sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Cadê o doce?

 Sassá o esperto,

Ao sair da escolha perguntou pela bala que eu havia encontrado.

Pensei que era o embaré de leite.

Disse está lá no carro.

Quando chegou no carro, dei o embaré para ele.

Então me disse, não é essa.

Cadê a bala?

Eu disse.

Ele falou não é essa.

Cadê a bala?

Respondi que era aquela.

Ai entendi que ele tinha percebido que eu havia encontrado uma bala.

Que ele se referia aquela...

Mas...


Botânica quem me ensinou?

 Papai amava a natureza,

A gente se combinava,

E se eu gostasse ele aprovava,

Uma nova planta era preservada.

Um pé de Jucá,

Uma cajaraneira, 

Um mororó, 

Uma aroeira,

Um feijão-brabo,

Um mandacaru,

Um cumarú....

E o sítio ficou a nossa cara.

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

Assim é

 A saudade aperta o peito.

Quando lembro de ti papai,

Quando lembro de ti mamãe.


Tantas vezes juntos,

Tantas vezes compartilhamos nossa existência...

Tantas vezes fomos felizes.


Agora estou aqui seguindo a vida sem vocês dois.

Mas um dia estaremos juntos na eternidade.

Vieram primeiro e foram primeiro.


Assim é.

Aquarista

 Ontem, Sassá conheceu o coloral. Uma semente tirada de um pé de urucum. A mãe dele o apresentou.

Não sei qual foi a reação  não o vi. Só sei que ele usou o pilão que usaram para pilar as sementes para fazer um aquário.

Ele só pensa em aquário.

Faz aquário de tudo.

Garrafa pet, garrafa de água, copo, e agora até o pilão.

Ontem amou o livro que ganhei um catálogo de animais da Paraíba!

Vimos todos os bichos do livro e empolgado, gritava os nomes dos bichos que conhecia.

A noite cansado! Pediu colo. A mamãe leu para ele e finalmente dormiu.


quarta-feira, 13 de agosto de 2025

Despertar

 Ontem à tarde, sai para pegar o meu filho na escola. Fui à pé, pois preciso caminhar para melhorar minha saúde. Parecia que tinha despertado de uma noite longa, parecia que tinha sido curado de uma doença. Tamanho foi o prazer de caminhar e sentir o mundo com o nariz, com a pele, com os ouvidos e com os olhos. Até atravessei a rua só para pegar uma flor de jasmim. O cheiro do jasmim manga me recorda a infância. Recordar é algo interessante e mais quando a gente tem memórias da infância! quando a gente recorda, parece que estamos despertando para o mundo. Parece que nossa alma volta ao mundo ou vem ao mundo porque começamos a ver o mundo com nitidez. Parece que a gente desperta para a coisa, para as ideias... Tudo estava ai, sempre esteve ai, mas um determinado momento a gente sente! E percebe! e conhece!

Que potente isso.

Então desperto sai caminhando.

Vi um cachorro rajado que sempre vejo. Ele latiu para mim. Vi um cachorro preto mais a frente que olhou para mim. E acho que ele sentiu o meu medo.

Vi um pinheiro budista que acho lindo...

Vi árvores de Carolina.

E fiquei impressionado com a beleza.

Caminhava devagar, parecia pisar nas nuvens...

Peguei o meu filho e voltamos caminhando.

Ele sentiu a textura da malha de serpente da casa 191 da rua da flipper.

Passamos na praça da vacaria,

Sob grandes gameleiras...

Senti uma certa fraqueza nas pernas.

Chegamos em casa.

E isso foi tudo.

O silêncio abrir e fechar um ciclo

 A aurora vinha vindo,

Anunciava a chegada de Apolo

Que clareava a mata de verde.

Por ali passava uma forte mulher com cabelo cor de fogo, sua pele de canela,

Vinha caminhando e se expressando...


Suas palavras cheias de vitalidade, falava o com inteligência...

A sombra da manhã a tornava mais curiosa!

Quem és?

Josenilda Felix Santos

De onde vens? De algum lugar em João Pessoa,


Mas sua terra natal era Pirpirituba!

Só a vi passar...

Sempre ir e nunca voltar.

Voltava com a tarde.

Mas ontem ela dormiu na eternidade.


Fugaz a sua existência.

Assim como surgiu,

Desapareceu.

Oculta para o mundo.

Mas não para minhas palavras.


Descanse em paz.

Sassá vai ao laboratório

 Cheguei em casa para o almoço, e encontrei Sassá orgulhoso.

A médica pediu para fazer alguns exames e ele corajosamente foi ao laboratório para tirarem o sangue.

Ele resistiu a picada da agulha e falou que era uma picada falsa porque não tinha sentido nada.

Após o sacrifício é lógico que pediu um sorvete por seu esforço!

A mãe assim o fez.

Ele queria mesmo era uma casquinha, mas a ainda não havia aberto os estanderes de casquinha.

Então me contando que não tinha comido casquinha.

Eu prometi que na próxima ida ao shop ele comeria a casquinha.

Espertinho Sassá.

Falei que ele iria ganhar a casquinha por sua bravura.

E assim ele se sentiu muito orgulhoso.

segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Adeus a Dona Lenita da bica

 Sábado, fomos  a Bica, mas foi diferente!

Dona Lenita não estava lá! Achamos estranho, pois foi a segunda vez seguida.

Então entramos tudo bem. Passeamos junto ao fluxo. Cedo a Bica estava lotada.

Era 10:30h tinha ido ao banheiro e quando voltei para o recinto da leoa quem encontrei conversando com Dayane e Vinícius?

Dona Lenita nossa amiga (Maria Helena Nobrega de Oliveira).

Nossa amizade começou a uns quatro anos atrás quando Vinícius era bebezinho.

A gente sempre comprava água a ela.

Ela ficava ali n frente da Bica!

Vivemos coisas juntos. A doença e morte do marido dela.

A morte de minha mãe.

A gente até trocava brindes, carrinhos, pratos, xícaras.

Dona Lenita era o nome da minha segunda professora da 2 e 3 série.

Assim, demos um estojo de copos e nos despedimos com abraço e choro.

Dona Lenita não vai mais vender água.

Fizemos uma fotos e nos perdemos na multidão da Bica.

Dona Lenita é de Campina Grande!

domingo, 10 de agosto de 2025

Amor de ´pai

 Já faz cinco anos que recebi de meu pai o parabéns pela paternidade!

Papai não conheceu Vinícius, meu filho, mas ele sabia que Dayane, a mamãe de Vinícius estava grávida.

Ainda no calor e terror da pandemia! Passamos um mês ou quase isso juntos. Foi o mês de junho de 2020.

Em agosto, exatamente no dia dos pais ele me ligou. Conversamos e eu o parabenizei pela última vez pelo dia dos pais e ele me parabenizou pela primeira vez pelo dia dos pais. Não sabíamos deste ápice! E assim Deus o quis.

Guardo com carinho este momento.

Guardo com amor a memória de quem me gerou.

A figura em quem me inspirei!

Aquele que me moldou profunda e eternamente.

Tive um pai sem precedentes! Um pai tão presente quanto os versos em um poema,

Tão presente como doce cheiro de uma rosa,

Tão presente quanto a beleza no canto do sabiá...

Estivemos juntos por vinte anos de minha vida!

Sabe que é isso! Absorvi profundamente os seus valores como amor e bondade pelos seres vivos, animais e vegetais, o respeito ao outro, ao preservar sempre a amizade e o respeito.

Aprendi que papai era humano e por ser humano eis uma eterna luta na busca pelo perdão, na busca pelo melhor, na busca pela justiça, no fé em Deus e na coragem de enfrentar a vida.

Silencioso enfrentou uma doença que o venceu, mas nunca reclamou de Deus!

A noite ele rezava, silencioso... antes de rezar nós o abraçavamos e o confortava com um eu te amo...

Assim foram seus últimos dias. Descansou em paz.

Deus me deu o maior presente de todos que foi a paternidade!

E só quem é afetado profundamente por isso é quem é pai.

O germe do amor ou o amor em potência mostrou sua intensidade na noite que nasceu o meu filho.

A lua estava cheia, o ano estava quase vencido!

Então nasceu meu filho... E eu chorei, pois havia perdido meu pai 11 dias antes, mas ganhado a paternidade.

E desde então eu amo.

Descobri o amor.

Pessoa disse num lindo poema que "Amar é a eterna inocência".

Amar é não pensar.

Amor é sentimento e não razão.

Ser pai é amar


sexta-feira, 8 de agosto de 2025

Mamãe é tudo

 Ontem, estava bem melhor da mente e pude brincar com Sassá. 

Desenhamos, e fomos brincar com o locutor um lobo de borracha grande e tirando um dinossauro.

Quando Sassá era menor eu costumava brincar que o locutor ia narrando as atividades que Sassá fazia.

Ele virou bundacanacha e ele virava...

Brincamos também com o carrinho que ele construiu com a mãe dele.

Brincamos de rima com as palavras.

Depois banhei ele.

Depois disso a mamãe dele assumiu o cuidado dele.

Cadê o doce?

 Sassá o esperto, Ao sair da escolha perguntou pela bala que eu havia encontrado. Pensei que era o embaré de leite. Disse está lá no carro. ...

Gogh

Gogh