Hoje, terça-feira, o sol está impressionantemente brilhando.
O céu está azul nem parece que ontem choveu o dia inteiro.
Assim é.
Assim é.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
Hoje, terça-feira, o sol está impressionantemente brilhando.
O céu está azul nem parece que ontem choveu o dia inteiro.
Assim é.
Assim é.
Há alguns dias, ouço Mozart.
Na verdade meses, desde 2022.
Por que Mozart?
Porque é alegre, talvez.
Porque continuo ouvindo os mesmos álbuns.
Porque o ouvia antes de ir a casa de minha mãe, passar as férias com ela, desde então já vinha ouvindo.
Então minha mãe dormiu na eternidade.
Ao continuar ouvindo Mozart,
Quis sentir a presença viva de minha mãe.
De Assis, Francisca.
Continuando ouvindo Mozart,
Outra e outra e outra vez.
É como se quisesse deixar algo aberto e ligando meu espirito ao de mamãe.
Quem vai entender,
Mas não é para entender.
Quiçá para ler.
É simplesmente uma tentativa de conectar meu consciente ao meu inconsciente.
Meu racional ao racional.
Às vezes, nem escuto e nem ouço.
Às vezes minha percepção filtra como o barulho de uma ventilador ou de um ar ou do carro.
A gente nem percebe, mas está lá.
Então por vezes, me pergunto.
Como seria ver a música?
Qual seria o sabor da música?
Como seria a música cristalizada?
Ouvi dizer que a arquitetura é música solidificada.
Mas será?
Fernanda, a aroeira que mora do lado de minha sala,
Não reclama de nada.
Bom, as vezes asa aves vem importuná-la mas ela finge nada acontecer.
Já vieram o pitiguari, os sanhaçus, as patativas, os pirites.
Bom, fernanda gosta de Mozart até vejo seus ramos dançando.
Bem, aqui está um pensamento materializado e mamãe viva e eterna.
Graças a Mozart.
Ontem, domingo, choveu tanto.
Ficar em casa dá até um enfado.
O frio úmido,
A ausência da presença solar.
Quero dizer que bom,
Parece que prefiro o sol.
Mas as companhias de Dayane e Vinícius
Deixam as coisas ensolaradas.
Hoje, segunda-feira...
A chuva continua,
Mas estou na universidade.
Que está molhada,
Vazia e fria.
É o mês de junho em todo seu esplendor
Chuvoso.
O tempo não existe.
O que existe são memórias.
As memórias são recortes da realidade.
A realidade está pautada na duração.
Algumas coisas tem duração curta como um movimento,
Outras tem duração longa como a matéria.
Então tudo tende a eternidade.
Ou a existência é um filete da eternidade.
As memórias podem ser pessoais ou coletivas.
Agora de manhã,
Nesta linda manhã de sábado,
Tive uma memória gostosa e intensa,
Até pareceu um sonho.
Lembrei dos sábados que dava aula
A turmas de licenciatura.
Era deveras intenso.
Era deveras bom.
Foram poucas turmas,
Mas excelentes turmas.
O Campus I vazio.
A mata silenciosa.
A passarada feliz a cantar.
Eu aqui...
Após a aula, almoçava no shop sul
E passava a tarde limpando a casa.
Como as coisas mudam.
Chove!
Chi...chi...
Fernanda esta contente,
Seus ramos estão longos e finos.
Faz um frio que dá até dó de beber água.
Chove...
Chove manhã adentro.
A chuva chove incessantemente desde a madrugada,
Aliás o sol nem apareceu.
O tempo está escuro e frio.
Gostoso para tomar um chá quentinho.
O mês é junho,
O dia é sexta-feira,
Dia nove de junho.
Um dia após o feriado de Corpus Christi,
Quando fomos a missa a catedral Nossa senhora das Neves.
Estou na universidade para por em ordem o curso que irei ministrar.
É isso.
Veio a minha mente uma imagem.
Uma memória gostosa.
Eu vi uma parede caiada de branco.
Uma parede do oitão.
A luz era branda.
Ali, havia alguns pés de capim seda.
Coisas do mundo que apregoa a nossa mente.
O lugar com certeza é Serrinha.
O ano desconhecido, acho que nem existe.
O que sei que existiu foi a minha relação com o meio.
O que ficou foi a vida,
Ou melhor a descoberta da vida,
Ou melhor que a vida não é uma matéria com faces e formas.
Tive a curiosidade de Alice e ir ali.
Só que vi o desconhecido e o conhecido.
O passado do passado,
Mas estava no presente.
Aqui estou...
Fora deste lugar, mas neste lugar.
Assim se descobre a presença espiritual de Deus.
Aquela tarde estava ardendo de calor,
Oh, tarde quente meu senhor,
Então vi um juazeiro,
Para sua sombra fui primeiro,
Parece que o mundo mudou,
Senti o vento frio,
Foi aquela harmonia,
Meu corpo sentiu alegria...
O sol tremendo na caatinga,
Enquanto me refrigerava
Na sombra do joazeiro.
É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...