quarta-feira, 17 de junho de 2020

47. Poesia

A tarde quase partiu,
Há um hiato de luz dourada na minha vista,
As coisas, a paisagem está dourada.
Ouço piado de aves, sanhaçus,
Chiados de pardais.
O que dirão?
Ei... Cadê!!!
Sabe-se lá o que expressa a natureza...
Sabe lá o que é a vida!
Rapaz, costumamos tentar entender o mundo através dos outros e não do nosso olhar.
Os poetas nos ajudam muito mais que tudo.

46. Enfado

Tem dias que a gente sente o corpo enfadado,
Sentimos que algo não está bem,
É uma sensação de cansaço,
A coluna e o abdômen não estão bem,
E nada nos faz sentir melhor.
São essas sensações que nos fazem pensar na vida,
Porém na maior parte das vezes não sabemos como descrever
Estas sensações e nem sei se vale a pena escrever sobre isto.
Sensações semelhantes venho sentindo a vida inteira.
E agora que a tarde caiu
Parece que o cansaço bate mais intenso,
A vida, às vezes, é assim cheia de incógnita.
E sempre buscamos algo que nos faça bem,
E descontamos no açúcar,
Na comida, na bebida...
A gente se sente enfadado, mas precisa seguir em frente.

terça-feira, 16 de junho de 2020

45. Um chá

O vento sopra fio na tarde fria.
O barulho dos carros,
O corpo dolorido,
A falta de disposição.
A gente rica assim,
Sem motivos para nada,
Melhor fazer um chá.

44. Contentamento

Pia longe o bem-ti-vi,
Sob a chuva nasce a madrugada.
Que vontade de ficar na cama,
Que vontade de se sentir bem,
Mas o corpo está assim aborrecido!
É a vida.

43. Chuva chovendo

Chove,
Chove manhã chuvosa,
Após uma madrugada chuvosa.
A chuva não para de chover,
Mas isso é bom,
Adoro ouvir a chuva chover.
A chuva chovendo acalma a alma.
Ecoa em nossa mente
Feito uma concha do tempo,
Vamos longe no tempo.
Chuva sempre foi uma coisa boa para mim.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

42. Mar

Minha mente gira entre o normal e o metafísica diversas vezes por dia.
Num dia vivo uma imensidão de coisas e situações e momentos e movimentos.
Assim sou.
Assim aprendi a ser,
Tentando sempre está em equilíbrio,
Buscando sempre a harmonia e o bem está.
As vezes tenho a certeza que tudo me é desvelado, as vezes sei que tudo é obscuro.
Essa essência humana com ou sem paciência.
No ir e vir da mente ou do ser.
Vou como que navega descobrindo o mar da vida.

41. Através da janela

Através da janela 
Através da janela vejo o mundo,
Sigo por vezes os movimentos dos seres e forças.
Seres que voam, caminham ou correm.
Através da janela vejo o espaço,
O espaço que se apresenta com apenas uma dimensão,
Vejo o céu azul,
Vejo o céu nublado,
Vejo a lua em noite plenilúnio,
Vejo as estrelas em céu atropurpúreo,
As vezes a gente tem uma epifania olhando a janela.
Ontem fotografei rolinhas se banhando numa poça de água.
Foi tão bonito,
Fotografei um gavião na antena do prédio lateral.
Através da janeira do banheiro,
As vezes sinto um vazio,
Parece que estou num terceiro plano, um terceiro universo.
Através da janela assisto o mundo
Que parece mais interessante
Mais interessante que cá comigo.
Pensar no que pode ou não acontecer é perca de tempo,
Por isso vou a janela e contemplo o mundo.

domingo, 14 de junho de 2020

40. Mãe Lurdor

Revelação
Nesta semana, terça-feira  09-06-2020,ficamos sabendo que uma nova pessoa chega na família.
Hoje, domingo, 14-06-2020, ficamos sabendo da triste partida de mãe Lurdor.
Era uma pessoa maravilhosa que amava Dayane tanto quanto a mãe ou mais.
Sempre foi tão amada e atenciosa comigo.
Sempre reclamando o José para se conter com as palavras e as brincadeiras.
Tão conversadeira e amiga da irmã dela, tia Maria.
Quando íamos visitá-la, lembro que ficava contemplando Dayane,
Um olhar termo de mãe e amiga.
Fazia de tudo para que estivéssemos bem.
Agora dormiu, descansou, pensa que não conheceu nossa família.
Descanse em paz mãe Lurdor.

39. Blum de sensações

O vento que sopra suave,
Vejo no alto da serra as árvores rebanando,
Indo e vindo.
Esta paisagem que parece morta,
Mas que é viva,
Viva tanto em minha mente
Quanto na realidade.
A casa de vovó,
Vovó sentado na frente de casa,
Vovô na cozinha com mamãe,
O fogo de lenha aceso,
Aquela realidade que não entendia,
Essa realidade dura e sem enfeite, sem planta,
Me amedrontava,
Desse mundo por mim desconhecido.
Esse mundo que é o que é,
Foi e continua em transformação...
O Cheiro doce das flores mimosas,
O rosa dos paudarcos,
A baixa de cana,
A poeira vermelha...
Esse mundo real que continua ai.
O tempo que tudo imbrica e esconde...
Desconhecido, Desconhecendo.
E a vida que tudo transforma.
Realidades que se pintam,
E tomam forma
E que desaparecem.

38. Vento ao meio dia

A vida inteira tive certeza que a vida é efêmera.
Tive consciência aos meus sete anos que morreríamos.
Naquela tarde chorei e mamãe perguntou e não respondi.
Só chorei.
Corri para o quintal onde havia um cajueiro onde dormia as galinhas e chorei.
Chorei vendo os pés de pimenta carregados de pimentas vermelhas,
Chorei quando vi a altura dos coqueiros sinal de senescência.
Sobrevivi com minha mãe e minhas irmãs as secas, as privações, a saudade.
As rochas roladas nas estradas,
A areia trazida pela chuva anterior,
A dor de perder meu avó.
Consciência!
Consciência de minha realidade.
Consciência de uma realidade universal.
E descobri nos livros outras realidades para além da minha.
Aquilo que sei descrever,
E o que fica entalado em minha garganta e em minha alma por não saber expressar.
Aqui estou descarregando emoções.
Aqui estou... na certeza que este momento é efêmero,
De que logo será nada,
Será um vento ao meio dia.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh