande, enorme desci, não vi muita graça lá não tinha crianças, mas tinha uma televisão daria pra ver as novelas, era muito fã de novelas. Desenho que mais gostava, ah isso não daria, tia Nevinha não gostava, nem novela ela gostava muito só de jornal, como não entendia jornal nem liguei, pensei quero é ir lá pra Maria, lá tem açude, monaretas, mas bem fiquei lá em tia, foi muito gostoso, no sábado de manhã tio algo arriou a carroça numa burra branca e fomos à cidade. Que coisa boa aquela burra mais parecia uma C10, corria que era uma beleza. Tio Aldo era um homem muito bem humorado, barriga cheia, com ele não tinha miséria. Já tia Nevinha era muito nervosa, se irritava fácil, falava muito alto. Os filhos que moravam com eles era Aparecida a caçula e Nobe que fora adotado. Bem aquele dia de feira foi muito bom, fui num mercado que fiquei boquiaberto com o tamanho, nem em Serrinha, sequer em Martins, bem já tinha ido a Alexandria onde morava tia Chaga e tio Dedá, mas lá também não tinha. Uau, pensei e se me perder. Fiquei esperto de me perdesse ali estava lascado, seria um morador de ruas. Tinha muito medo de me perder. Voltamos pra casa, depois fui lá pra casa de Maria, antes fui na casa de Zé irmão de Zezim, outra casa enorme linda, com vista pra Chico Dantas uma cidadezinha e para dois açudes. Tanta água refresca o ambiente. Ah na casa que tio Aldo morava em frente tinha um açude muito grande, tinha muito peixe lá, quase todos dias que estive lá comi muito bem a comida da tia era saborosa. Era arroz da terra, peixe, carne, preá e banana. Era uma fartura. Bem a casa tinha dois lados com enormes varandas, fresco. Em frente a casa tinha um poste com luz. Certa vez foram roubar peixe no açude, mas tio Aldo escurraçou os ladrões à bala, tia Nevinha contou esse epísódio enquanto estávamos sentado na área. Tio Aldo trabalhava muito lá, e nós sentados na área ouvindo o som das siriemas. Essas férias passaram muito rápido.

sábado, 23 de outubro de 2010

Passiar só


Quando ganhei a confiança de mamãe e ela viu que já era uma pessoa responsável. Ela começou a deixar sair de casa sozinho, pra lugares longe de casa, tipo a casa de meus avós e a casa dde meus tios, claro que não ia em toda casa, mas ia na casa que tinha mais crianças, no ambiente que achava mais legal. Um dos lugares mais fascinantes no meu mundo infantil era a casa de vovó que meu tio Miguel morava lá. Achava aquele lugar mágico. Ali tudo era diferente, pois aquela casa velha ficava no pé da serra. Onde a paisagem era bem diferente de onde morávamos, no pé da serra tínhamos caatinga, mata branca, com árvores baixas e retorcidas, cinzas, e muito cardeiro, muita imburana, muita catingueira, e muitas aves que não dão na serra, lá tinha golinho, era difícil ver um golinho na serra. Lá tinha nos terreiros, tinha também rolinhas cascável que tem o corpo coberto de penas, mas aquelas penas parecem escamas, quando voam fazem um som muito bonito. Adorava ouvir seus cantos com duplo som "tou tu tou". Fazcinava-me aquelas paisagens, então aprendi a ir pra casa de Miguel que tinha cinco filhos e quando chegava lá eu era a sensação contava minhas histórias e ouvia as histórias do meninos. A mãe deles Tereza também contava histórias. Mazildo mais parece são Francisco, pois tinha uma amizade com os animais tão intensa. Ele tinha aves que ele mesmo criara, golinhas, rolinhas, bigodes, cantos de ouros, ele tinha um problema na perna. Era um menino muito inteligente, sabia das músicas que passava na rádio de cor, sabia cantar. Já Macilho era mais quieto, Maria era cheia de riso e Bibia calada. Engraçado como eles riam do que eu falava ou fazia. Chegava lá então a gente saia pra caçar de baladeira, era muito ruim de pontaria. As vezes ia a pé, as vezes de burro, mas nunca fui de bicicleta, tinha as pernas finas, mas muito rápidas, sabia de caminhos mais rápidos. Quase sempre ia no sábado, dormia lá. Gostava de dormir lá, pois dormia de rede. E dava pra ver a luz da lua entrando pelos furos das portas e janelas velhas. Acordávamos cedo, tomávamos café, tudo era só brincadeiras, no fim da tarde tinha que voltar, as voltava de carona ou voltava a pé. Chegava em casa cansado, mas feliz. Sentava na calçada mirando o horizonte. E assim foi por muito tempo, alí passei meus domingos.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Concentração

Sentado sob uma árvore no alto de uma serra, miro a extensão do vale e o horizonte distante. Daqui de cima sinto o vento viajante incessante toca meus cabelos, minha pele e parte levando de mim a meu odor, deixando-me numa sensação de liberdade. Sinto a pressão de meu corpo sobre mim, o solo frio. Começo então viajar dentro da paisagem que vejo. A contemplar a luz do sol que me permite ver as cores e distinguir as formas. A ver cada parte da paisagem como uma paisagem peculiar. A sentir o cheiro do ar, ouvir o que fala a natureza confesso que quase sempre não compreendo nada, mas nada do que fala a natureza, porém mesmo assim me agrada ficar a contemplar a natureza, a ver a beleza na vida, as vezes é muito difícil, no entanto busco sempre tentar entender racionalmente, pois muitas vezes achar que compreendi, traz-me uma sensação de satisfação. Hoje que moro muito longe das paisagens que contemplava, simplesmente sinto muitas saudades. Nem sempre tive o que queria. A vida já foi muito mais difícil. Quando morava com meus pais era feliz, mas sempre quis ter mais, ser mais que foi, não era preciso ter muita coisa pra isso. E quando não podia ter, comprar nada. Simplesmente tinha que aguardar o dia chegar até eu conseguir meus objetivos. Quantas vezes não consegui, lembro que fiz três vestibular, mesmo assim nunca pensei que não seria capaz. Era difícil aceitar que não seria daquela vez que eu entraria na universidade, mas fazer o que. Restava esperar e estudar. Lembro que certa vez saiu o resultado e não passara, no mesmo dia comecei a estudar. Quando ficava muito triste, pra não preocupar ninguém, eu saia a caminhar por entre matos, caminho a fim. E pensava eu vou conseguir. Caminhava olhando pro poente, contemplando o sol, as nuanças da natureza que me cercava. Triste, sentava e contemplava, comentava pro sol que um dia eu iria conseguir. Tinha que me convencer que era possível, por isso pensava, acreditava. Preciso ser forte e acreditar mais que nunca que tudo valeu a pena, que cada tijolo que carreguei serviu pra construir minha morada. Hoje descobri que não preciso de morada, pois somos viajantes e devemos sempre viajar.

Indagação

Tenho amigos que já me perguntaram diversas vezes se eu pudesse fazer algo naquele momento o que gostaria de está fazendo? Confesso que nunca tive uma resposta pronta, porque pra mim o que interessa é o presente. Bem essa seria uma resposta racional e rápida. Em companhia de alguém não sentimos solidão, mesmo que seja alguém que não gostamos, pois temos outros sentimentos que vão além da solidão. Mas e se estou em casa e o fim de semana chegou, estou só, faz calor, estou com sono. Como iria responder a tal questão. Talvez gostaria de está com a namorada, com os amigos, qualquer coisa menos sentir solidão. Não adianta, somos seres solitários. Nascemos só, vivemos só com nossos pensamentos, muitas vezes não nos suportamos, queremos fugir de nós mesmos. Sentimos saudades de sermos nós mesmos. Somos seres extremamente sentimentais. É a partir de nossas sensações que construímos o mundo. O meu mundo é extremamente subjetivo, converso muito comigo mesmo em pensamento, e não conheço a mim mesmo. Agora conheço a importância do conheça a ti mesmo. Não consigo idealizar onde eu estaria agora, acho isso tão egoísta. Acho que sempre fugirei pela tangente. Gostaria de está aqui e agora. É extremamente brilhante a capacidade que algumas pessoas tem de idealizar as coisas, potencializar os desejos, fazer planos. Por que será que comigo isso não acontece? Sei que estou sendo redundante, mas porque não penso em algo bom? por que evito de pensar? um dia quem sabe isso não acontecerá?

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

galo de campina

O magestoso galo de campina canta,
quando canta a natureza cala,
seu expressivo canto desperta a caatinga,
cabeça vermelha, bico de prata, corpo criso,
canta.
Sorte de quem vive no sertão
desperta ao som de uma orquestra,
corrupião, cabeça vermelho e rolinhas.
O magestoso, faz uma cantarada...
desperta a madrugada.

Acorda

Ainda me lembro, ouvir papai carinhosamente me chamar dizendo que o burro já estava arriado, era hora de buscar água. Era um gesto de muito carinho, pois ele acordava mais cedo ia até o paieiro e trazia o animal arriava e me chamava, enquanto fazia o fogo. Vinha chamava baixinho pra não acordar as menina. O sol já despontava no nascente, mas o sono como era intenso. Nem era tão cedo, mas esta frio. Levantava, escovava os dentes, vestia uma blusa, montava no burro e segui para a gruta de Zezin, pelo menos nos primeiros meses do verão, mas se o verão se estendia tinham que ir buscar água bem mais longe, no açude do Alívio, uns 4 km, pobre dos animais que levavam aquela carga pesada no espinhaço. Tinham aqueles que tinham burro e as vezes voltava montado, mas quem tinha jegue não podia fazer essa proeza. Pobre dos jegues, mesmo magro, com pouco pra comer viva a carregar peso na casa, água, lenha e forrage. Naquele tempo o jeque era muito importante era o transporte da casa. Vou na casa de fulano, vai de jegue. Haviam aqueles que viam de longe, lá do sertão, punha dois caixotes, com peixe salgado para vender e comprar uma feirinha da semana, os pescadores e vinham de jegue. Papai quando era pequeno adiquiriu dois jegues o primeiro era preto, forte e sadio. Parece que os jeques pretos são mais fortes que os marrons, mas esse ficou velho então papai adquiriu um cinza, marrom e tinha a orelha corta, não era Gogh, mas tinha a orelha cortada, não sei por que, maldade de ocioso ou as vezes pra identificar posse. Aquele jegue da orelha cortada era muito engraçado, pois quando bebia água ficava com a língua de fora, mordia e dava coice se visse que a pessoa tava com medo ele muchava as orelhas e mordia. Depois papai foi a Pau dos Ferros e comprou um burro manso e bom de carga, mais eficiente que o jeque, então ele vendeu os jegues. O fato é que vi sempre o dia despontar no horizonte, buscando água. Achava preguiçoso quem não acordasse cedo, ficava muito feliz quando era o primeiro a chegar na fonte, ser o primeiro a terminar de por água. Depois da primeira carga tomava o café. Nosso café era rústico, dia era pão de milho como nata, tapioca com nata, broa de milho, ou broa de ovos e café com leite. E vamos lá. Vai ver mais uma que ainda precisa. Lá em casa três cargas eram suficientes, todo dia. Aprendi a importância de viver o dia, trabalhar, pois sem trabalho, sem comida e sem banho. Obrigações de criança é importante pra disciplina. Uma vida feliz.

Madrugada

Madrugada fria,
escura e vazia.

o silêncio negro da noite paulatinamente se vai.

Canta um sabiá.

o dia se rebela.

Meus olhos pensados despertam,

o relógio cobra minha atenção,

Bom dia,

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh