segunda-feira, 9 de maio de 2022

Tudo bem.

 Às vezes, sentir  a vida dói.

Pois a dor é a forma mais traumática de aprendizagem.

Sentir é tudo.

Perceber é tudo.

E as vezes nosso cérebro se desespera,

Mas tudo vai ficar bem depois.

Tudo vai ficar bem.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Tanta coisa

Os dias de chuva chegaram.
Vieram nebulosos e úmidos.
A gente está gripado.
A gente vai reagindo a tudo isso.

Maio, mês das mães.

Esse ano! Minha mãe está mais próximo de mim.
Esta me vigiando o tempo todo.

Quer dizer.

As coisas mudaram.
As coisas se revelaram.

Nossa intuição não percebeu.

O tempo mudou.

Os dias de chuva chegaram.
E vão passando.
A gente vai aprendendo.

Tanta coisa.
Tanta coisa.

terça-feira, 3 de maio de 2022

Força do agora

A calma da floresta,
Sol entre nuvens,
O som das aves.

Uma corruíra,
Uma patativa,
Um tiriti.

Um saguí,
Aculá.

A calma da mata.

O sono incompleto da noite passada.

Aqui estou.
Aqui me dou.

Ao momento,
Ao espaço...

Ao nada...
Como a brisa,
Como a luz do sol.

Agora.

sexta-feira, 29 de abril de 2022

Questões

 Alguns pensamentos tem me assustado ultimamente.

É que certezas viraram realidade.

Potência se transformou em ato.

Perdi meus pais.

O inimaginável se fez e desfez.

Quem sou eu passou a ser mais profundo.

Muito mais.

Sou além da matéria?

Sou energia pura e simplesmente.

O kaos e o cosmos me compõe?

Representações

 Quem sou eu?

Não sei.

Talvez saiba o que não sou.

De onde vim e para onde vou?

Porque ninguém sabe o que é.

Porque se imagina que se é o que se é.

Que se veio de onde veio.

Até pode ser,

Mas como compreender?

Acho que estou aqui é procrasatinando.

Thcau?

segunda-feira, 25 de abril de 2022

Doces lembranças

 Não me acostumei a usar o passado quando falo de mamãe.

Doí muito.

Mas agora a noite vivi um momento tão nosso.

Uma coisa que mamãe sabia fazer era um bom doce.

Qualquer doce que mamãe fizesse ficava gostoso.

No nosso sítio tinha fruteiras cujos frutos usávamos para fazer doce.

Goiaba, mamão e caju.

O doce de caju era sua especialidade.

Era uma mão na roda para ela.

Antes do almoço tirava as extremidades do caju

E colocava no fogo, 

Tirava um cochilo e quando acordava o caju está quase cozido.

Depois mexia até cozinhar ficando vermelho acaju.

Botava o açúcar e cozinhava mais.

E logo estava deliciosamente pronto.

Roberto meu irmão, agora na páscoa fez o que papai sempre fazia para nós.

Uma caixa de guloseimas.

Um queijo, doce de mamão, de leite e de caju...

O de mamão me faz lembrar papai, vovó Chico,

O de caju mamãe amada.

Doces lembranças mamãe.

Doces lembranças.

Ninho de formiga

O tempo passa,
Isso é fato.
A gente fica entretido com a vida
E nem percebemos quanto passa rápido.
Às vezes, cremos está no domínio das situações.
Às vezes, temos um momento de lucidez,
É pena que nessa lucidez está no nosso mais baixo potencial de ação.
Nada disso importa.
Nem sei o que importa.
Pontuo aqui esse texto para não me esquecer que até nos dias tristes o tempo não para.
Até nos dias tristes.
Talvez estejamos mirando para o céu azul.
Vendo a realidade em um único plano.
Sem sequer um horizonte como avistamos no mar.
Que por sua vez fica num único plano.
Trabalho insano...
Todavia é preciso ser formiga as vezes.
Cavar bem fundo e fazer um ninho 
Delimitado por um circulo de grãos 
Feito no esforço hercúleo e incessante,
Até que uma criança pisa.
Fim.

domingo, 24 de abril de 2022

Tarde de domingo

 Tarde de domingo,

Há tanto me faz pensar na vida.

Há tanto sedes um espelho do céu

Que a gente olha o infinito e ver apenas um plano.

Temos noção, mas não temos dimensão que tudo está ai.

A vida e seus limites.

Os dias que nos são  dados,

São todos eles contados,

Inclusive dias de domingo.

Pensar aqui é está doente dos olhos como dizia Pessoa.

Resta a saudade de mamãe e de papai,

Sobra a alegria de Vinícius meu talismã.

Bem ele não me deixa mais pensar,

Me chama pra brincar.

Tchau.

sexta-feira, 22 de abril de 2022

Ver o som

 Às vezes, vejo com os ouvidos.

Eu vejo as aves em seu canto.

Ver as aves com o canto é magnífico,

É preciso!

Ver as aves por seu canto leva tempo...

Tem que aprender a escutar para se ver bem.

Só se escuta bem no silêncio.

Só se escuta bem na paz.

Só se escuta bem quando se busca ouvir o nada.

Contemplar...

No vazio da tarde.

Sabe as vezes a gente aprende a ver com os ouvidos.

Por acaso...

A percepção se dar por acaso.

Naquele cansaço faqueiro,

Um som perturba sua ouça.

Do nada você é perturbado.

E você ver.

E você reconhece um som que passava desapercebido.

Quando se está acostumado a ouvir cantos,

O diferente nos espanta.

Certa vez me espantou o canto de uma ave na madrugada...

Outra vez no fim de tarde.

A gente distingue por exemplo voo de magangá, voo de cavalo do cão, de barata de coqueiro.

A gente ver morcegos no escuro, feito morcego a se orientar.

A gente acaba se apegando a vida...

Porque a gente sabe que nela pode conhecer.

Ver com os ouvidos.

As vezes a gente ama nosso lugarzinho porque vemos de tudo.

A gente é assim...

Mas precisamos sempre de mais, para não morrer de cérebro acomodado.

quinta-feira, 21 de abril de 2022

Pessoa e o pensar

"Pensar é está doente dos olhos" F. Pessoa.

Tanta coisa a ser pensada.

Tanta coisa a ser vivida.

A coisa se perde no sujeito.

Coisa não tem forma como uma mente.

Tudo se trata de energia.

As palavras são representações que dão sentido a vida...

As palavras são elementos que alimentam o pensamento.

A gente vai consumindo abstração,

Vai se acostumando com a linguagem.

Vai se acostumando o que cremos ser a realidade.

Esse misto de imaginação com o concreto.

A gente na maior parte das vezes se esquece que somos meros seres vivos.

Há quem acredite que o homem não é um animal.

Em crença  não se mexe. É um elemento psicossocial.

Sabe lá o que!

Essa abstração fruto da experiência

Que é a substância do saber.

O que é o saber?

Senão um dos frutos do pensar.

Pensar é estar doente dos olhos.

Acho que isso está presente no tao te ting.

No primeiro poema...

Ou não... Talvez.

Aos quarenta a gente começa a repetir os pensamentos.

Tenta digerir o que lemos.

A gente tenta digerir experiências catárticas como a morte!

A morte nos apresenta como real.

E como não pensar?

Como não ficar doente dos olhos.

Sei lá...

Pessoa dizia que Navegar é preciso

Que viver não é preciso.

Quanta coisa enigmática numa cabeça fabulosa.

Uma tempestade humana.

Será se ele leu Nietzsche?

Não sei.

Sei que a Kant sim...

E pensou... Como pensou.

Acho que era o mais doente de todos os homens.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh