a lua pálida se escondia atrás das árvores,
em minha caminhada,
sentia o frio do escuro,
das sombra das árvores,
noite cinérea.
Aos passos curtos,
sentia a noite,
sentia meus pés tocar o chão.
a cada passo um espaço,
quebrando a inércia,
sentindo a noite.
Ah a dama da noite,
vestida de branco,
exalava uma essência doce,
tal qual som da sereia,
me deixou encantado,
parei, e vi aquelas flores brancas,
a dama da noite sorria pra mim.
Bela dama,
Solanaceae, cheira assim.
A lua quebrou-me o encanto e se escondeu entre as nuvens,
fez-se escuridão,
senti a pele negra da noite
tocar-me.
E logo a lua clareou,
segui então ela,
aquela encantadora um novo odor,
era magnólia me chamando,
seu cheiro acariciava minha alma,
tornou-me estático...
Namorei-a mas a noite passa,
deixei-a ali,
parti.
Quando cheguei em casa,
tinha a alma embotada,
de essência, de sonhos e de sono.