quarta-feira, 24 de março de 2010

Infância florida

Quando vem as flores,
dos galhos sugem cores,
azuis, verdes, amarelas, vermelhas quantos tons,
quanto aroma,
sob a sombra úmida, o frio da manhã.
O céu azul, de sol intenso,
do nada aprecem lagartos,
cantam os pássaros,
no meio do corrego,
a baixa de arroz,
o espantalho,
água ferrugínea,
menino e a lata,
é assim
monótono o dia no mato,
anuns pretos soltam seus cantos,
e os calumbis de flores brancas,
uma a uma flores fecundas,
se enchem de futos,
as ramadas começam a aperecer,
das várias jitiranas rosas, brancas,
aos poucos o carrapichos agulhas secam,
e engancham na roupa simples, suada do agricultor,
que cuida do gado,
que cuida da roça,
que cuida dos filhos,
que cuida do sítio que cuidou de mim,
sua barba hirsuta, simbolo de moral,
no olhar me fazia temer, sem falar comprendia o que queria dizer,
as vacas de leite com barriga cheia,
os marmeleiros cheirosos, catingueiras,
as aroeias,
logo vem a roça do cajueiro,
e o sia segue limpo,
lindo,
azul,
colorido das flores,
dos sonhos.

terça-feira, 23 de março de 2010

amanhã

Algumas coisas nos aborrecem,
mas a vida é assim,
dia bom ou ruim,
os problemas não merecem

preocupação ou coisas assim,
viver cada dia afim,
tudo passa,
tudo renova,
durma e espero um dia melhor.

segunda-feira, 22 de março de 2010

dias

Há dias sem poesias,
dias que queremos esquecer,
dias que percisamos relembrar pra viver,
dias que o sol foi tão intenso que cozeu nosso raciocínio,
há dias que nós ficamos carentes, contentes, com as lembranças,
do tempo, das imagens, das amizades da vida.

Há dias que lembramos do que fomos,
o quanto nos superamos, ou o quando afundamos.

Há dias que paramos para pensar e não pensamos nada,
dias que não paramos para pensar e pensamos tudo.

dia a dia lá se vai nossa vida,
nossa alegria,
nossa poesia,
nossos amores,
e veem as dores,
e vem novos amores,

a vida sem amor
é vida de dor,
vida sem cor,
por isso a cada dia,
viva sem questionar, lamentar
o que tens são dias
a vida é uma soma de tempo
em dias,
e poesias lidas.

Conversas

A quanto tempo não revejo os amigos que deixei quando parti de minha terra nem me lembro mais, pois faz tanto tempo que pude desfrutar daquelas conversas sadias.
Sempre que podiamos nos reuniamos para conversar, na cozinha, na hora do almoço ou do jantar, na lavanderia nunca faltava alguém para conversar. Nossas conversas iam desde futebol, política, cursos e é claro de mulher, assunto corriqueiro nos corredores da moradia. O engraçado é como nos comportavamos, pois para cada pessoa abortava-se um assunto diferente, ou seja tinhamos pessoas preferidas para tratar de assuntos específicos. Muitas vezes varavamos a matrugada conversando, tomando aquele café, entre uma conversa e outra iamos matando o tempo cheio de tédio, pela distância da família, pela falta de recurso, de tempo, pois estavamos ali para estudar, aproveitar o tempo, mas claro que ninguém é de ferro para estudar o tempo todo, precisavamos viver e conversar significava está vivo. Meus queridos amigos que sempre estavam presente cotidanamente, o jornalista intelectual Silvano Araújo, o Engenheiro Chico Targino, odontologo Francisco Canindé, Historiador Demison, Geologo José Airton, Biólogo Alex Luz, Juiz Gilvanklim Marques, falecido psicologo Taniberg Albano dentre outros, é claro que não citei os amigos de quarto que eram mais amigos que amigos de conversas.
Quanto tempo não disponho de conversar com tais figura, que saudade boa, pois todos estão seguindo a vida muito bem e eu segui o meu caminho, consegui achar o caminho que me levará ao lugar almejado. Durante esse tempo de busca quantos amigos fiz,
quantos ficaram por ai, mas levo em meu coração como trofeu maior de minhas conquistas, pois acredito que a amizade é o bem maior de um homem.
Novos amigos consegui são maravilhosos, mas são outros amigos outro perfil, adoro-os, mas sinto saldades do campus, do campo, dos timbres, dos risos, da amizade acalorada aos sabor do café, das conversas da vida vivida.

Stipnoppapus rubripappus

domingo, 21 de março de 2010

odor

Minhas mãos nos domingos a noite cheiram a alho,
nossa que cheiro incomodo, pois é já que não co-
zinho tenho que cortar a cebola, o alho e as vezes
a azeitona e fica esse cheiro esquisito, por toda
a tarde e noite. É acho que vou ter que fazer coli-
nária só assim a Ana não vai poder falar que não faço
nada.
Nossa não adianta lavar não sai de jeito nenhum,
ah se algumas coisas na vida fossem como esse cheiro,
mas não são.

ultima manhã de verão em barão.

O dia de domingo,
veio mais tarde,
quando acordei, sentia uma gostosa vontade de continuar dormindo, mas
fazia sol, mas o clima estava ameno tão gostoso, que preferi acordar,
com um tom de chuva no poente.
Fui à cozinha, e deliciei-me com um doce bolo de fubá que havia comprado na noite anterior no walmart, uma delícia e ao saborear do bolo,
minha mente como uma nau a navegar,
vagava no tempo, rumo a infância, bela infância,
onde pude encontrar toda família reunida envolta da mesa, a saborear um bolo de ovo, tão jovens que eramos na velha casa nova, com o coqueiro na cozinha, terreiro cheio de galinha,
a casa humilde, mas bela, com aquelas manhãs chuvosas.
voltei e comi do bolo mais um pedaço,
voltei pra cama e fui ler um pouco.
Que manhã gostosa fim de verão.

sexta-feira, 19 de março de 2010

ontem

Vei o sol brilhando,
no fim da tarde,
um brilho frio,
um vento intenso,
balançado as copas das árvores.

quarta-feira, 17 de março de 2010

rua muda

Cruzando as ruas, desrespeitadas, calçadas cheias de cacos de vidro, coco de cachoro, paredes pichadas que tristeza de paisagem não dar nem gosto de viver, de contemplar a cidade.
Na correria muitas vezes esquecemos de ver o que acontece, na nossa rua,
pois sabemos o que acontece em Israel, ah o "Lula se recusou a visitar o túmulo do sionista", mas definitivamente não sabemos o que acontece na nossa rua, desconheço meus vizinhos, com exceção 3 vizinhos, que algumas vezes cumprimento de relance, ignoro o que acontece.
Nada de tirar uma prosa, ou conversar sobre política, nada.
Saio cedo, e tudo que filmo são instantes breves dos lugares que passo e ao acaso flagro algo acontecer, concluo apartir de minhas observações, as vezes tem tanta coisas interessante, mas não seio o que acontece na minha rua.
Os becos sem dono, muitas vezes exalam cheiro de urina, cruzamos, os becos sujos, nus, muitas vezes servem de acesso a malinagem, uma transa rápida sei lá é só um beco.
Sujaram minha parede quem foi? não sei? nem o vizinho sabe, pois nao me conhece.
As ruas não falam, apenas expressam a agressividade com que são tratadas.

verão outono.

Aurora já passou,
a relva suou,
verde e viçosa, goteja orvalhada,
ao som da passarada,
a frio da brisa matinal,
o chão ainda úmido da última chuva de verão,
sob as árvores o folharal desgastado das solas dos transeuntes,
que passam, passam, para seus trabalhos, seus estudos, passam.
O riacho desce silenciosamente, com suas águas turvas, findas do verão.

Lá se vai o verão,
lá se vem o outono,
hoje o dia foi mais ameno,
a tarde esfriou, quase nem percebi, estou tão preso ao mundo humano preciso caminhar pra perceber a natureza viva, pois me cansa a selva de pedra, as conversas egoístas.

O crepúsculo mal apareceu hoje e se apareceu nem percebi,
não olhei para o céu,
so percebi que o dia já se passou e tudo aconteceu tão rápido.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh