Quando era crianca não largava o pé da mamãe, indo onde ela fosse. As vezes, íamos para vovó Chiquinha. Onde quer que chegasse, explorava o lugar. Não era traquino apenas observador das coisas. Na casa de mãe Chiquinha como chamavam meus primos que era grande tinha tornos de madeira na parede, um autar de Santo Antônio, uma área com peituris baixos, cimento da sala ornamentado e uma cristaleira das que tinha lá em casa. A cristaleira simples com umas locinhas simples e a foto de Cristiane filha de meu primo João. Através do vidro via aquela menina numa toalha sobre a grama.
Tudo era tão misterioso. Quem colocava um toalha no chão?
Mas alí estava Cristiane.
Coisas de um mundo diferente.
Na casa de vovó tinha flores
Um pé de pimenta, um pé romã e pés de alfavaca, uma horta atrepada e um banheiro de palha.
Por isso achava que minha casa era melhor.
Eh... Ir como dizia vovó.