simplesmente elas se deitam e descem,
vão escorrendo sobre o leito do rio,
intermitentemente descem,
nunca para, podem até por um certo
tempo ser aprisionada,
mas logo retorna sua jornada,
desce, cruza os vales,
se desfaz sobre as pedras e se recompõe
no pequeno lago e segue viagem,
rumo ao mar,
descem as águas,
atingem as planícies e perde suas forças,
mas continua a seguir,
doces as águas, abrigam animais
e plantas.
E seguem para o mar,
como bois para o cercado,
como aves a migrar,
a noite ou de dia
seguem sempre em frente,
então se deitam sobre o mar.
E perdem a essência de rio,
o movimento, a doçura para
se tornar mar, para ser
um céu na terra.