Maniçoba
Arvore estiolada,
Lenha mole e alvinha,
Tronco escuro,
Ceiva alva leitosa
Casca esfoliante,
Ramos angulados,
Odor intenso
Folha lobadas,
lisa, de haste avermelhada,
Flores diclinas,
Fruto cápsulas
Espocam no verão,
Atirando suas sementes,
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
Maniçoba
Arvore estiolada,
Lenha mole e alvinha,
Tronco escuro,
Ceiva alva leitosa
Casca esfoliante,
Ramos angulados,
Odor intenso
Folha lobadas,
lisa, de haste avermelhada,
Flores diclinas,
Fruto cápsulas
Espocam no verão,
Atirando suas sementes,
Juazeiro
Juazeiro,
Essa árvore tão frondosa,
De copa imensa e fechada,
Sombra fresca e generosa,
Até na seca enfolharada,
Nasce muito no baixio,
Cresce de forma lenta e torta,
De ramos sempre armados,
Demora a frutificar,
Oculta é sua florada,
De flores pequenas,
Verdes e estreladas,
Só por abelhas anunciada,
Então no fim da estação,
Aparecem os frutos ásperos,
De cor amarela e quiabenta,
Só os bichos apreciam,
Comem as folhas e os frutos,
E dispersam no cercado,
Há quem use sua casca
Para higiene bucal,
Juá na cachaça,
Creme dental melhor não há,
Deus o livre se sua estrepada,
Que fura até alpercata de pneu,
E lá está o juazeiro,
No meio do tabuleiro,
Verde esperança,
No meio da seca,
No meio do sertão.
De tronco áspero e duro,
Alva madeira e casca amarga,
Os ramos armados,
Com a casca muito amarga,
A madeira é alva
Tua madeira alva e dura,
A casca é muito amarga,
A casca
Com sua casca escova os dentes,
Suas flores tão miúdas,
Teu fruto áspero e quiabento,
O tempo,
O espaço,
A existência
Coexistem,
Se convergem entre si,
Numa impressão
Chamada ser,
Que é e deixa de ser,
No mesmo instante,
No devir!!!
A catingueira madeira torta
Na seca até parece morta,
Tronco forte e acinzentado,
As vezes oco e habitado,
Seu crescimento lento,
E longa é sua vida,
Hiberna maior parte da lida,
Se chove desperta,
Brotam das gemas as folhas,
Das folhas o intenso odor,
Depois aparece a flor,
E com elas as abelhas
Que visitam sem parar,
O dia inteiro vem e vai,
Mamangava vem abelha sai,
O polém e néctar a explorar
Após a polinização
Ocorre a fecundação,
E a semente a crescer,
Em vagens duras de roer,
Vem o verão,
Fim da estação,
A vagem explode,
E atira a semente,
Em um distante lugar,
Caminhando na mata
Só se ouve o estalar,
Espoca, pra cá e pra lá,
Quando cai a chuva,
Germina a semente,
E a vida renova,
Sem precisar de cova,
A natureza,
Mostra sua beleza,
Independência humana,
Cresce forte a catingueira.
Jitirana Jitirana,
Uma corda enroscada
Forma uma latada,
E linda florada,
Cresce no campo
Cresce na mata
Cresce até florar,
Cresce a se enroscar
Jitirana Jitirana,
Flores coloridas
Flores estreladas,
Flores visitadas,
Flores amarelas,
Flores rosas,
Flores azuis,
Flores alvas,
E quando é seca,
Dorme no chão,
Dormente a semente,
Espera o outro inverno.
O pinhão manso
Cresce no bem em tabuleiro,
E em qualquer lugar,
Seu crescimento é ligeiro
Seu caule é esfoliante,
Ramos moles espessados
Látex abundante e transparente
Suas folhas são lobadas,
Nervação radiada,
Copa bem aberta espigada,
Estípulas fimbriadas,
As inflorescências determinadas
Todas flores unissexuadas,
Flor pistilada e estaminada
Por borboleta visitada
Após polinização e fecundada
A tricoca é formada
Vai crescendo devagar
Pra três sementes formar
Após amadurecida
É bem desidratada
E explode a espalhar
As sementes carunculadas,
Planta bela,
Planta forte
A seca e o verão.
Viva por muitas estações.
Como sinto sua ausência,
Penso em ti contantemente,
Nem acredito nessa experiência,
Saudades de tudo entre nós.
Do alto da noite nasce um novo dia,
Quando a noite vira madrugada,
Profundo silêncio em todo lugar,
No curral, o gado a ruminar...
O chocalho a badalar,
Blim... blim... blim... Tong... tong... tong...
O aroma perfumado,
Do esterco processado,
O mourão cumpre sua função,
Vigilante e pronto está
Pra segurar alguma brabeza,
Ou de camarada coçar algumas costas.
O vento sopra de acoite,
E traz o aroma da mata seca,
Ecoa entre ramos secos,
Chia, levanta poeira e passa,
Canta o galo na pinheira,
Cocorococooooooo...
Alguém desperta dentro de casa,
Lamparina acesa,
Pela fresta se acompanha,
Na cozinha estala o graveto de marmeleiro,
Uma chama se faz
Agua na chaleira de barro,
Se ouve o pipocar da água fervendo,
Adicionado o café,
O aroma faz a barra se quebrar...
Mais tarde nasce a manhã.
E os personagens noturnos saem de cena.
Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...