quinta-feira, 21 de abril de 2022

Páscoa

Nesta páscoa, fui passar em casa, porém foi diferente de todas as outras.
Não havia papai e nem mamãe. Foi duro! Foi dolorido! Foi triste.
No dia que cheguei fui ao cemitério visitar o túmulo.
No túmulo chorei... Chorei como nunca.
Meu peito batia acelerado,
Meu coração parecia que ia explodir.
Ah!
Saudades sem definição.
Dor intensa...
Acendi três incensos!
Rezei...
Rezei...
O céu azul!
As paredes brancas.
A cajarana frutificada.
A paz reinava ali.
Duro lugar...
Duro lugar...
Quantas tristes despedidas ali se passaram.
Nossas famílias, ali dormindo.
O jasmim alvo e perfumado floresce impávido.
O tempo e o cemitério consumindo gerações.
Novo tempo surgindo.
Li e Roberto, meus irmãos ali continuam.
Vivemos uma outra páscoa.
E virão outras...
Esta foi especialmente triste.
Especialmente triste.
Vinícius meu bebe que não entendo muita coisa adorou.
Catou acerola para as galinhas,
Brincou com scherlock...
Contemplou a shaquira,
Conheceu um jumento, um jabuti, uma caranguejeira.
Muitas sinapses.
Viu quatro dinossauros de cipó.
Ficou feliz demais.
Assim se foi.
Os anos vão os anos vem...
Aos vivos significado sempre aparece.
Aos mortos...
São fatos históricos.
São nosso amor eterno.

segunda-feira, 11 de abril de 2022

Ideia

 Tudo aqui é passageiro,

Tudo aqui é ilusão.

A existência requer tempo, espaço e matéria.

A matéria é extensão consequência do tempo e do espaço.

Tudo ser tem duração longa ou curta.

Passagem.

Se é, um dia deixará de ser.

Ilusão.

Só a ideia é eterna.

sexta-feira, 8 de abril de 2022

Suspiro

 A chuva começou a cair,

E veio de mansinho,

Pingo a pingo suave,

Tocava a terra e sumia,

Tocava as folhas que caiam

Caiam amarelas.

Que belas;

Logo parou.

Foi um suspiro divino?

A plantas tem seus ramos imóveis.

Lua crescente,

Em noite nublada não se vê.

É preciso luz.

É preciso luz.

quarta-feira, 6 de abril de 2022

O silêncio da manhã

 O silêncio da manhã.

Certas manhãs são silenciosas.

A gente chega ouvir seu silêncio.

O silêncio que está no céu

Que não está azul, mas nublado.

O vendo não veio.

As árvores estão em silêncio,

Ramos, galhos e frutos calados.

A gente ouve algumas o canto de sanhaçus coqueiro,

As hélices do ventilador,

O barulho do computador,

E da lâmpada.

O silêncio está por toda parte.

Dizem que com concentração e habilidade

Se ouve até o pulsar do coração,

O sangue correndo pelas veias.

Plasmado no espelho,

Reflito a refletir.

Neste momento, não sei o que sou.

Apenas tento ouvir a manhã.

Sinto cede!

Ouço um pio de sabiar

Repentinamente fugo do mundo...

Então o silêncio desaparece.

domingo, 3 de abril de 2022

Cosmos

 Aqui e agora.

Chove lá fora.

Portas e janelas fechadas.

O som da chuva chovendo.

Marcando o compasso do tempo.

Que coisa mais efêmera que a chuva.

Um dia...

Uma poesia.

sábado, 2 de abril de 2022

Esquecido

 Aqui estou!

Sábado.

Aqui permaneço mais um pouco.

A um ano tinha minha mãe.

Há dois anos minha mãe e meu pai.

Aqui estou,

Aqui permaneço.

Não sei quanto tempo.

Passado e futuro margeiam o presente.

Papai e mamãe que me conceberam,

Me geraram me criaram.

Partiram.

Viveram suas vidas.

Seguir é o que me resta.

Sábados existiram com meus avós,

Se fizeram neles e nos meus pais.

Agora é uma representação minha.

Minha vontade de perpetuar suas existências aqui expressando.

Papai, Francisco Raimundo de Queiroz,

Mamãe, Francisca de Assis Teixeira.

Por laços de matrimônio se casaram por toda a vida.

Por toda a vida.

Até o último dia de suas vidas.

E aqui estou.

E aqui estou.

Mais um sábado.

Rico em memória...

As historietas de papai...

O intenso amor no olhar de mamãe.

Nunca esquecerei de seus momentos de oração.

Até que eu seja esquecido.

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Para sempre

 Dia 1 de abril,

Dia da mentira,

Como mamãe gostava de brincar nesse dia.

Sempre fazia uma brincadeira com alguém.

Coisas que ficam para sempre.

segunda-feira, 28 de março de 2022

Olhar o mar

 Ontem, último domingo de março,

No fim da tarde, fomos a praia.

O céu estava azul de chuva.

Quinquinho ficou muito feliz.

Ele ama o mar.

Quando chegou na areia já deu a mão para caminhar.

Lá fomos nos andando na areia.

Pisando nas algas.

Olhando o chão esperando encontrar rochas e conchas.

O mar estava muito turvo, cheio de algas.

A água estava morninha, deliciosa.

Quinquinho quis até tomar banho, mas não deu, ventava muito

Fazia frio.

Avançava para as ondas, mas a gente voltava.

Ai veio a chuva, voltamos para o carro.

A chuva parou.

Então voltamos para a praia.

Ficamos mais um pouco.

No final, com granito e conchas voltamos para casa.

Quinquinho feliz, mas só até chegar na garagem onde ele faz um show.

Começa a chorar querendo voltar para a rua.

Ele adora ver o mundo, andar de carro.

Em casa, tomou banho, brincou.

Comeu pizza que ama e muito cedo dormiu.

Os cachinhos de Quinquinho.

 Ontem à tarde,

Enquanto passeávamos nas ruas dos Bancários.

Encontramos um salão de cabeleireiro.

Estava vazio e por isso entramos.

Chegou a hora de perder os seus cachinhos.

Meu pequeno menininho.

Vinicinho cortou seus cachinhos.

Já não é mais banguelinho,

Já não pequenininho,

Foi cortar os seus cachinhos.

Chorou.

Perdendo a meninice?

Depois que cortou

Se contentou com os carrinhos e os brinquedos do salão.

Em poucos minutos com uma triton e uma ferrari nas mãos esqueceu de tudo.

E nem queria mais sair daquela sala de brinquedo.

Chorou até,

Mas logo esqueceu.

Trouxe o tufinho de cabelinho.

Meu minininho.

Nosso mininho...

Sem os cachinhos ganhou uma nova face.

Te amo meu Quinquinho.

terça-feira, 22 de março de 2022

Tese

 Aquilo que vivi, pensando em vocês.

Vivo está.

Guardado em minha mente.

Divertimento 136 de Mozart,

Como não lembrar de Serrinha,

Como não lembrar de vocês,

E tantas cenas da natureza revelada.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh