Como extrair da multiplicidade a particularidade?
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
sexta-feira, 15 de junho de 2018
quinta-feira, 14 de junho de 2018
Memórias sobre rodas
Uma lembrança me recorreu quando fui pegar a bicicleta em casa para vir trabalhar. Lembrei num atino através de um odor que não soube distinguir e que talvez foi indiferente. Enfim, por volta dos anos 90 nutri o desejo de ter uma bicicleta e como ajudava em casa na lida. Então lembro que papai comprou uma barra circular da monark. Que especial, linda, vermelha, se não me engano modelo 1992 e tinha até limpadores de raios. Estava na sexta série ginasial. Naquela tarde que cheguei em casa e a encontrei fiquei muito feliz. A bicicleta tinha luvas com cheiro doce e ficou na minha memória.
Como me fez feliz aquele momento. As vezes as pessoas entendem que nos podem proporcionar uma felicidade intensa num instante. Os pais sabem disso e papai soube muito bem. O fato é que não foi bem um presente, mas fruto de um esforço. Tive que trabalhar para conseguir aquela bicicleta.
É muito bom, antes de tê-la já imaginava como seria ter uma bicicleta e foi muito melhor porque passei a ir para a escola pedalando.
Engraçado que ainda hoje continuo pedalando para ir fazer minhas obrigações.
quarta-feira, 13 de junho de 2018
Curiosidades ornitofílicas
O que se sabe sobre os pássaros além de sua beleza morfológica e vocal?
Quantas e quais são suas espécies?
Quais os hábitos alimentares?
Quais os habitats favoritos?
Bem, para nós tudo parte do interesse e este pode ser desperto. Como foi afirmado acima a morfologia e o canto podem ser o gatilho. Quanto a morfologia a maioria dos pássaros se camuflam na maior parte do tempo está oculto entre os ramos, conseguindo passar despercebidos. Com relação ao canto pode-se atrair maior atenção e permitir que se reconheça e os identifique entre os demais grupos.
Cada pássaro parece ter seu próprio canto ou sua vocalização.
Os loucos reconhecem através dos sons os tipos ou as espécies de pássaros.
Não faz muito tempo havia um hábito comum de criar pássaros em gaiolas. Este hábito ainda existe, mas não com tanta frequência.
Era triste vê-los engaiolados, mas a elegância de seu canto e sua beleza pareciam compensar e legitimar a perda de liberdade.
Não se contentava em ouvir uma vez, mas inúmeras repetidas vezes.
Será uma essência humana?
terça-feira, 12 de junho de 2018
Bem estar
Hoje, nesta manhã brumada tudo é calmaria.
Não tem brisa, não tem brilho, não tem movimento.
Só se ouve o canto das aves ocultas entre os ramos das árvores.
Sabiá, patativa, bem-ti-vi, sanhaçu e só.
As janelas ainda refletem através do escuro de seus átrios.
É tarde para tudo isso.
Tudo isso me faz sentir bem.
Não tem brisa, não tem brilho, não tem movimento.
Só se ouve o canto das aves ocultas entre os ramos das árvores.
Sabiá, patativa, bem-ti-vi, sanhaçu e só.
As janelas ainda refletem através do escuro de seus átrios.
É tarde para tudo isso.
Tudo isso me faz sentir bem.
segunda-feira, 11 de junho de 2018
Acontecimentos
Uma manhã chuvosa,
O pio silencioso dos pássaros,
O som de pingos de água que escorre das folhas,
Lembranças!
Imaginação do que foi,
Perspectivas,
Um conto lido.
Pensamentos não escritos.
Tudo isso faz parte de um universo que pode ter acontecido
Ou poderá vir a acontecer.
O pio silencioso dos pássaros,
O som de pingos de água que escorre das folhas,
Lembranças!
Imaginação do que foi,
Perspectivas,
Um conto lido.
Pensamentos não escritos.
Tudo isso faz parte de um universo que pode ter acontecido
Ou poderá vir a acontecer.
quinta-feira, 7 de junho de 2018
Momento
Concomitantemente a chuva chove tenuemente enquanto o sol brilha uma luz suavemente dourada.
Neste momento, a natureza é toda reflexão e até os pássaros estão matutando em silêncio.
Enquanto não sou tomado pelos problemas que requerem solução imediata permaneço imóvel contemplando o que penso e o que observo. Talvez não pense em nada nem observe tão pouco algo, mas este momento é todo meu.
Enquanto isso a chuva deixou de chover, mas o sol continuou brilhando e sua luz me permite ver com nitidez a beleza que há na natureza.
E o momento se foi.
Neste momento, a natureza é toda reflexão e até os pássaros estão matutando em silêncio.
Enquanto não sou tomado pelos problemas que requerem solução imediata permaneço imóvel contemplando o que penso e o que observo. Talvez não pense em nada nem observe tão pouco algo, mas este momento é todo meu.
Enquanto isso a chuva deixou de chover, mas o sol continuou brilhando e sua luz me permite ver com nitidez a beleza que há na natureza.
E o momento se foi.
quinta-feira, 31 de maio de 2018
Despertar
Despertar e perceber as coisas que nos envolvem e nos suportam e que dão significado a nossa existência é uma dádiva.
Ouvir os pássaros cantando e o ronco do motor da geladeira.
Sentir o lençol nos envolvendo.
Ver a luz frouxa atravessar as frestas pela janela.
Pensar na existência.
Ter consciência da realidade e perceber como já foram e como é hoje.
E perceber que a vida é passageira.
Perceber nas memórias imbricadas pelo tempo o quanto já viveu e o quanto se tem para viver.
Esse exercício é um despertar da consciência existencial.
Quantas vezes não ouvi o estalo dos gravetos sendo quebrados ao som de rádios AM e em pouco
após o fogo aceso se ouviu a água fervendo e se emudecendo a mistura do pó de café e então o aroma se espalhando pela cozinha, sala e quartos.
Quantas vezes mal, desperto, não tive que sair para pegar água no córrego ou nos açudes enfrentado a preguiça e o vento frio.
Por vezes, mal desperto sair para correr ou cuidar do corpo de maneira torpe porque não.
Talvez por não ver outra maneira de ser, nunca me despertei para isso. Despierta!
Hoje para me despertar penso no antes, no agora e na possibilidade de um amanhã.
Talvez assim saberei despertar para a vida.
Ouvir os pássaros cantando e o ronco do motor da geladeira.
Sentir o lençol nos envolvendo.
Ver a luz frouxa atravessar as frestas pela janela.
Pensar na existência.
Ter consciência da realidade e perceber como já foram e como é hoje.
E perceber que a vida é passageira.
Perceber nas memórias imbricadas pelo tempo o quanto já viveu e o quanto se tem para viver.
Esse exercício é um despertar da consciência existencial.
Quantas vezes não ouvi o estalo dos gravetos sendo quebrados ao som de rádios AM e em pouco
após o fogo aceso se ouviu a água fervendo e se emudecendo a mistura do pó de café e então o aroma se espalhando pela cozinha, sala e quartos.
Quantas vezes mal, desperto, não tive que sair para pegar água no córrego ou nos açudes enfrentado a preguiça e o vento frio.
Por vezes, mal desperto sair para correr ou cuidar do corpo de maneira torpe porque não.
Talvez por não ver outra maneira de ser, nunca me despertei para isso. Despierta!
Hoje para me despertar penso no antes, no agora e na possibilidade de um amanhã.
Talvez assim saberei despertar para a vida.
terça-feira, 29 de maio de 2018
Passagem
Cai a tarde crepuscular,
Em pouco nascerá a lua,
A noite fresca chega.
E mais um dia se vai.
Amém.
Em pouco nascerá a lua,
A noite fresca chega.
E mais um dia se vai.
Amém.
segunda-feira, 28 de maio de 2018
Hélio
Ontem, 27 de maio de 2018, Hélio de Paulinha, nosso vizinho de infância, dormiu na eternidade.
Um infarto o ceifou.
Desde que tenho lembrança o conhecia e tínhamos como amigo da nossa família.
Era uma pessoa simples, muito sagaz e bem humorado.
Tinha estatura baixa não tinha 1,70, mas passava dos 1,50 m. Tinha olhos claros e uma barba fechada.
Hélio, desde cedo, aprendeu a arte do comércio.
Vendia e comprava coisas, galinhas, bodes, cabras, ovelhas, porcos, garrotes dentre tantas coisas.
Sabia sempre fazer uma transação comercial de maneira a ganhar sempre algum trocado.
Assim, desde cedo foi se construindo como uma pessoa honesta.
Lembro que quando casou já morava na casa de Crejo seu irmão, mas depois construiu sua própria casa onde viveu até os últimos dias.
No início de sua jornada para se deslocar tinha uma burra baixeira e só com muito tempo comprou uma moto.
Lembro quando nasceram seus filhos. O primeiro foi Hugo e depois veio Tiago. Naquele tempo a gente ia muito fazer boca de noite lá.
Papai adorava ri dos casos que ele inventava e contava.
Lembro na época que a gente precisava colocar água em casa no jegue a destreza como ele enchia as ancoretas.
As vezes que saia em busca de comida para as criações.
É! Hélio enchia aquela baixa de Serrinha do Canto de vida.
Foi um personagem muito importante.
Hoje, ele deve ter se encontrado com o povo que o esperava.
Seus pais Chico Franco e Maria, suas irmãs Nida e Dezu; os vizinhos Joãozinho e Elita de Licor; Artur Barreto, Seu Amaro e Ciça; Bunina, Josimá e Lenita, Diniz que chegou faz pouco tempo; Odaleia, Munda e Sua irmã; Iracema, Lúcia, Zé de Júlio, Nelope e Luiza, Luiz, Açuero; Luiz de Mundin, Dona Francisca, Rita das Arupembas e Zé, Sivirino.
Todos em festa.
Agora só renta de sua lembrança seu aniversário e a gaifa que fazia.
Um infarto o ceifou.
Desde que tenho lembrança o conhecia e tínhamos como amigo da nossa família.
Era uma pessoa simples, muito sagaz e bem humorado.
Tinha estatura baixa não tinha 1,70, mas passava dos 1,50 m. Tinha olhos claros e uma barba fechada.
Hélio, desde cedo, aprendeu a arte do comércio.
Vendia e comprava coisas, galinhas, bodes, cabras, ovelhas, porcos, garrotes dentre tantas coisas.
Sabia sempre fazer uma transação comercial de maneira a ganhar sempre algum trocado.
Assim, desde cedo foi se construindo como uma pessoa honesta.
Lembro que quando casou já morava na casa de Crejo seu irmão, mas depois construiu sua própria casa onde viveu até os últimos dias.
No início de sua jornada para se deslocar tinha uma burra baixeira e só com muito tempo comprou uma moto.
Lembro quando nasceram seus filhos. O primeiro foi Hugo e depois veio Tiago. Naquele tempo a gente ia muito fazer boca de noite lá.
Papai adorava ri dos casos que ele inventava e contava.
Lembro na época que a gente precisava colocar água em casa no jegue a destreza como ele enchia as ancoretas.
As vezes que saia em busca de comida para as criações.
É! Hélio enchia aquela baixa de Serrinha do Canto de vida.
Foi um personagem muito importante.
Hoje, ele deve ter se encontrado com o povo que o esperava.
Seus pais Chico Franco e Maria, suas irmãs Nida e Dezu; os vizinhos Joãozinho e Elita de Licor; Artur Barreto, Seu Amaro e Ciça; Bunina, Josimá e Lenita, Diniz que chegou faz pouco tempo; Odaleia, Munda e Sua irmã; Iracema, Lúcia, Zé de Júlio, Nelope e Luiza, Luiz, Açuero; Luiz de Mundin, Dona Francisca, Rita das Arupembas e Zé, Sivirino.
Todos em festa.
Agora só renta de sua lembrança seu aniversário e a gaifa que fazia.
Ocaso
O ocaso está aí.
O dia se divide em noite.
Aos poucos o breu ocultará todas as formas e cores.
Em instantes os rádios tocarão a Ave Maria.
A lua de certo aparecerá.
Esta hora tão saudosa e reflexiva;
A pouca luz e a ave maria e a fé que une gerações.
Tudo isso, pode ter significado apenas para mim
E um par de pessoas,
Mas me emociona,
E me enche de lembranças.
A vida se revela solitária ai.
O dia se divide em noite.
Aos poucos o breu ocultará todas as formas e cores.
Em instantes os rádios tocarão a Ave Maria.
A lua de certo aparecerá.
Esta hora tão saudosa e reflexiva;
A pouca luz e a ave maria e a fé que une gerações.
Tudo isso, pode ter significado apenas para mim
E um par de pessoas,
Mas me emociona,
E me enche de lembranças.
A vida se revela solitária ai.
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