Nunca imaginei viver esse pandemônio que estou vivendo. Há 20 anos no dia 8 de agosto de 2000 saia de casa pela primeira vez para morar fora e fazer faculdade. Achei que ganhava liberdade de fazer o que quisesse. Fazer o curso dos sonhos, morar na cidade perfeita. Hoje zera tudo. Já que a partir de agora todos os dias que viver serão superiores aos dias que vivi sob o teto de papai e mamãe. Tantas coisas aconteceram de lá até aqui. Agradeço imensamente a Deus pela generosidade de tudo que vivi. As cidades que vivi Natal, São Paulo, Campinas, Brasília e agora... O quanto cresci com a graduação, mestrado e doutorado e agora a docência. Os novos hábitos e gostos adquiridos pela filosofia, música, poesia e fotografia. Pelas amizades conquistadas. Tanta coisa... Mas aquele vazio me acompanhou a ausência da presença dos pais e irmãos. Dias e noites foram testemunhas de tudo que vivi. Dias de sol e de chuva, noites escuras e noites enluaradas. Tanta coisa. Tenho amigos que levo no peito apesar da distância, amigos próximos que a vida me deu de presente... Tanta coisa... Sem falar de minhas leituras Borges, Nietzsche... Até chego a me perder. São 7.295 dias idos e vividos. Tempo que oras estou profundamente mergulhado, oras estou por fora. Mas é isso a vida reviver, rememorar, reaprender e aprender... Faria tudo de novo.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
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E no fim? A luta cotidiana, A sobrevivência, O amor... Viver. Ver. Ser e existir. No fim resta o ser. O existir é encerrado numa urna.
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