terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Morfose

No fim da tarde,

O sol não mais arde,

Nuvens escuras

Escondem o céu,

Escondem o sol,

Não escondem a luz do dia,

Mas amenizam o calor,

As cores pálidas cores,

Esfriam a tarde.

Continua a cantar,

Lá no pé de oiti,

O pardal.

Os cachorrinhos aqui no quintal,

Dentam e dormem,

Acordam, se lambem,

Espantam os mosquitos.

Cortei os meus cabelos nesta

Tarde, fazia um calor na barbearia,

Mas tudo bem, até caíram alguns

Pingos de chuva.

O vento anima as árvores,

Faz balançar as folhas,

A tarde passa bem de vagar,

Tarde sem pressa,

Tarde de minas,

As Minas Gerais.

17:17 13-12-2010.

Melancia

Melancia

O doce sabor vermelho da melancia,

Sobre uma grande bacia,

Com sementes negras e pupa macia,

Cortada em vermelhas talhadas,

Que maravilha sentir o doce da melancia

Bem gelada nunca aguada,

Gotas da calda tão fria,

Lava a boca, lava as tripas,

Macilenta que delicia

É chupar melancia,

De sabor vermelho,

Negras sementes,

Rajada a de verde,

E verde claro,

Enche-me de alegria

O doce sabor da melancia.

13-12-2010

Dezembro

Segunda feira

As flores de dezembro

Ardem no calor,

Diversas são as cores,

Doces são seus odores.

Lindos, límpidos dias,

De céu tão azul,

As vezes aparecem

Capuchos de algodão,

Lentos como tartarugas.

Mas só as vezes,

A maioria das vezes

O sol é tão intenso,

Tão escaldante,

Que nem mesmo

Os lagartos saem para

Heliotermizar,

Quentes ardentes são estes dias,

Salvo quando caem as chuvas.

As maravilhosas chuvas torrenciais,

Caem com uma força,

Uma elegância tal qual uma sinfonia,

Porém são tão rápidas,

Que só dar tempo de lavar

As ruas e os telhados,

Deixando numa alegria

As plantas,

De flores brancas,

Amarelas, azuis

Todas as cores.

Com seus diversos odores.

Florescem as flores do verão,

Sorri toda noite a lua.

13-12-10 9:11

dia longo

Que tarde quente aqui em Uberlândia parece que o mundo todo está pegando fogo.

Até sob as árvores o corpo arde de calor. Agora mesmo um ventinho fresco ta chegando do poente.

São 18:35 e o sol ainda está bem claro.

Dias longos estes de primavera.

Dialogo

Cada pessoa é única, até podemos parecer semelhantes, ou melhor, extremamente semelhantes fisicamente, mas a nossa essência nos é peculiar. A maneira como lemos o mundo sempre diverge.

-O que tu escondes?

-Nada

- mesmo?

- e essa fala?

- por que não cala?

- porque a boca é minha.

- então fale algo de futuro.

- fale voce.

- hum.

- que coisa chata isso que falas.

- tá incomodado?

- se tiver saia.

- Escondes o mais precioso.

- Ah?!

- O que?

- O silêncio, pois quem muito fala muito erra.

- Vai se lascar.

- É muitas vezes o sol não precisa falar,

- nem a natureza, agora entendi voce precisa.

- Vai procurar sua.

- Que cara chato.

Feira

Vende de tudo na feira.

Vende frutas, roupas, comida,

Objetos, cds e simpatia.

Ir a feira traz-me alegria,

Tudo é tão cheio de poesia,

Vemos uma diversidade

Imensa de formas, ideias e gente.

Tem de tudo lá

Tomate, vagem,

Manga, maracujá,

Banana, coco,

Cebola, abacaxi,

Milho verde.

Tem sereais e seus derivados

Feijão, milho, fava.

Tem banca de pastel, acompanhado de mineirinho,

Tem coisas até da china.

Tem queijo, frango frito,

Tem bagaço.

Na alegria do vai e vem

De gente, de cores,

De sabores, de troca

Entre mercadoria e dinheiro,

Pensa, analisa e leva pra casa o

Que se acha melhor.

Da vermelha pulpa da melância

Ao amarelo doce do abacaxi,

O branco macio da banana,

O verde água da alface,

O azedo do limão,

O amarelo rosa da manga,

Hum quantas delícias.

Encontrada na feira de domingo no luizorte.

Um pastelzinho com mineirinho

E um palavreado fulorado dos mineiros

Tornam as feiras mineiras

Tão amistosas quanto as paulistas.

14:47 12 dez. 10

Rosa

A linda rosa no verão

Pós seu último botão,

Tão graciosa no jardim

Parecia acenar pra mim,

E o sol a iluminava,

O vento a acariciava,

A todo transeunte encantava,

Que linda fica ela assim,

Enfeitando o jardim,

A rosa é mesmo

Desdenhosa,

Circundada de olhares,

Tal qual Branca de Neve,

Sorri pela última vez

Depois parte,

Pois a beleza é efêmera,

A vida é breve,

É a vida.

12 dez. 2010 11:34

Marcas

Três borboletas amarelas,

Voam nas paredes do quarto

Do quarto de ana,

Quarto de paredes creme

Como sorvete de milho,

Com um mural

Com fotos de viagens,

De datas,

De uma arara,

De uma praia,

De um prédio

Do jardim botanico de curitiba.

E de uma cama branca,

Do chão vermelho

Do guarda roupas preto,

As borboletas voam,

O quarto não ajuda

Pois o vento não entra muitas vezes,

As cortinas claras não deixa o sol ou o vento entrar.

É dezembro

O quarto está quente...

12-12-10

Noite suave

12 dez. 2010-12-12

Lua crescente no poente,

Sol desponta no nascente,

Uma noite se entrega

A mais um dia.

Hoje é dia de domingo

Que rima com cachimbo.

Lá fora canta o papacebo

Por ser manhã

De domingo,

Tem feira no Luizote,

Faz falta aquela manhã

Nublada, mas tem nada não,

Pelo menos é dezembro,

E hoje é doze do doze

De dois mil e dez.

A lua está crescente,

Aparece no centro do sol

E foge para o poente,

Brilhosa,

Já será cheia

A última crescente se despede do ano,

E se entrega a lua cheia,

Já se foram três estações,

E o sol arde nesse verão,

Também com tamanha

Solidão,

Que poderia se esperar do sol,

Que foge da luz,

Desesperada pela rua.

Jardim

O jardim sedento pede água,

Abro a torneira

E água jorra sobre,

As folhas que brilham,

Ficam a sorrir,

Um ar úmido se

Espalha pelo ambiente,

Enquanto gotas caem

Das folhas,

Há um frescor no jardim,

Um silêncio

Uma paz

20:17

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh