Olhar fotografia é um exercício doloroso por ser cheio de sentimentos.
Acho que é uma janela para acessar memórias que dormem em nosso cérebro.
Determinados momentos nos dão acesso as nossas memórias.
A fotografia é esse livre acesso...
Hoje abri a janela e estava tão ensolarado.
Então a luminosidade intensa me deu acesso a uma boa memória.
Memória de papai.
Ele era sempre tão generoso comigo.
Nossa terra era pequena e criávamos algumas rezes.
De maneira que a gente vivia fazendo ou renovando as cercas e dividindo a propriedade em pequenas pastagens.
Lembrei de longe uma vez que fomos fazer uma cerca lá no final da terra, depois de um tanque.
Essas cercas eram também para proteger as pequenas roças.
A gente sempre fazia esses movimentos.
E eu o ajudava.
Ele sempre me poupava do trabalho forçado, mas não dispensava minha ajuda.
A gente estava fazendo a cerca.
Ele selecionava as estacas, marcava os lugares e eu o ajudava a cavar os buracos.
A gente usava muitas estacas de cajaraneiras e é tanto que ainda hoje tem pés de cajarana na nossa terra.
Papai era muito sabido.
Sabia fazer de tudo.
Hoje que ele se foi. Os momentos de sua presença são tão saudosos e gostosos.
Como nos faz falta.
Revendo as fotografias chorei... Temos a sorte de ter vídeos.
Que eternizaram sua presença entre nós.
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