segunda-feira, 28 de fevereiro de 2022

A alegria dos "Us"

Na serra de jucurutu
Tem um pé de mulungu,
Tem um pé de cumaru,
Tem um pé de caju.

Sob o mulungu 
Nasceu uma umburana,
E também uma jitirana.

De tarde o mulungu,
Fica cheio de urubu,
Às vezes, tem juru
Às vezes, tem  jacu...


Parte de nós

 Nossas orações,

Nossos santos,

Nossos terços,

Nossos oratórios.

Uma vela acesa,

Luz a vibrar,

Fogo é matéria sendo consumida,

Vida é como fogo,

Mente como tempestade.

Nossas crenças,

Nossa fé.

Constitui uma parte de quem somos.

Ou de quem nos ensinaram

E que assumimos ser.

Mar de saudade

 Há dois anos meu carnaval foi completo.

Papai e mamãe estavam comigo.

Ano atrasado papai se foi,

Este ano foi mamãe.

São tantas as saudades.

São tantas as memórias.

domingo, 27 de fevereiro de 2022

Silêncio

 O silêncio nos faz pensar.

O silêncio é a ausência de ruído. 

Se há silêncio, as vezes há uma reflexão.

Falamos conosco tentando entender o que acontece e nos incomoda.

No geral o que nos incomoda nos faz pensar,

Nos faz agir, nos faz errar.

Então o silêncio é algo sábio e necessário.

Quem domina a língua se domina.

Já que ela quebra o silêncio.

Silencioso o vento passa e não deixa rastro.



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Sobrevivente

 Tem dias que a saudade é maior.

É quando a gente lembra

E descobre que a felicidade mora bem nos pequenos momentos.

É quando a gente se ver sem aquele que nos amava.

Fica um vazio...

Da palavra, do carinho só o que sobrevive é o amor.

sábado, 19 de fevereiro de 2022

Doce memória

 A gente às vezes tem memórias doces.

Como agora mesmo tive.

Lembrei que em casa tinha uns livros de inglês.

Eram livros de quinta ou sexta séries.

Lembro que sentava no corredor

E ficava estudando.

E me sentia muito feliz por está aprendendo

E achando fácil.

Como aprender me fazia bem.

Assim como as cadeiras de balanço,

O corredor de nossa casa.

Parece que foi a tanto tempo.

Às vezes, parece que foi um sonho.

A realidade se confundindo.

Agora fazendo uma lição de francês

Me veio a memória.

Então resolvi cultivar e colher essa memória doce.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Como nossos pais.

 A terra que tudo fecunda e alimenta.

Do seio da terra tiramos tudo que nos alimentamos direta ou indiretamente.

A terra essa grande mãe.

Mamãe amava a terra, adorava plantar e cuidar.

Gostava de ver as coisas em ordens,

Gostava de ver as plantas regadas,

Adorava os animais que agradassem,

Galinhas, porcos e o louro,

Cachorros e gatos era na bengala.

Tinha lá seus momentos de carinho, mas não gostava de demonstrar

Para não mudar a pose.

Mamãe gostava da vida simples, sem dor.

Adorava varrer os terreiros,

Passear.

Engraçado como a gente ver sinais de nossos pais nos nossos filhos.

Vinícius mostra muita coisa de mamãe.

Adora passear e fica irritado quando cruza a rampa.

Tanta coisa de mamãe disseminada entre os netos

E os filhos.

Só com o tempo entendi que somos terra.

Tudo que comemos de saldável vem da terra,

De mamãe herdo muita coisa,

De papai a pena de matar galinhas e tantas outras coisas.

Ave Maria como somos como nossos pais.

domingo, 13 de fevereiro de 2022

Eternidade

 Tento matar o tempo

Enquanto o tempo me mata.

Tento esquecer por um momento,

A grande a grande saudades que me deixou.

Esse vazio é tão frio.

Com hálito de eternidade.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2022

Saudade

 Entre as dormes dormidas,

Dormes tu,

Entre as estrelas brilhantes,

Brilhas tu,

Num céu azul,

Onde verdes palmeiras são monumentais,

Aqui estou lembrando de ti,

Minha amada mãe

sábado, 5 de fevereiro de 2022

Tico-tico do campo

Parece que foi ontem,

Quando ouvi o tico-tico do campo

Foi aquela a primeira vez,

De certo não me esqueci,

Das catingueiras de flores amarelas,

Das folhas pata de onça com flor vermelha,

Do campo de feijão florido, 

Cheio de pés de melancia,

Parece que foi ontem,

Sentado numa Cangaia,

Ouvindo vovó, vovô e mamãe

A cozinha entirnada,

A forquilha com o alguidar de coalhada,

Os perus no chiqueiro,

A cacimba na cozinha,

A forquilha segurando a parede,

Parece que foi ontem

Que ouvi o tico-tico do campo cantar,


A água no corredor,

Cheio de piaba,

O cheiro de velame e mufumbo,


O juá sem graça.

Parece que foi ontem.

Espere será que foi um sonho?


Não sei.

Só sei que essa paisagem

Encanta minha mente 

Como uma tarde que se some no poente.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh