sábado, 15 de agosto de 2020

31. Nada have com Chopin

 Chopin!

Acho que ouvir suas composições tem clima de chuva,

Tem gosto de chá com madeleines,

Tem cor azul...

Toda a calma do piano,

Ouvir Chopin aqui nos trópicos 

É interessante porque as aves cantam lá fora...

Não é nightingale nem blackbird,

Não são bem-ti-vis, sanhaçus, siriris,

E nomes tupis...

Entre uma composição e outra,

O silêncio ensurdecedor da tarde,

Que breve silêncio.

A memória torna tudo tão próximo,

Ontem, hoje, agora...

Só a imaginação antevê o amanhã.

Quero dormir ao som do piano,

Composições de Chopin.

Sabe... Algo excepcional está acontecendo comigo.

Estou terminando de ler a "Fenomenologia do espírito" de Hegel...

Excepcional porque é impossível ler Hegel numa sentada.

Na verdade, acho que mau cheguei ao fim e sinto que tenho que recomeçar a reler.

Não Hegel não deve ser lido e sim estudado.

Adoro Marx, mas não entendi nada do Capital 1.

Assim como, que ler Darwin ou Nietzsche.

Pensamentos para além da academia.

Diamantes brutos como nossos cérebros indisciplinados.

Chega! Uma notícia triste nesta tarde.

Professor Alexandre da Oceanografia da UFRN partiu.

Ainda lembro de suas aulas explorando a geologia

Na sala com ar da maresia,

Os amigos de Minas,

As idas e vindas no ônibus 33.

Nada haver o mar com Chopin

Com geologia,

Com nada. 

30. Um e outro

 Borges escreveu,

Mozart compôs,

Nem escrevi ou compus.

Sou apenas grato por suas obras

Que ajudam a entender e organizar meus pensamentos,

Pois comungo de algumas de suas ideias.

Felizmente eles viveram e fizeram algo que os eternizasse 

Na literatura e na música.

Muito do meu tempo é perdido nessa ideia de eternidade ao longo do tempo.

Se o tempo é a imagem da eternidade como definiu Platão...

A memória é atemporal...

A materialização de ideias,

Pensamentos ordenados, construídos,

Condensados...

Acho que todos aqueles que viveram e que vivem 

Perdem parte de seu tempo pensando na existência...

Alguns conseguem esquecer isso em seus trabalhos.

Duas pessoas tão distintas um teve seu brilho na juventude e a vida o levou muito jovem,

O outro teve seu brilho na velhice e se foi já de idade avançada.

Um foi genial desde o berço,

O outro soube cultivar e dar asas a sua genialidade.

Amadeus e Jorge...

Aqui vivo e contemplo sua imortalidade.

De certo cairei no esquecimentos,

Mas vocês continuarão como o sol e a lua.

29. Sou?

 Quantas informações nos chegam durante um dia em forma de impressões. Nem imaginamos quantas não são sequer percebidas. Outras são supraestimada. A verdade é que somos dominados em grande por um caos pouco percebendo sobre nossa vida. Que viagem essa que é a vida. Se tentamos nos aproximar de algo de certo mais próximos estaremos, mas não sabemos qual é a medida certa, nem temos um meio termo. Será se estamos voando em torno de uma luz elétrica? Apavora-me este caos que sou.

28. Construção

 O tempo fantasma que nos atormenta,

Enquanto seguimos a seta o vencemos,

Todavia a todo instante pode ser o nosso fim.

Passado, presente e futuro,

Memórias do passado,

Desejo do futuro,

E o devir no presente...

Ser!

Este sujeito.


sexta-feira, 14 de agosto de 2020

27. Obrigado

 Um dia de fortuna, saúde e paz

Onde o sol brilhou no céu azul,

O vento soprou suave,

As aves cantaram,

A mente até relaxou

E você trabalhou,

Tudo ocorreu na benção do Senhor,

Agora a noite chega,

Que a mesma fortuna do dia

Acompanhe a noite.

Graças ao senhor.

26. Desconfortos

 A realidade é áspera a maior parte do tempo.

Ficamos irritados com as impressões que temos das coisas, dos momentos, das situações e enfim tudo em nosso entorno.

Desconforto, impaciência, medo, angústia são sensações que preenchem nosso ser.

Nossas percepções nos confundem pelas memórias que guardamos.

Queremos ficar parados ou queremos entrar em movimento,

Queremos pensar e não pensar.

Quantas sensações e percepções nos trazem o caos.

O que será isso.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

25. Retorno

 Viver, às vezes, parece tão difícil e duro.

Tudo que almejamos é algo que nos faça sentir bem.

Será que é por isso que nos refugiamos nos prazeres?

Comer, deitar, ficar à toa.

Por que este sentimentos vão e voltam?

Sabe lá!

24. Necropolítica

 Pensar no que estamos vivendo: pandemia, ignorância, intolerância e banalidade.

Prefiro crer que se trata de uma onda universal e não um fenômeno exclusivo nosso do Brasil.

Ver o que acontece na política, necropolítica do atual presidente Bolsonaro e sua família.

Este movimento não é exclusivo desta família, mas de quem estivesse no poder.

Ficamos indignados, mas o que fazemos para mudar?

Nada, sequer chegamos a pensar.

Não fomos educados para isto.

Enquanto isso vamos vivendo esta barbárie.

quarta-feira, 12 de agosto de 2020

23. Embora

 Algo pode mudar neste horizonte de desânimo.

Esta sensação que inunda o coração.

Até parece uma disfunção crônica da vida.

Cada um com seu carma,

Seus problemas.

Contemplar o horizonte,

Sentir as impressões,

Embora, estejamos querendo fugir desta realidade.

Embora tudo.

Embora nada.

Por que há desânimo?

terça-feira, 11 de agosto de 2020

22. Sensações

 Meio de tarde,

O sol está muito quente ainda,

Embora a tarde tenha o sopro frio de um vento não sei de onde.

O chão está gelado, 

Assim como a água das torneiras,

Assim o dia parece incomodar aos sentidos,

A mente parece incomodada.

É, às vezes a gente se sente assim.

No alto do prédio canta desesperado um pardal,

Longe canta uma cambacica...

Hoje voltei a caminhar,

A manhã estava diferente,

Como este momento...

Como estas coisas.

Ouvir Chopin agora me faz bem.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh