A tarde cai. A tarde sempre caiu, cai e cairá. Agora algo mudou em mim.
A tarde caia e era sinônimo de alegria. Esperava por algo. Não sei o que e sei. Esperava uma mudança que mudasse meu humor. Esperava sempre por algo. O tempo foi passando e tudo foi mudando fora e dentro de mim. Continuei esperando a mudança o tempo cair. Aí a mudança veio drástica quando percebi que podia realizar os meus sonhos. Descobri que custava tempo de vida.
Nossos sonhos custam caro.
Custam o tempo de convivermos.
A tarde caiu, levou também o tempo dos que mais amava.
Agora.
Nasceu o maior amor de minha vida, meu filho.
Não quero que a tarde passe, como é impossível, então que se arraste.
Só sentado aqui onde muito sentei com papai e com mamãe.
Já não os ouço, não os vejo, mas sua presença existe.
Na paisagem na amarílis, no Jasmim de laranjeira, no cumarú, no araçá, no catolé, na espada de são Jorge e no espaço, no calor e luz do sol que vai esfriando com o tempo e vão se apagando as memórias.
Meu Deus!
É sexta feira santa.
Quantas vezes celebrarmos em Cristo.
E continuamos em Cristo.
Vivos.
Agora divido essa memória para sempre como dizia mamãe.
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