terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Aprendi

Certa vez na vida
aprendi a conhecer
as flores pelos seus odores,
pelas suas cores,
pelas suas formas,
Conheço flores grandes
coloridas,
flores pequenas monocromáticas,
flores perfumadas,
elaboradas,
enfim flores,
algumas muito especiais para mim,
outras indiferentes.
Quando era criança
ignorava as flores,
embora adorasse seus odores,
eu brincava com suas pétalas,
mas o tempo passa,
e a gente aprende muito com as flores,
descobre a importância biológica,
a importância afetiva do jardineiro,
a importância de se cultivar uma delas,
algumas pessoas sabem como cuidar de uma flor,
como cultivar, como eternizar uma flor,
outras pessoas são descuidadas e deixam sua flor morrer,
as flores não são como as estrelas e a lua
que estão sempre no céu basta esperar a
noite para elas sorriem pra ti,
é preciso podar os ramos,
tirar os fungos, as pragas,
adubar o solo,
regar sempre e quando puder
deixar a luz do sol tocar sua alma,
As vezes não adianta cuidar,
pois as flores tem sentidos,
desejos e fazem o que é melhor para elas,
quando nada der certo,
deixe que a flor decida,
volte a ser silvestre,
que aprenda a se livrar das plantas daninhas,
pois só assim vai entender a vida,
muitas vezes é importante
deixar a flor tentar entender a vida,
sofrer, fazer o que lhes convém,
só assim aprende com a vida.

Certa vez aprendi a importância das flores,
para a vida, para a alma,
quando em mim
nasceram flores,
fiquei feliz,
pois vi que estava vivo,
e o que é vivo pode me ensinar
como viver.

Força

Certa vez na vida quando ainda era muito jovem descobri que tudo era possível e tudo era simples bastava pensar bem forte, pedir a deus e era só esperar que a coisa acontecia. Pedi a deus tantas coisas boas e tantas coisas boas me aconteceram independente de meus pedidos, tive meus pais por toda a infância, cresci dentro de uma crença, tive bons amigos, fiz a faculdade que queria cursar, mas sabe chega um momento em que decididamente não sabemos como agir, para onde ir, o que fazer, quando não se tem mais o deus pra pedir, a crença para acreditar, o que nos sobra? Se não creio em alma, céu ou inferno, que me resta? Se sei que vou morrer, que meus queridos também, que morrerei só, que nasci só e sigo a minha vida só, na maior parte da vida penso só em mim. Descobri jovem que tudo era possível, caminhei muito pra chegar onde cheguei, mas que adianta se agora, agora que preciso de um norte, tudo perde o sentido. Quando era menino agia como menino e agora que sou adulto terei que fazer o mesmo que um adulto faria. Tinha uma meta na vida fazer um doutorado, mas e agora que estou quase acabando, cadê meus novos sonhos? Eu não os construí, me iludi lendo, aprendendo e tudo isso pra que? Quase perdi o controle do corpo, puxa mas perder da alma é difícil. Como fazer para reconstruir tudo novamente? Não sei, mas sou forte, sou filho do norte. Na certa depois do mar tem uma ilha,
quero cruzar firme a vida, antes que seja cruzado pela vida.

Amor

A manhã nublada
nem deixou o sol nascer,
pingos intermitentes
caem da bica sobre
outro telhado,
pensamentos nublados,
mas a música está limpa
quase cristalina,
tão pura que me faz
viajar, por algum motivo amar,
a vida.

Independente

Entre o céu e a terra,
o véu do meu ser,
minha existência muda.
A vida está em tudo
e em todo lugar,
onde possa está a luz presente,
onde a água
não é ausente,
Onde pulsa um ser
animado,
ai pode surgir algo novo,
independente da razão,
do pensamento,
a vida
brota independente
de cultura,
ideias,
de nós.

?

Algumas vezes a vida perde o sentido, sim quando paro para pensar sobre a mesma. Parece que quando busco um sentido acabo perdendo o a ingenuidade e mergulhando no mundo do nada. Quando penso sobre minha existência, acho algo perde o sentido, pensar mecanicamente, faz a vida perder a magia de viver.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

A noite

A noite escura,
caia a chuva,
que quebrava o silêncio,
com o som das
gotas nas folhas,
no teto, apesar da chuva,
como era forte o calor.
A rua escura
e vazia.
A noite vazia e escura.

Cotidiano

É o fim de mais um mês,
último dia do primeiro mês
do ano, foi um dia quente,
foi um dia qualquer,
mas não foi.
Fiz coisas interessantes,
fui ao outro lado da cidade,
vi gente, senti muito calor,
percebi o tumulto da cidade,
aprendi onde fica a rua
da praça Carlos Gomes,
Conversei com pessoas
que nem conhecia,
foi um dia diferente.
Mas no fim da tarde
choveu, tomei tereré,
vim para casa e tudo
foi como sempre.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Durmo

A noite caio no sono,
embalo em sonho,
nada vejo,
nada desejo,
sou e não sou,
a noite quando durmo,
viajo, me apago.
Que faço?
Durmo e nos sonhos?
são escassas
as lembranças,
as nuanças,
nos sonhos que sou?
Nem acordado sei,
nunca imaginei,
no sonho quem sabe
como Decarte
alguma ideia
me iluminar,
sonhos,
noite,
vida.
As noites de verão,
são todas tão quentes
que falta paciência para tudo,
as vezes fico mudo,
cisudo, mas é por causa
do calor,
que horror,
Que se vá o verão,
quero mais calor não.

Vida!?

A muito me questiono sobre a vida e por mais que eu procure, nunca encontro uma resposta. Apesar de tudo vivendo estou aprendendo como viver, viajando entre os altos e baixos.
Estou procurando sempre uma maneira de viver melhor, então me apego a ideias, uma das quais me apeguei, me apaixonei foi a de buscar o saber e saber, mas sabe nunca sabemos do quanto sabemos e se o que sabemos nos vai ser utilizado. Ultimamente tenho me perdido muito em minhas ideias, meus conceitos, minhas crenças. Acho que estou perdendo meu norte, poderei até ficar louco. Como agora no fim de domingo a noite, tento manter uma certa ordem, passar minhas roupas e começar bem a semana. Na verdade parece que estou sempre buscando andar pelos trilhos certos, mas parece que isso só funciona comigo, talvez maltrate as demais pessoas. Isso me entristece muito, nunca quis desagradar ninguém, mas parece que estou com uma certa facilidade de destratar as pessoas, isso me faz sentir péssimo. Nessa busca pela ideia do saber, acho que estou me perdendo, não sei o que fazer. Por isso ouço Mozart nesse começo de noite. E a vida segue, segue...

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh