terça-feira, 14 de abril de 2020

36. Das kapital

Iniciando a leitura de um livro clássico.
O capital.
Depois de ouvir horas de cursos e palestras
Com José Paulo Neto, Sérgio de Lessa e outros estudiosos enfim que a leitura seja fortuita.

35. Ciclo

A chuva chuvendo
 rega o chão
E umedece a semente
Que germina lentamente.
Ah, eis uma plântula
Que vai crescer,
Vai florescer,
Frutificar...
Eis o ciclo da vida.

34. O momento

Nasce a manhã clara,
A madrugada estava tão bela com estrelas e uma lua minguante fabulosa.
Faz muito calor estes dias,
Assim ficamos impacientes,
Com a monotonia,
Com o silêncio,
Com o momento.

segunda-feira, 13 de abril de 2020

33. Certeza

As vezes, quando as coisas ficam embaraçadas não conseguimos articular os pensamentos.
Nossas ideias não conseguem se vincular.
E como tornar ao cosmos mental?
Uma poesia.
Uma música.
Uma série.
Sabe lá.
Depois de um dia inconclusivo.
Certamente, ficamos assim.
Mas tudo volta a bonança depois do sagrado descanso.
A certeza de que está tudo bem.

32. Sabiá

Enquanto amanhecia sutilmente,
A aurora partia e o primeiro crepúsculo se dissolvia.
Enquanto caminhava fechado em meus pensamentos e monólogos,
Ouvi o belo som de um sabiá cantando.
Ali bem a minha frente,
Sobre uma velha e alta casuarina,
Cantava um sabiá.
Seu canto era tão sublime e belo
Que até parei de caminhar só para contemplar
Ouvir seu canto
E olhar a aurora entre os ramos finos da casuarina.
Por um instante fui pleno.
Então o sabiá voou e o canto desapareceu
E a monotonia se refez.
Um pequeno sabiá encantou tudo.
As coisas belas muitas vezes não são determinadas
E muito menos apreciadas.
Passam desapercebidas na vida.

domingo, 12 de abril de 2020

31. Beija-flor

Beija-flores viridescentes tão apressados
Parecem sempre atrasados.
No ar são bailarinas a bailar.
Seres aparentemente apodiformes.
Voam de cá pra lá tão rápidos feito uma bala.
Vivem para beijar as flores.
São tão belos e caprichosos,
Porém são polígamos,
A beleza cobra seu preço sempre.

30. Domingo

Após um dia muito produtivo 
É sublime deitar e descansar.
Mais um dia vivido.
Um dia de muita luz e intenso calor.
Assim, se passa mais um dia.
Com graça e mais leveza.

29. Cansar

A manhã nasceu ensolarada.
Vejo pela janela
Nuvens laxas cruzam o céu lentamente.
As árvores estáticas.
Ouço de longe o ruído de carros,
O canto e chamado de aves.
Penso no pensar,
Penso no que sinto.
Penso.
Essa quarentena quase uma prisão.
Muita gente morre nos hospitais,
Aqui no Brasil já são mais de mil,
Nos Estados Unidos mais de 19 mil.
Pensar não ajuda.
Fernando Pessoa dizia que pensar é está doente dos olhos.
Tudo isso cansa.

sábado, 11 de abril de 2020

28. Ler


Não sei como nem por que desenvolvi o hábito de ler.
Foi a ociosidade do lugar onde morava?
Foi a pressão escolar?
Desde que me lembro, leio.
Lia de rótulo de produtos até bula de remédio.
Lia a bíblia.
Lia os livros que conseguia, em decorrência do isolamento não tinha muitas opções.
Então ou contemplava a natureza sem nada entender ou ia lendo o que vinha as mãos.
Uma das grandes experiências da leitura foi ler o livro "O cortiço" de Aluízio Azevedo.
Meu primeiro romance lido. Numa uma leitura foi tão complexa, pois a cada parágrafo lido, consultava o dicionário mais de uma vez, tornando a leitura cansativa. Todavia a história era interessante.
Ao fim deste livro meu vocabulário tinha expandido consideravelmente.
Então, chegou a vez de ler Machado.
Tinha curiosidade, pois havia escutado umas pessoas comentando o livro.
Na biblioteca do Joaquim Inácio, peguei uma obra, senão me engano "Memórias póstumas de Brás Cubas".
Levei para casa e comecei a leitura. A situação era a mesma que o livro anterior.
Dicionário na mão e fui rompendo a obra. Confesso que não entendi muita coisa, mas palavras, muitas delas, complexas, mas que explicavam muitas coisas, situações...
Deveras, algo muito culto...
Culto mesmo, um campo amplo para se cultivar, se explorar e entender os meandros do universo humano.
E, fui lendo... lendo.
E continuo lendo todos os dias.

28. Saber dozar

Após uma linga noite enluarada,
Nasce a manhã de sábado.
Em uma sequência constante de manhãs
Em que somos recomendados a ficar em casa,
Por causa de um vírus que parece que vai devastar toda a humanidade.
Os portais da internet anunciam a quantidade de mortos que só aumenta.
Não poder sair de casa é extremamente cansativo por incrível que pareça.
Oremos para que tudo isso passe.
Enquanto isso, vamos ouvindo o canto das aves.
Menos notícias de rádio e mais Mozart.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh