Sei que o que busco não encontrarei.
O que busco é satisfação,
O que busco é prazer,
O que busco é felicidade.
O que busco está no devir,
Não está no deveio.
A consciência está sempre aquém do agora,
Por vezes do aqui.
A consciência está aonde?
Nunca estarei pleno.
São dois os sistemas de conhecimento um intuitivo e imediato,
Outro racional e mediato...
Onde alinharei os dois?
Se para ser, sou apenas memória,
Estou sempre no passado...
Estou sempre absorvido em algo...
Plenitude o que é a plenitude?
Espaço e tempo... causalidade...
Sucessão e extensão...
É tarde, pós-meio dia.
Um bem-ti-vi vocaliza seu som vazio.
Eterno momento.
Onde sou, estou...
A tarde cai,
Junho acontece,
Colorido de bandeiras,
Alegre de sanfona, zabumba e triangulo...
Sete cores,
Sete notas musicais...
Consciência dupla...
Tripla...
Consciência que nasce do milho,
No cheiro da canjica e da canela,
No doce açúcar da canjica...
No milho cozido a sal,
Na pamonha com queijo.
Na palha verde cozida de amarelo.
Meu Deus.
Tudo numa coisa só.
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