sábado, 7 de março de 2020

Ideias e construção

Existe um mistério por trás das coisas?
Há quem afirme que sim e quem diga que não.
Não sei se sim ou se não,
Mas adoramos a atmosfera por trás dos mistérios.
O tempo e os acontecimentos de cada um.
As descobertas particulares, únicas e intransferíveis.
Particularmente, adoro descobrir coisas
Como fiquei feliz quando descobri as regras de acentuação ortográfica,
Ou quando colocar virgula numa frase.
Acho que sou adepto das regras,
Quando leio o oposto na filosofia.
Sei lá, mas certa vez lá em casa tinha uma coleção velha de inglês,
Lembro que fiquei muito feliz em decorar aquelas frases,
As coisas pareciam fazer sentido.
As coisas criadas são fáceis de serem compreendidas.
Lembro que fiquei feliz ao ler um romance,
Foi a professora Marta que nos pediu uma atividade.
Lembro que li "O cortiço" de Aluízio Azevedo.
Um escritor do romantismo que nasceu no Maranhão.
Como os escritores são fabulosos por criarem ou transcreverem a realidade.
Adoro a ideia de memorizar, coisa permitida pela ordem.
Cheguei a memorizar a tabela periódica por família e peso atômico.
Eu pensei que podia qualquer coisa ao ler um livro de filosofia.
Como essa empreitada tem tomado minha vida.
Já flertava com esses autores ou filósofos desde que entrei na UFRN no ano 2000.
Tentei ler Kant, Hegel... não consegui.
Quando tive um surto, em 2006, consegui ler Santo Agostinho, adorei.
Naquele ano Li Borges em espanhol, mas foi apenas um delírio,
Não ficou uma palavra do texto apenas o nome do autor.
Falando de coisas, bem quem mais me orientou sobre tal tema foi Fernando Pessoa,
Mas no sentido de desconstruir tudo.
Certo dia, quando estava na faculdade e flertava com a botânica,
Descobri um princípio de ordem na morfologia,
Acho que descobri a botânica. Eureka!
Eu, estava na lateral da reitoria e percebi que Heliotropium tinha inflorescência escorpioide.
A espécie que hoje tá no gênero Euploca polyphylla, me fez perceber que esse tipo de inflorescência era comum a família Boraginaceae.
Temos aqui um início a uma grande jornada,
A jornada de um botânico.
Foi Iracema Loiola minha mentora.
Olhando e buscando um sentido no mundo,
Só, distante de pais e irmãos.
Descobri a importância da amizade.
O sol quente,
O solo arenoso,
As noites mau dormidas,
Os banheiros despudorados,
A comida do RU,
O telefone fixo, com ligações de fins de semana.
A algaroba e a carolina,
O orelhão,
Os livros,
A biologia,
A sujeira,
A roupa a ser lavada nos sábados.
A complexidade da vida,
A responsabilidade,
Os acertos e erros.
Quarenta anos,
As gripes, dores de barriga,
As luas cheias,
Os olhares de esperança.
As peculiaridades da vida,
Por assim dizer vividas.

quinta-feira, 5 de março de 2020

Adversidades

Aqui faz muito calor,
É João Pessoa é muito quente,
E ao meio dia o sol racha no céu,
Quando não cai o maior toró,
Chuva paca.
E assim a gente aprende a viver nos lugares.
Com as adversidades físicas.

Pássaro

Às vezes queria ser uma ave,
Um pássaro,
Poder voar,
Poder cantar,
Poder comer,
Ter pluma brilhosas,
Não pensar,
Só ser.

Oração

Cada dia que vem que nos traga energia,
Paciência com as coisas,
Paciência com nós mesmos.
Que aceitemos as coisas como são,
E busque melhorar o que não está bem.
Que aprendamos a pensar,
Solucionar nossos problemas,
Para nos manter vivos.
Amém.

sábado, 29 de fevereiro de 2020

Santificado

Os ramos armados e intrincados, duros.
Quando cai a chuva desabrocha em flores,
Flores que preenchem espigas,
Flores alvas, prateadas e perfumadas,
Flores efêmeras,
No juremal um momento pleno,
Dá significado a todo o longo tempo de sequidão,
De chão duro em torrão.
Um momento que tudo compensa,
Efêmera existência.

Sentido

Os tortos ramos armados e escuros
De fundo um cinza cor de nuvem,
Saltita um passarinho caçando insetos,
Em busca de preencher
O que penso faltar,
Vou clicando,
E nada sobrenatural encontro,
Pois o real é o real,
Intrincada, armada,
Simples como é,
Essa minha realidade,
Que me dar sentido.

Fotografia

A fotografia me permitiu ver além do que vejo.
Quando faço um registro, consigo rever uma cena, uma estrutura, uma paisagem.
E quando nada me preenche, quando me angustio e não sei o que pensar,
Saio com uma câmara na mão para ver o mundo
E vou fotografando até me esquecer de tudo.
Então volto pra casa e posso me suportar mais um pouco.
E assim, passam os dias, os meses e os anos.
Certas coisas podem ser percebidas com nitidez,
Mas nem tudo.

Amanhã

É certo que nem sempre estareis aqui.
Hoje pode ser o último dia.
Ontem é passado.
O que te angustia agora não é eterno.
Calma, são memórias aflorando.
Se nada parece fazer sentido,
Esta sensação passará.
A beleza virá.
Como a semente que germinará,
A planta crescerá.
Amanhã quem sabe.

Vai passar

Paciência com o corpo e com a vida.
Se nada te alegra ou te espanta.
Se faz calor demais,
Se a mente está vazia,
Se rejeitas qualquer coisa,
Se a comida não tem sabor,
Se tudo desagradas,
Se até as imagens te gera desconforto.
Tudo é passageiro.
Quantos dias bons não viveu,
Vai passar,
Vai passar.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Antecipação

Antes de uma apresentação a gente fica apreensivo,
Até que passemos a primeira marcha,
Então, já sabemos como será o andamento do resto.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh