Já havia me conectado com Hegel,
No doutorado, algo me fez pensar que por detrás de minhas plantas havia um entendimento, uma síntese.
Faz tanto tempo isso.
Mas tinha gosto pelas ideias de Hegel.
Quando tentei ler a fenomenologia do espírito até parecia que estava tentando engolir água com dor de garganta.
Para melhor analogia, parece que estava vendo um quadro abstrato a meio metro de distância.
Tomei distância, estou vendo várias imagens para ver se contemplo esta obra.
Cirne Lima me mostrou que sim.
Estou olhando por pequenos quadros.
Estou adorando.
Primeiro veio o universal incondicionado.
Depois a Certeza Sensível,
A percepção, bem até flertei com essa ideia.
O que dirá do entendimento, das leis e das forças.
Quando se fala em Hegel o povo fala em tese, antítese e síntese.
Falam do senhor e escravo...
Mas isso é uma imagem tão escabrosa dele que chego a pensar que não entenderam nada dele.
Bem, acho que o povo está vendo o chapéu quando se refere a Hegel quando se trata de uma sucuri digerindo um elefante.
Acho que Hegel é como o sol não pode encarar de vez senão cega.
A gente vai usando vários filtros...
Vamos vendo os sumários,
Ouvindo com os olhos um e outro...
Contemplando seus comentadores.
As vezes até tentam sintetizá-lo,
Mas como diz o professor Chagas o negócio é difícil, quando se acha que entendeu, na verdade não entendeu nada.
Para flertar com ele, acho que tem que olhar para o conhecimento e suas faces, montar o mapa por detrás de sua fotografia.