Um cheiro despertou uma memória antiga.
Quando criança, às vezes, saíamos para a casa de um vizinho para moer milho para fazer uma comida que conhecida como xerém.
Geralmente era na casa do vizinho mais próximo. A casa de Amaro era uma delas.
Amaro que era casado com Ciça e tinha um filho chamado Francisco (Chico Amaro).
Ciça zelava demais do moinho que era sempre muito limpinho.
Como a maioria das casas, aquela era realmente muito simples sem muito conforto.
O moinho ficava na cozinha.
Sempre ia para moer e ajudar mamãe.
Ela ia colocando o milho e eu ia moendo.
Os grãos ao serem moídos se transformava em xerém e farinha.
E é viva a memória do cheiro do milho moído, um odor peculiar.
A moagem geralmente se dava em duas etapas.
Às vezes, mamãe já ia peneirando.
Assim que acabava, mamãe limpava o moinho e a gente voltava para casa
Para assim preparar mais uma vez a nossa janta,
Nossa subsistência... E mais uma tarde se passava em nossa vida.
Sem pensamentos ou consciência cheia de felicidade.