quinta-feira, 26 de junho de 2025

Tempo

 É no tempo que ocorrem os fatos. Ontem, hoje e amanhã.

E é em sua espiral que vão se imbricando e se desenovelando.

Se imbricando no passado se desenovelando no futuro.

O espaço é eterno.

Nos seres casuais tecemos nossa existência no tempo e no espaço.

E isso é apenas um pensamento.

Junho/2025

 19 de junho de 2025

Estou em Serrinha na casa que pertenceu aos meus pais. Neste momento sento uma cadeira de plástico que mamãe comprou.  Estou sentado na frente da casa. À tarde é o melhor lugar para ficar por fazer oposição ao sol e assim é o lugar mais fresco. Além disso, a frente fica voltada para a estrada. Aqui sentamos tantas vezes neste horário. Aqui pensei tanto na vida. Antes havia apenas sítio, mas agora tem casa e ponto comercial. Agora tem um pé antigo de mais de 40 anos de açucena, uma soca de coqueiro, um pé de araçá, um pé de Jasmim, uma espada de são Jorge, um cumarú. 

Aqui vivi tanta coisa. A vovó sinhá morou conosco depois que vovó se foi. Festejamos o casamento de Begue 😌, e nossos aniversários meu, de Rosângela, Meire, Li, e Roberto. E de papai Chico e mamãe Didi.

Estudei para o vestibular, comemorei a aprovação. Plantamos no inverno, colhemos no verão. Vários anos passamos aqui. Dormi tantas vezes nesses quartos.

Eu me fiz aqui.

Andei perdido aqui.

Somos apenas consciência...

Tudo deveio e não restou nada. 

Agora tento me resignificar.

Minha mulher e meus filhos estão me ajudando.

É isso

Memórias

 O meu passado vez por outro é sentido.

Alguma sensação repetida faz acessar minhas memórias mais pretéritas e de alguma forma reafirmamos esta memória quando expressamos.

Hoje mesmo recontei não sei quantas vezes, mas já o fiz várias vezes. Que tinha medo de flores de Jasmim pela forma da flor? Pelo odor liberado. Na minha cidade usava flores de Jasmim para enfeitar os mortos.

Minha primeira experiência foi algo muito intenso. E não entendia aquele monte momento. Muita emoção, muito choro, muita dor. Uma  exploração de sentimentos.

Tudo isso ficou gravado na flor do Jasmim. Desconstruir, mas nunca me esqueci.

terça-feira, 17 de junho de 2025

Explosão de Felicidade

 Sassá convidou Pedro seu amiguinho para vir lá em casa. Pedro é irmão de Júlia que quis vir também. A mamãe foi buscar eles, como o papai se atrasou, seu Zé avó de Ravi deu carona. Quando chegaram lá em casa. Ravi quis ficar também e ficou. Foi a maior festa. Nunca vi tanto menino junto. Pula pra cá. Pula pra lá. Foi a maior alegria que durou tão pouco. Logo as mamães vieram buscar os meninos. Logo Sassá foi dormir. Jantou, mamou e dormiu. Tava numa reunião e nem brincamos. Assim foi.

Silêncio

 O silêncio preencheu a minha mente

Não era ausência de som,

Mas ausência de pensamentos 

Não era presença de memória.

Era o aqui e a gora

O ser e existir em mim.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Pantufas

Fim de semana passei todo com Sassá!

Ficamos em casa e nos divertimos muito brincando com duas pantufas monstrengas.

Desenhamos e brincamos muito.


sexta-feira, 13 de junho de 2025

Hoje

 Hoje acordei,

Vi o sol nascer,
Senti a brisa,
Vi as cores no grande firmamento e nas pequenas flores.

Vi crianças brincar e homens a trabalhar.

Almocei com minha mulher e meu filho,
Ganhei um presente, daquele que dei ontem.
Pensei, conversar e aprendi.
Agora posso sorrir novamente.
Perceber o dia a passar,
Esperando a noite chegar.

Hoje tive oportunidade de ler por prazer e pra me informar.

Hoje vivi.

Com amor

 Sassá vai para a escola e adora ir perfumado.

Ele aprendeu na escola a ser abraçado pela professora, pela coordenadora e pelos amigos.

Ele aprendeu e gostou de ouvir que está cheiroso. Então comprei uma porção azul da coragem.

Ele usa todos os dias antes de ir para a escola. Gosto de pentear o cabelo dele. Acho que ele aprendeu também, mas ele gosta de cabelo grande e dá trabalho.

Ontem comprei uma porção amarela da amizade. Ele amou.

Na verdade, fui comprar uma lembrança para a mamãe dele, mas adivinhe.

Ele acabou ganhando também.

Pai e mãe é bicho besta.

Nem lembro mais quando comprei algo para mim.

Coisa de vaidade já era.

Agora é Sassá.

Ah. precisa comprar uma chinela.

Fazemos com amor.

Maracanã e o jambo

 Ontem, quinta a manhã estava linda fresca e de céu azul.

Preparando o café ouvia as ararinhas maracanãs vocalizando.

Elas veem sempre aos pés de jambo que tem tem na rua da frente e da frente do lado.

Ao sair para o trabalho, vi duas lindas. Lá no olho do pé de jambo.

Elas gritavam. Ai olhei no pé de jambo e só consegui ver o casal por causa da máscara branca que elas tem.

Suponho que fosse um casal. Quase imperceptível entre as folhas do jambeiro.

Pensei, nessa parceria, nessa relação da maracanã legitimamente brasileira com o jambo legitimamente indiano.

Quando chegou aqui e por onde chegou?

Com certeza pelo mar.

No sudeste ou no nordeste?

Hoje é uma planta tão comum. Aqui era abundante nas casas, mas aos poucos as casas estão virando prédio e os jambeiros estão com os dias contados nas ruas. Principalmente aqui nos bancários...

Essa bela relação unilateral do jambo com a maracanã.

Será se irá durar?

Um dia um casal conheceu um pé de jambo que estava repleto de frutos. Pousou e comeu até ficar de papo cheio. Foi embora, mas aprendeu onde ficava aquele pé. Então na outra estação teve filhotes e trouxe os filhotes e esses ficaram adultos e tiveram filhotes... E essa relação se estenderá até quando?

Enquanto não cortarem o pé de jambo...

quinta-feira, 12 de junho de 2025

Na natação

 Que interessante!

Sassá perdeu o medo de nadar com a mamãe.

Comigo não dava certo.

Estou muito feliz por ele ter superado o medo.

Que ele avança na aprendizagem.

Excelente.

Cadê o doce?

 Sassá o esperto, Ao sair da escolha perguntou pela bala que eu havia encontrado. Pensei que era o embaré de leite. Disse está lá no carro. ...

Gogh

Gogh