A manhã foi tão ligeira,
Caminhei na estrada tentando esvaziar a mente.
A mata seca e intrincada, a forma das árvores,
A aroeira inerme e oblonga, o Juazeiro verde e armado, com flores diminutas, a Jurema castigada cortada e ressuscitada tão ramificada, as cajaraneiras plantadas e idosas...
Os angicos de troncos ornamentados espalhados na mata.
Na beira da estrada encontro a trindade na materialidade de três pequenas rochas, sagrada família.
Olhar aqui e aculá a contemplar a unidade e a pluralidade...
O som do metal na proteção de uma curva fechada.
O som em minha alma e na natureza o vento sendo riscado no garrancho da mata.
A luz fria do sol que vai aquecendo o dia...
O ir e vir...
A manga na sobra da mangueira, doce amarelo.
O céu azul.
A promessa de chuva.
A fé.
A estrela alva da vinca.
O café com leite.
A saudade.
E o desfecho da manha aqui e agora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário