A noite chegou,
O dia foi quente e ensolarado.
Céu azul,
Brilho amarelo.
Noite estrelada.
Assim passou o dia, o domingo.
Tanta coisa boa aconteceu hoje.
Tanta coisa boa vivemos.
Amém.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
A noite chegou,
O dia foi quente e ensolarado.
Céu azul,
Brilho amarelo.
Noite estrelada.
Assim passou o dia, o domingo.
Tanta coisa boa aconteceu hoje.
Tanta coisa boa vivemos.
Amém.
As manhãs foram engolidas pelo trabalho,
As leituras foram engolidas pelo trabalho,
Tudo bem, não não a presença de Vinicius não deixei o trabalho engolir.
Assim é o novo setembro.
Assim é o novo mês.
Nesta nova categoria chamada pai.
O tempo é curto.
Estica com o filho,
Encurta com o trabalho.
Assim se vai.
Hoje Vinicius comeu camarão pela primeira vez.
São tantas coisas pela primeira vez.
A gente precisa se empolgar também.
Aprender a se espantar com os filhos.
Às vezes, vale a pena,
Uma palavra,
Um estímulo,
Uma conversa,
Sempre há tempo,
Até o dia final...
Este dia não sabemos quando será.
Setembro chegou.
O sol já brilha ardente no céu azul.
Nas três ruas as castanholas já estão vermelhando,
Logo cairão as folhas,
E o vento arrastará-las pela rua
Elas vão chiando e se arrastando.
São essas as coisas reais da vida.
Coisas pequenas.
Passado,
Passado,
Acabado,
Vivido.
Não existe mais.
Só memórias,
Só fatos.
Nada mais.
Agosto de 2021 já passou.
Agora reina setembro por um mês.
Carregar na alma a dor do sofrimento.
Passou.
Acabou.
Toda dor e sofrimento.
Agora o que resta é o espelho da memória,
Fotografias.
Coisas boas.
O amor amado.
As doces palavras ditas.
Momentos impares vividos,
O silêncio do ouvir,
A cautela no falar.
A presença viva.
Papai saudades de ti.
Sempre lembro de ti nos pequenos gestos.
Vinícius quando força o corpo faz um som igual ao seu.
Às vezes, quando solto um riso lembro de ti,
Às vezes, quando caminho e arrasto a chinela lembro de ti.
Oito meses de tempo nos separa,
Agora esse espaço de tempo só aumentará,
Não te esquecerei jamais.
Sinto por não ter estado mais presente.
Mas assim a vida segue.
Hoje fez oito meses que Vinícius chegou em nossas vidas.
Muitas coisas mudaram em nossas vidas,
Nossa casa,
Nossos hábitos.
Quanta coisa aconteceu nestes 240 dias.
Aqui, em Serrinha em Petrolina em Casa Nova.
E vivi cada dia graças a meu bebezinho.
Desvelado o motivo da dor,
A dor só aumentou,
E se estendeu até o fim,
Meu coração se apequenou
Se apertou tanto,
Foi tanta a dor,
Foi tanto o sofrimento.
Passou,
Acabou,
Chegou ao fim.
Restam lembranças.
Em agosto algumas coisas boas aconteceram
Outras ruins.
Assim são os meses.
Sem culpa de nada.
Nos estamos ai,
Até o fim.
O vento frio de agosto anuncia a mudança.
Tempo que vai mudar.
Agosto mês augusto.
Embora rime com augoro.
É só mais um mês passageiro que deixa marcas em nossas vidas,
Umas boas e felizes,
Outras ruins e tristes.
Cada um tem o seu mês trágico.
Ultimamente procuro ver mais coisas boas.
O riso juvenil de Vinícius me faz feliz.
Independente do mês ou da literatura.
Nem tenho percebido nada de pintura.
Nada.
Apenas ouvindo Mozart por diversos interpretes ao piano.
Lili Kraus, Claudio Arrau, Walter Giesiking...
Na verdade, estou sempre tentando encontrar um prumo.
Já que a morte é o desaprumo de tudo.
Agosto...
Faço um chá de camomila ou maracujá.
Aguardo esfriar lendo ou pensando algo.
Hoje é sexta-feira.
Distinta de todas as demais.
Em frente a minha mesa um quadro de nossa casa com papai sentado contemplando a frente e a tarde.
Sexta-feira sem cinema,
Sem saída.
Sexta-feira com um bebe.
Leio um poema "Os mortos" de Neruda.
Ouço Mozart "la fiera de veneza".
Adoro som de piano.
O chá amornou, dá para tomar é de maracujá.
Em poucos tragos tomo a xícara.
Ano passado, papai estava vivo,
Descobriu o câncer que o consumiu.
Penso na vida e na morte.
Ultimamente vem a mente o sítio de caju do parieiro.
Ali fomos muito felizes,
Ali papai e eu colhemos caju,
Descastanhamos as castanhas no silêncio.
Na verdade papai sempre me poupou do trabalho pesado.
Sou muito grato.
Ficava ali, descastanhando e pensando...
Ouvindo o ronco dos carros na estrada para Martins,
Ouvindo o som dos pássaros,
Na sombra sentindo o mel do caju melando as mãos.
Ouvindo o som dos filhos de Dadá.
E pensando qualquer coisa sem muita consciência de nada.
Assim vivia.
Assim me achei na vida.
Agora na certeza da finitude da vida leio qualquer coisa que me faça esquecer a consciência.
Tento organizar meus pensamentos,
Dar algum brilho a minhas aulas.
Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...