Seguindo em frente ao através das ruas podemos perceber que já não cultivam mais jardins, nem uma árvore sequer, mas estão se substituindo todas plantas por calçadas.
O que ganham com isso?
redução nas contas de água?
Parece que não, pois vemos muitos litros de água potável sendo utilizadas, aos jatos, como vassouras para limpar estas calçadas nuas. As ruas estão ficando cada vez mais nuas, quentes e feias. Talvez seja a falta de tempo para regar as plantas ou talvez quem sabe é uma tendência da arquitetura contemporânea, quem sabe?
Calçadas não sujam e dão acesso aos pedestres. As plantas por outro lado tem papel inverso. No entanto seus hábitos, suas folhas e flores embelezam as ruas, fazem sombra, além de retirar carbono da atmosfera e liberam oxigênio, porém parece que já não tem o devido valor. Alguns exemplos agradáveis é caminhar por um bairro arborizado de sibipirunas em um intenso dia de sol, com suas flores douradas ou talvez a sombra dos flamboiãs, com sua arquitetura linda. O que nota-se é um descaso por parte das pessoas, das autoridades públicas. Não faz mais que três anos que moro aqui em Barão Geraldo, distrito de Campinas e já pude presenciar a derrubada de diversas árvores e o pior várias destas foram derrubadas de dentro da unicamp. O que se pode pensar se uma instituição que deveria da exemplo plantando árvores está seguindo o caminho oposto. Causa em mim profunda tristeza ver uma árvore, um jardim morrer. A troco de que?
Vai saber.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
terça-feira, 29 de junho de 2010
segunda-feira, 28 de junho de 2010
A praça
Sentei-me na praça para ver os transeuntes passarem. Desliguei-me do mundo. Fiquei ali sentado, imóvel olhando cada pessoa que passava, suas expressões, suas roupas, seus passos. Não sei porque fiz isso, mas sei que não era por estar cansado. Talvez porque achei aquele lugar tão agradável e achei tão bonito a dinâmica daquelas pessoas, talvez resolvi ficar em estado de inércia. Olhei para o céu azul, para as ruas de luz tão limpa, ma de poeira frouxa. Vi alguns indigentes mexendo nas latas de lixo em busca de comida. Vi também alguns camelôs vendendo muamba. Vi policiais vigiando. De repente um vento frouxo cruza a rua e deu uma sensação agradável de bem está. Um senhor vende picolé. Chamo-o e peço-lhe um ele me vende e vai embora. Então permaneço ali, tomando meu picolé. Vendo os transeuntes passarem. Uns passam apressados, outros devagar, mas todos passam. Até mesmo eu e minha inércia, levantei-me e fui embora, mas a praça continuou lá. O que eu vi na praça? Um lugar excelente para descansar, ver o povo passar, estudar o outro, analisar as milhares de possibilidades que podem acontecer.
A Praça pode ser um lugar tranquilo, limpo, agradável de ali permancecer.
A praça pode ser um lugar agitado, sujo, desagradável de ali estar.
Repentinamente voce pode ser atingido por uma bala perdida.
Na praça voce pode encontrar o grande amor de sua vida, pode também conceber uma vida.
A praça é um lugar público onde podes desfrutar de um bom banco ou de uma bela paisagem de um jardim, de árvores ou de uma bela igreja, de uma fonte.
Quantas vezes estamos entre amigos numa praça?
Bem que poderia ter música nas praças.
Acho que nas praças dos centros a sintonia que pode se encontrar é aquela que cada um expressa para o outro em suas conversas alinhadas ou desalinhadas, informativas.
As praças hoje abrigam indigentes, trabalhadores, bustos e tudo de mais urbano e humano.
Parar para contemplar pode ser uma boa, pode ser arriscado,
mas a vida é assim estocástica.
isso é viver.
A Praça pode ser um lugar tranquilo, limpo, agradável de ali permancecer.
A praça pode ser um lugar agitado, sujo, desagradável de ali estar.
Repentinamente voce pode ser atingido por uma bala perdida.
Na praça voce pode encontrar o grande amor de sua vida, pode também conceber uma vida.
A praça é um lugar público onde podes desfrutar de um bom banco ou de uma bela paisagem de um jardim, de árvores ou de uma bela igreja, de uma fonte.
Quantas vezes estamos entre amigos numa praça?
Bem que poderia ter música nas praças.
Acho que nas praças dos centros a sintonia que pode se encontrar é aquela que cada um expressa para o outro em suas conversas alinhadas ou desalinhadas, informativas.
As praças hoje abrigam indigentes, trabalhadores, bustos e tudo de mais urbano e humano.
Parar para contemplar pode ser uma boa, pode ser arriscado,
mas a vida é assim estocástica.
isso é viver.
sexta-feira, 25 de junho de 2010
A Lua
Ontem,
A lua estava tão bela e tão cheia,
que me chamou atenção,
parei e a encarei,
ela mirava os meus olhos,
conheço esse olhar lunar,
a lua sorria para mim,
lembrou nossos momentos íntimos tão meus e tão meus
que me levou a viajar no tempo.
Eram quase seis horas,
como sempre fizera no passado,
sair do restaurante universitário bem alimentado,
caminhar com a lua,
no frio da noite, dos pensamentos, dos sonhos a matutar.
Caminhei lentamente, então encontrei um lugar e sentei,
parei para matutar, para namorar a lua.
parecia pálida, redonda e clara como sempre,
mas eu! já não sou o mesmo,
física e racionalmente estou mais velho, ranzinza, menos eu.
Parece que assim que tem que ser,
já não sei quem eu sou,
já sei tanta coisa, que nada sei.
Quanto tempo fazia que não namorava a lua...
Ela sempre esteve lá.
O bom que levo da lua é que ela está sempre comigo
e me oferece paz, conselhos e é a lua;
plenilúnea.
voltei a vida normal depois.
A lua estava tão bela e tão cheia,
que me chamou atenção,
parei e a encarei,
ela mirava os meus olhos,
conheço esse olhar lunar,
a lua sorria para mim,
lembrou nossos momentos íntimos tão meus e tão meus
que me levou a viajar no tempo.
Eram quase seis horas,
como sempre fizera no passado,
sair do restaurante universitário bem alimentado,
caminhar com a lua,
no frio da noite, dos pensamentos, dos sonhos a matutar.
Caminhei lentamente, então encontrei um lugar e sentei,
parei para matutar, para namorar a lua.
parecia pálida, redonda e clara como sempre,
mas eu! já não sou o mesmo,
física e racionalmente estou mais velho, ranzinza, menos eu.
Parece que assim que tem que ser,
já não sei quem eu sou,
já sei tanta coisa, que nada sei.
Quanto tempo fazia que não namorava a lua...
Ela sempre esteve lá.
O bom que levo da lua é que ela está sempre comigo
e me oferece paz, conselhos e é a lua;
plenilúnea.
voltei a vida normal depois.
Tarde
A tarde chegou e nem a vi chegar,
pois chegou tão calma, clara e fria.
A tarde parecia vazia.
um ou outro carro passava,
uma ou outra pessoa via,
até entrar para meu quarto frio.
Até sentir o frio vazio dentro de mim.
Quanto dei por mim,
já era quase noite,
e nada fiz de minha tarde.
vi o sol claro,
senti o vento frio,
mas minha mente, não mente estava vazia.
perdida entre os pensamentos e os sentimentos.
sob a luz fria da fluorescente,
ouvindo classic music.
não consegui me achar,
não consegui me motivar,
pois tinha sono, sem cansaço,
tinha tudo e nada,
na tarde que veio e se foi,
e passou,
nada ganhei, mas também nada perdi.
nada vivi.
pois chegou tão calma, clara e fria.
A tarde parecia vazia.
um ou outro carro passava,
uma ou outra pessoa via,
até entrar para meu quarto frio.
Até sentir o frio vazio dentro de mim.
Quanto dei por mim,
já era quase noite,
e nada fiz de minha tarde.
vi o sol claro,
senti o vento frio,
mas minha mente, não mente estava vazia.
perdida entre os pensamentos e os sentimentos.
sob a luz fria da fluorescente,
ouvindo classic music.
não consegui me achar,
não consegui me motivar,
pois tinha sono, sem cansaço,
tinha tudo e nada,
na tarde que veio e se foi,
e passou,
nada ganhei, mas também nada perdi.
nada vivi.
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Reforma do Código Florestal
O Brasil é um dos maiores produtores de soja, café, cana de açúcar do mundo.
Portanto a pressão sobre o meio ambiente, em forma de desmatamento, para ampliar o plantio de monocultura e agropecuária é cada dia mais intensa.
Um dos projetos que está em tramite no congresso revisado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP).
Ontem 23/07 os professores titulares da Unicamp Carlos Joly e Tomas em uma mesa redonda organizada pelos alunos para esclarecer o tema. Teve duração de cerca de uma hora e meia. O professor Carlos Joly expôs um breve histórico do código florestal que foi aprovado em 1934, reformulado em 1965 e em 2001 foi aprovada uma nova medida provisória deste.
Em seguido o professor expôs seu tema mostrando várias idéias sobre o tema os possíveis pontos de vista.
A mesa redonda teve como faze final perguntas da platéia.
Bem foi o primeiro passo para uma caminhava.
Só o fato de dois cientistas da Unicamp disponibilizarem seu tempo para discutir sobre esse tema polêmico já nos chama atenção.
Agora precisamos nos organizar para tentar explanar, sedimentar e tentar expor esse esse tema para um número maior de pessoas então quem sabe não poderemos fazer algo.
terça-feira, 22 de junho de 2010
futuro
O mundo é do mais forte!
Quase todos os dias ouço de alguém uma fórmula do sucesso. São artistas, empresários, funcionários do mais alto escalão que fizeram algo em suas vidas dar certo. Atingiram seus objetivos. Presto muita atenção para estes fatos, mas me vem a mente agora quantos não conseguiram conquistar seus objetivos. Por que?
Será que a fórmula do sucesso não funciona pra todo mundo?
Por não saber exatamente o que queremos é que vivemos toda a vida experimentando.
As vezes falta oportunidade, recurso, infraestrutura entre tantas outras coisas.
sábado, 19 de junho de 2010
Saramago
As pessoas partem para o infinito.
A partida é sempre dolorosa, pois o espírito se antecipa ao corpo e nesse descompasso, já não o é mais, sobra a matéria, um corpo, mais um objeto, não mais corpo no sentido humano, só um corpo composto de carne e osso que em pouco tempo começará a se desfazer a fermentar em estado de putrefação. Toda aquela beleza que este abrigava acabou. O movimento vital cessou. O corpo não si encanta, mas sim se decompôe. O máximo que este ganha é uma cripta com uma foto em preto e branco. Está fadado ao esquecimento.
Fica a dor, a saudade, daquele que compartilhou da vida que partiu. As vezes essa dor é nosso eterno medo de nossos dias, o acaso que nos atormente, mas que seja assim se foi sempre assim então que se cumpra. Aprendemos com a dor a levantar a cabeça e seguir adiante, somos soldados aproximando-nos da linha de batalha. Ontem partiu um grande escritor, nunca o li, mas o conhecia através de um amigo que tanto o cultuava. Gostaria de conversar com ele dizer que sinto muito pela perda de um de seus autores preferidos.
O legado de Saramago ainda educará muitas gerações. Este eternizou-se entre nós, estará sempre presente entre nós através de suas obras, seu exemplo.
Descançe em paz.
A partida é sempre dolorosa, pois o espírito se antecipa ao corpo e nesse descompasso, já não o é mais, sobra a matéria, um corpo, mais um objeto, não mais corpo no sentido humano, só um corpo composto de carne e osso que em pouco tempo começará a se desfazer a fermentar em estado de putrefação. Toda aquela beleza que este abrigava acabou. O movimento vital cessou. O corpo não si encanta, mas sim se decompôe. O máximo que este ganha é uma cripta com uma foto em preto e branco. Está fadado ao esquecimento.
Fica a dor, a saudade, daquele que compartilhou da vida que partiu. As vezes essa dor é nosso eterno medo de nossos dias, o acaso que nos atormente, mas que seja assim se foi sempre assim então que se cumpra. Aprendemos com a dor a levantar a cabeça e seguir adiante, somos soldados aproximando-nos da linha de batalha. Ontem partiu um grande escritor, nunca o li, mas o conhecia através de um amigo que tanto o cultuava. Gostaria de conversar com ele dizer que sinto muito pela perda de um de seus autores preferidos.
O legado de Saramago ainda educará muitas gerações. Este eternizou-se entre nós, estará sempre presente entre nós através de suas obras, seu exemplo.
Descançe em paz.
“Provavelmente está feito de suspiros o silêncio que precede o silêncio do mundo.”
(In Cadernos de Lanzarote, Diário IV)
“Como serão as coisas quando não estamos a olhar para elas? Esta pergunta, que cada dia me vem parecendo menos disparatada, fi-la eu muitas vezes em criança, mas só a fazia a mim próprio, não a pais nem professores porque adivinhava que eles sorririam da minha ingenuidade. (…) Quando numa habitação imersa em total obscuridade acendemos uma luz, a escuridão desaparece. Então não é raro perguntar-nos: “Para onde foi ela?” E a resposta só pode ser uma: “Não foi para nenhum lugar, a escuridão é simplesmente o outro lado da luz, a sua face secreta”. Foi pena que não mo tivessem dito antes, quando eu era criança. Hoje saberia tudo sobre a escuridão e a luz, sobre a luz e a escuridão.”
“Dizem-me que as entrevistas valeram a pena. Eu, como de costume, duvido, talvez porque já esteja cansado de me ouvir. O que para outros ainda lhes poderá parecer novidade, tornou-se para mim, com o decorrer do tempo, em caldo requentado. Ou pior, amarga-me a boca a certeza de que umas quantas coisas sensatas que tenha dito durante a vida não terão, no fim de contas, nenhuma importância. E porque haveriam de tê-la? Que significado terá o zumbido das abelhas no interior da colmeia? Serve-lhes para se comunicarem umas com as outras? Ou é um simples efeito da natureza, a mera consequência de estar vivo, sem prévia consciência nem intenção, como uma macieira dá maçãs sem ter que preocupar-se se alguém virá ou não comê-las? E nós? Falamos pela mesma razão que transpiramos? Apenas porque sim? O suor evapora-se, lava-se, desaparece, mais tarde ou mais cedo chegará às nuvens. E as palavras? Aonde vão? Quantas permanecem? Por quanto tempo? E, finalmente, para quê? São perguntas ociosas, bem o sei, próprias de quem cumpre 86 anos. Ou talvez não tão ociosas assim se penso que meu avô Jerónimo, nas suas últimas horas, se foi despedir das árvores que havia plantado, abraçando-as e chorando porque sabia que não voltaria a vê-las. A lição é boa. Abraço-me pois às palavras que escrevi, desejo-lhes longa vida e recomeço a escrita no ponto em que tinha parado. Não há outra resposta.”
“Felizmente há palavras para tudo. Felizmente que existem algumas que não se esquecerão de recomendar que quem dá deve dar com as duas mãos para que em nenhuma delas fique o que a outras deveria pertencer. Assim como a bondade não tem por que se envergonhar de ser bondade, também a justiça não deverá esquecer-se de que é, acima de tudo, restituição, restituição de direitos. Todos eles, começando pelo direito elementar de viver dignamente. Se a mim me mandassem dispor por ordem de precedência a caridade, a justiça e a bondade, daria o primeiro lugar à bondade, o segundo à justiça e o terceiro à caridade. Porque a bondade, por si só, já dispensa a justiça e a caridade, porque a justiça justa já contém em si caridade suficiente. A caridade é o que resta quando não há bondade nem justiça.”
“O viajante está feliz. Nunca na vida teve tão pouca pressa. Senta-se na beira de um destes túmulos, afaga com as pontas dos dedos a superfície da água, tão fria e tão viva, e, por um momento, acredita que vai decifrar todos os segredos do mundo. É uma ilusão que o assalta de longe em longe, não lho levem a mal.”
(In Viagem a Portugal)
“Não me acuse o leitor de obscurantista. Tenho uma confiança danada no futuro e é para ele que as minhas mãos se estendem. Mas o passado está cheio de vozes que não se calam e ao lado de minha sombra há uma multidão infinita de quantos a justificam.”
(Os Portões que dão para onde?, in A Bagagem do Viajante)
“Começar a ler foi para mim como entrar num bosque pela primeira vez e encontrar-me, de repente, com todas as árvores, todas as flores, todos os pássaros. Quando fazes isso, o que te deslumbra é o conjunto. Não dizes: gosto desta árvore mais que das outras. Não, cada livro em que entrava, tomava-o como algo único.”
(El País Semanal, Madrid, 29 de Novembro de 1998)
“Todos os dicionários juntos não contêm nem metade dos termos de que precisaríamos para nos entendermos uns aos outros.”
(In O Homem Duplicado)
Catorze de Junho
Cerremos esta porta.
Devagar, devagar, as roupas caiam
Como de si mesmos se despiam deuses,
E nós o somos, por tão humanos sermos.
É quanto nos foi dado: nada.
Não digamos palavras, suspiremos apenas
Porque o tempo nos olha.
Alguém terá criado antes de ti o sol,
E a lua, e o cometa, o negro espaço,
As estrelas infinitas.
Se juntos, que faremos? O mundo seja,
Como um barco no mar, ou pão na mesa,
Ou rumoroso leito.
Não se afastou o tempo. Assiste e quer.
É já pergunta o seu olhar agudo
À primeira palavra que dizemos:
Tudo.
(In Poesía Completa, Alfaguara, pp. 636-637)
quarta-feira, 16 de junho de 2010
ociosidade
Silêncio,
Mudo o tempo,
nada fala,
respira o vento,
sente o sol arder,
o ar quente é soprado pelo vento,
plantas secas,
rochas nuas,
cactos,
muita luz,
um homem passa na bicicleta,
e a estrada vazia,
branca,
impregna na alma,
a mente prima humana.
Mudo o tempo,
nada fala,
respira o vento,
sente o sol arder,
o ar quente é soprado pelo vento,
plantas secas,
rochas nuas,
cactos,
muita luz,
um homem passa na bicicleta,
e a estrada vazia,
branca,
impregna na alma,
a mente prima humana.
Ansiedade
Quantas vezes nos sentimos só em meio a multidão, paramos entre os transeuntes e nos sentimos pequenos, impotentes. Pegamos o telefone e ligamos para alguém qualquer pessoa, usamos o último número discado e então o telefone chama uma, duas, três vezes, da caixa postal, bem tentamos um segundo, um terceiro e nada. Uma sensação de vazio, uma ansiedade nos apavora. O medo da solidão nos persegue e nos consome, então nos damos conta que o fim de semana se aproxima, mas temos muita coisa de prioridade para fazer, fazemos a escolha por resolver nossos problemas, mas para isso temos que ficar em casa. A casa escura, fria, com a geladeira nos convidando para comer, a tv com vários filmes pra ver e o pc para trocar idéia, bater um papo, mas ao longo do dia tudo isso vai ficando cada vez mais monotono, virtual, abstrato, então saquemos a geladeira, na intenção de saciar nossa ansiedade com doce, um, dois, três... filmes estamos muito entediado e o domingo chegou dormimos até tarde, pois fomos dormir tarde vendo tv, não conseguimos dormir cedo, almoçamos tarde e o domingo já se vai, mas e não fizemos nada do que nos propomos o tempo passa, o sol vai se pondo e lá vem a preocupação amanhã é segunda, não vou fazer tudo no prazo, estou só, barbado, começo a semana arrasado. Sós seguimos nossas vidas incertas.
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