No sertão tudo é silêncio,
tudo é vasto.
Os buritis crescem sem pressa nas veredas.
Estradas e barro,
flores em plantas secas.
Rio de algas claras correndo frouxo,
peixes e jacarés.
No céu voam araras azuis e vermelhas.
Casas de sapé cobertas de buriti.
Uma mula, um sertanejo,
gado no pastejo.
É maio as chuvas pararam,
a água deixa de escorrer sobre a terra
e as árvores tenuemente amarelam
e perdem suas folhas.
Umas aves calam e migram
outras ficam.
E o silêncio do sertão continua.
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