terça-feira, 11 de junho de 2024

Canjica

Sei que o que busco não encontrarei.

O que busco é satisfação,

O que busco é prazer,

O que busco é felicidade.

O que busco está no devir,

Não está no deveio.

A consciência está sempre aquém do agora,

Por vezes do aqui.

A consciência está aonde?

Nunca estarei pleno.

São dois os sistemas de conhecimento um intuitivo e imediato,

Outro racional e mediato...

Onde alinharei os dois?

Se para ser, sou apenas memória,

Estou sempre no passado...

Estou sempre absorvido em algo...

Plenitude o que é a plenitude?

Espaço e tempo... causalidade...

Sucessão e extensão...


É tarde, pós-meio dia.

Um bem-ti-vi vocaliza seu som vazio.

Eterno momento.

Onde sou, estou...

A tarde cai,

Junho acontece,

Colorido de bandeiras,

Alegre de sanfona, zabumba e triangulo...

Sete cores,

Sete notas musicais...

Consciência dupla...

Tripla...

Consciência que nasce do milho,

No cheiro da canjica e da canela,

No doce açúcar da canjica...

No milho cozido a sal,

Na pamonha com queijo.

Na palha verde cozida de amarelo.

Meu Deus.

Tudo numa coisa só. 

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