sexta-feira, 25 de junho de 2010

A Lua

Ontem,

A lua estava tão bela e tão cheia,
que me chamou atenção,
parei e a encarei,
ela mirava os meus olhos,
conheço esse olhar lunar,

a lua sorria para mim,
lembrou nossos momentos íntimos tão meus e tão meus
que me levou a viajar no tempo.

Eram quase seis horas,
como sempre fizera no passado,
sair do restaurante universitário bem alimentado,
caminhar com a lua,

no frio da noite, dos pensamentos, dos sonhos a matutar.

Caminhei lentamente, então encontrei um lugar e sentei,
parei para matutar, para namorar a lua.

parecia pálida, redonda e clara como sempre,
mas eu! já não sou o mesmo,
física e racionalmente estou mais velho, ranzinza, menos eu.

Parece que assim que tem que ser,
já não sei quem eu sou,
já sei tanta coisa, que nada sei.

Quanto tempo fazia que não namorava a lua...

Ela sempre esteve lá.

O bom que levo da lua é que ela está sempre comigo
e me oferece paz, conselhos e é a lua;
plenilúnea.

voltei a vida normal depois.

Tarde

A tarde chegou e nem a vi chegar,
pois chegou tão calma, clara e fria.

A tarde parecia vazia.

um ou outro carro passava,
uma ou outra pessoa via,
até entrar para meu quarto frio.
Até sentir o frio vazio dentro de mim.

Quanto dei por mim,
já era quase noite,
e nada fiz de minha tarde.

vi o sol claro,
senti o vento frio,

mas minha mente, não mente estava vazia.
perdida entre os pensamentos e os sentimentos.

sob a luz fria da fluorescente,
ouvindo classic music.

não consegui me achar,
não consegui me motivar,
pois tinha sono, sem cansaço,
tinha tudo e nada,
na tarde que veio e se foi,
e passou,

nada ganhei, mas também nada perdi.

nada vivi.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Reforma do Código Florestal


O Brasil é um dos maiores produtores de soja, café, cana de açúcar do mundo.
Portanto a pressão sobre o meio ambiente, em forma de desmatamento, para ampliar o plantio de monocultura e agropecuária é cada dia mais intensa.
Um dos projetos que está em tramite no congresso revisado pelo deputado Aldo Rebelo (PCdoB/SP).
Ontem 23/07 os professores titulares da Unicamp Carlos Joly e Tomas em uma mesa redonda organizada pelos alunos para esclarecer o tema. Teve duração de cerca de uma hora e meia. O professor Carlos Joly expôs um breve histórico do código florestal que foi aprovado em 1934, reformulado em 1965 e em 2001 foi aprovada uma nova medida provisória deste.
Em seguido o professor expôs seu tema mostrando várias idéias sobre o tema os possíveis pontos de vista.
A mesa redonda teve como faze final perguntas da platéia.
Bem foi o primeiro passo para uma caminhava.
Só o fato de dois cientistas da Unicamp disponibilizarem seu tempo para discutir sobre esse tema polêmico já nos chama atenção.
Agora precisamos nos organizar para tentar explanar, sedimentar e tentar expor esse esse tema para um número maior de pessoas então quem sabe não poderemos fazer algo.

terça-feira, 22 de junho de 2010

futuro


O mundo é do mais forte!

Quase todos os dias ouço de alguém uma fórmula do sucesso. São artistas, empresários, funcionários do mais alto escalão que fizeram algo em suas vidas dar certo. Atingiram seus objetivos. Presto muita atenção para estes fatos, mas me vem a mente agora quantos não conseguiram conquistar seus objetivos. Por que?
Será que a fórmula do sucesso não funciona pra todo mundo?
Por não saber exatamente o que queremos é que vivemos toda a vida experimentando.
As vezes falta oportunidade, recurso, infraestrutura entre tantas outras coisas.

sábado, 19 de junho de 2010

Saramago

As pessoas partem para o infinito.
A partida é sempre dolorosa, pois o espírito se antecipa ao corpo e nesse descompasso, já não o é mais, sobra a matéria, um corpo, mais um objeto, não mais corpo no sentido humano, só um corpo composto de carne e osso que em pouco tempo começará a se desfazer a fermentar em estado de putrefação. Toda aquela beleza que este abrigava acabou. O movimento vital cessou. O corpo não si encanta, mas sim se decompôe. O máximo que este ganha é uma cripta com uma foto em preto e branco. Está fadado ao esquecimento.
Fica a dor, a saudade, daquele que compartilhou da vida que partiu. As vezes essa dor é nosso eterno medo de nossos dias, o acaso que nos atormente, mas que seja assim se foi sempre assim então que se cumpra. Aprendemos com a dor a levantar a cabeça e seguir adiante, somos soldados aproximando-nos da linha de batalha. Ontem partiu um grande escritor, nunca o li, mas o conhecia através de um amigo que tanto o cultuava. Gostaria de conversar com ele dizer que sinto muito pela perda de um de seus autores preferidos.
O legado de Saramago ainda educará muitas gerações. Este eternizou-se entre nós, estará sempre presente entre nós através de suas obras, seu exemplo.
Descançe em paz.

“Provavelmente está feito de suspiros o silêncio que precede o silêncio do mundo.”
(In Cadernos de Lanzarote, Diário IV)

“Como serão as coisas quando não estamos a olhar para elas? Esta pergunta, que cada dia me vem parecendo menos disparatada, fi-la eu muitas vezes em criança, mas só a fazia a mim próprio, não a pais nem professores porque adivinhava que eles sorririam da minha ingenuidade. (…) Quando numa habitação imersa em total obscuridade acendemos uma luz, a escuridão desaparece. Então não é raro perguntar-nos: “Para onde foi ela?” E a resposta só pode ser uma: “Não foi para nenhum lugar, a escuridão é simplesmente o outro lado da luz, a sua face secreta”. Foi pena que não mo tivessem dito antes, quando eu era criança. Hoje saberia tudo sobre a escuridão e a luz, sobre a luz e a escuridão.”

“Dizem-me que as entrevistas valeram a pena. Eu, como de costume, duvido, talvez porque já esteja cansado de me ouvir. O que para outros ainda lhes poderá parecer novidade, tornou-se para mim, com o decorrer do tempo, em caldo requentado. Ou pior, amarga-me a boca a certeza de que umas quantas coisas sensatas que tenha dito durante a vida não terão, no fim de contas, nenhuma importância. E porque haveriam de tê-la? Que significado terá o zumbido das abelhas no interior da colmeia? Serve-lhes para se comunicarem umas com as outras? Ou é um simples efeito da natureza, a mera consequência de estar vivo, sem prévia consciência nem intenção, como uma macieira dá maçãs sem ter que preocupar-se se alguém virá ou não comê-las? E nós? Falamos pela mesma razão que transpiramos? Apenas porque sim? O suor evapora-se, lava-se, desaparece, mais tarde ou mais cedo chegará às nuvens. E as palavras? Aonde vão? Quantas permanecem? Por quanto tempo? E, finalmente, para quê? São perguntas ociosas, bem o sei, próprias de quem cumpre 86 anos. Ou talvez não tão ociosas assim se penso que meu avô Jerónimo, nas suas últimas horas, se foi despedir das árvores que havia plantado, abraçando-as e chorando porque sabia que não voltaria a vê-las. A lição é boa. Abraço-me pois às palavras que escrevi, desejo-lhes longa vida e recomeço a escrita no ponto em que tinha parado. Não há outra resposta.”

“Felizmente há palavras para tudo. Felizmente que existem algumas que não se esquecerão de recomendar que quem dá deve dar com as duas mãos para que em nenhuma delas fique o que a outras deveria pertencer. Assim como a bondade não tem por que se envergonhar de ser bondade, também a justiça não deverá esquecer-se de que é, acima de tudo, restituição, restituição de direitos. Todos eles, começando pelo direito elementar de viver dignamente. Se a mim me mandassem dispor por ordem de precedência a caridade, a justiça e a bondade, daria o primeiro lugar à bondade, o segundo à justiça e o terceiro à caridade. Porque a bondade, por si só, já dispensa a justiça e a caridade, porque a justiça justa já contém em si caridade suficiente. A caridade é o que resta quando não há bondade nem justiça.”

“O viajante está feliz. Nunca na vida teve tão pouca pressa. Senta-se na beira de um destes túmulos, afaga com as pontas dos dedos a superfície da água, tão fria e tão viva, e, por um momento, acredita que vai decifrar todos os segredos do mundo. É uma ilusão que o assalta de longe em longe, não lho levem a mal.”
(In Viagem a Portugal)

“Não me acuse o leitor de obscurantista. Tenho uma confiança danada no futuro e é para ele que as minhas mãos se estendem. Mas o passado está cheio de vozes que não se calam e ao lado de minha sombra há uma multidão infinita de quantos a justificam.”
(Os Portões que dão para onde?, in A Bagagem do Viajante)

“Começar a ler foi para mim como entrar num bosque pela primeira vez e encontrar-me, de repente, com todas as árvores, todas as flores, todos os pássaros. Quando fazes isso, o que te deslumbra é o conjunto. Não dizes: gosto desta árvore mais que das outras. Não, cada livro em que entrava, tomava-o como algo único.”
(El País Semanal, Madrid, 29 de Novembro de 1998)

“Todos os dicionários juntos não contêm nem metade dos termos de que precisaríamos para nos entendermos uns aos outros.”
(In O Homem Duplicado)


Catorze de Junho

Cerremos esta porta.
Devagar, devagar, as roupas caiam
Como de si mesmos se despiam deuses,
E nós o somos, por tão humanos sermos.
É quanto nos foi dado: nada.
Não digamos palavras, suspiremos apenas
Porque o tempo nos olha.
Alguém terá criado antes de ti o sol,
E a lua, e o cometa, o negro espaço,
As estrelas infinitas.
Se juntos, que faremos? O mundo seja,
Como um barco no mar, ou pão na mesa,
Ou rumoroso leito.
Não se afastou o tempo. Assiste e quer.
É já pergunta o seu olhar agudo
À primeira palavra que dizemos:
Tudo.

(In Poesía Completa, Alfaguara, pp. 636-637)

quarta-feira, 16 de junho de 2010

ociosidade

Silêncio,
Mudo o tempo,
nada fala,
respira o vento,
sente o sol arder,
o ar quente é soprado pelo vento,
plantas secas,
rochas nuas,
cactos,
muita luz,
um homem passa na bicicleta,

e a estrada vazia,
branca,
impregna na alma,
a mente prima humana.

Ansiedade

Quantas vezes nos sentimos só em meio a multidão, paramos entre os transeuntes e nos sentimos pequenos, impotentes. Pegamos o telefone e ligamos para alguém qualquer pessoa, usamos o último número discado e então o telefone chama uma, duas, três vezes, da caixa postal, bem tentamos um segundo, um terceiro e nada. Uma sensação de vazio, uma ansiedade nos apavora. O medo da solidão nos persegue e nos consome, então nos damos conta que o fim de semana se aproxima, mas temos muita coisa de prioridade para fazer, fazemos a escolha por resolver nossos problemas, mas para isso temos que ficar em casa. A casa escura, fria, com a geladeira nos convidando para comer, a tv com vários filmes pra ver e o pc para trocar idéia, bater um papo, mas ao longo do dia tudo isso vai ficando cada vez mais monotono, virtual, abstrato, então saquemos a geladeira, na intenção de saciar nossa ansiedade com doce, um, dois, três... filmes estamos muito entediado e o domingo chegou dormimos até tarde, pois fomos dormir tarde vendo tv, não conseguimos dormir cedo, almoçamos tarde e o domingo já se vai, mas e não fizemos nada do que nos propomos o tempo passa, o sol vai se pondo e lá vem a preocupação amanhã é segunda, não vou fazer tudo no prazo, estou só, barbado, começo a semana arrasado. Sós seguimos nossas vidas incertas.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Mundo

Há tantas coisas acontecendo no mundo. Tantas coisas acontecendo em nossos mundos. Às vezes ficamos confusos não sabemos por onde começarmos e nem como nos organizarmos, pois temos que administrarmos nosso tempo entre o trabalho, a família e companheiros (as). Parece uma missão impossível, pois é semelhante a trabalhar enxugando gelo, onde sempre há um lado molhado. Essas três e relações, tenho para mim como verdadeiros pilares de extrema importância para ter uma vida mais ou menos harmoniosa. No entanto não é fácil, temos que sermos verdadeiros diplomatas, pois jamais podemos dar peso a diferenciados, pois poderemos ser pego no pulo do gato. Tem períodos que que essas relações cobram tanto de nos que simplesmente pensamos, puxa poderíamos simplesmente sumirmos ou jogarmos tudo para o alto.
Muitas vezes não racionalizamos os problemas e ficamos a deriva ou saimos perdendo por tentar resolver algo por impulso quando não dar certo ficamos extremamente estressados. Nesses casos é importante parar e pensar e só então tentar resolve estes problemas. Bem sabemos não há uma fórmula mágica na vida, depois que nos tornamos adultos independentes, tudo passa a ser responsabilidades nossas. Então pensamos puxa como queria ser criança.
Quantas vezes mesmo estando despreparados, buscávamos por essa tal liberdade de ação a todo custo nem percebemos, mas o tempo passou tão rápido, em nossos mundos parecia ter se arrastado pela eternidade, ledo engano, não podemos mais voltar atrás e então percebemos que temos que ser eficientes em tudo.
Isso é sadio?
Na maioria das vezes o mundo em que vivemos parece afirmar que sim, mas e se fosse diferente e se nos fizéssemos tudo diferente como seria? Nem paramos para imaginar, porém talvez fosse melhor e mais construtivo ou totalmente o oposto.
E continuamos com nossas dúvidas. A verdade é que nos apegamos a determinadas convicções e vamos vivendo acreditando nelas ou simplesmente não acreditamos em nada e mesmo assim vivemos. Muitas vezes em nossas crenças vamos alimentando e polindo nossas idéias acrescentando algo aqui, alí... Vamos vivendo.
Mas se tivessemos sido diferentes teria sido melhor? por que?
Que loucura. Se desrepeitassemos essas leis que criamos para nós mesmos e fizéssemos diferente, pegássemos uma mochila e puséssemos nas costas e partíssemos o que aconteceria?
Com certeza nossos problemas e prioridades seriam outros, talvez usássemos a maior parte do tempo tentando conquistar o que já temos e valorizamos.
Bem talvez eu aprendesse a valorizar mais o que tenho. Então viria o arrependimento.
Seriam tantos problemas que provavelmente estaríamos livres de nossas obrigações, mas estariamos presos a outras.
Na maioria das vezes nossas dúvidas podem nos levar por caminhos mais árduos e sem volta. As vezes gastamos tanto tempo nos interrogando, preocupados com nos mesmos que simplesmente esquecemos que somos, no entanto no mundo tem 6 bilhões de pessoas com seus problemas deles. Quem sabe se aprendermos a resolver os nossos problemas quem sabe não estaremos também resolvendo os problemas do outro.

primeira partida

Hoje foi o primeiro dia que a seleção brasileira jogou na copa de 2010, com um um placar de 2x1 venceu a seleção da Coréia do Norte, eu achei um placar magro e um jogo muito parado, sem muitas emoções. Vamos torcer para que na próxima partida o Brasil melhore seu jogo. Sigamos então rumo ao Penta!!!
Bem para assistir ao jogo nos reunimos na república da biologia vegetal Ana Paula, Juliana e Nívia. Regrado a carne assada e coca-cola, vibramos com as jogadas.
As ruas estavam movimentadas, antes do início da partida com pessoas animadas, usando as cores da seleção. Haja emoção nesta copa.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh