"Pensar é está doente dos olhos" F. Pessoa.
Tanta coisa a ser pensada.
Tanta coisa a ser vivida.
A coisa se perde no sujeito.
Coisa não tem forma como uma mente.
Tudo se trata de energia.
As palavras são representações que dão sentido a vida...
As palavras são elementos que alimentam o pensamento.
A gente vai consumindo abstração,
Vai se acostumando com a linguagem.
Vai se acostumando o que cremos ser a realidade.
Esse misto de imaginação com o concreto.
A gente na maior parte das vezes se esquece que somos meros seres vivos.
Há quem acredite que o homem não é um animal.
Em crença não se mexe. É um elemento psicossocial.
Sabe lá o que!
Essa abstração fruto da experiência
Que é a substância do saber.
O que é o saber?
Senão um dos frutos do pensar.
Pensar é estar doente dos olhos.
Acho que isso está presente no tao te ting.
No primeiro poema...
Ou não... Talvez.
Aos quarenta a gente começa a repetir os pensamentos.
Tenta digerir o que lemos.
A gente tenta digerir experiências catárticas como a morte!
A morte nos apresenta como real.
E como não pensar?
Como não ficar doente dos olhos.
Sei lá...
Pessoa dizia que Navegar é preciso
Que viver não é preciso.
Quanta coisa enigmática numa cabeça fabulosa.
Uma tempestade humana.
Será se ele leu Nietzsche?
Não sei.
Sei que a Kant sim...
E pensou... Como pensou.
Acho que era o mais doente de todos os homens.