sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Enquanto as coisas são.

Enquanto as coisas são.
Quanto tempo dura a existência de uma flor?
Quanto tempo dura o encontro de um olhar?
Quanto tempo dura uma relação?
Quanto tempo dura uma vida?
Algumas coisas e ou relações simplesmente são efêmeras.
Algumas coisas são intensas enquanto outras simplesmente acontecem.
Qual é o vetor de tudo isso?
O acaso?
Então, tudo que ocorre na nossa vida é vetorizado pelo nosso querer?
Por que alguns tem mais forças que outros e nunca desistem.
Qual é o sentido de tudo na vida?
Somos responsáveis por encontrar um sentido?
É acho que não somos bons uns para os outros... E nem suspeitamos disso.
Desrespeitamos o outro em função de nossa razão.
Negamos o outro!
Ou somos negados.
Onde começa o ser humano
E onde termina sua fé, esperança.
Quem poderá nos orientar nesta jornada chamada vida?
Erros e acertos...
Experiências.
Fomos preparados para isto,
Estamos preparando os outros?
Enquanto as coisas são.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Questões místicas

Às vezes da um oco na nossa mente. A gente se sente estático, surdo, mudo e parece que tudo parou.
Não é sempre que acontece, ainda bem.
Às vezes somos tomado por uma profunda alegria inconsciente! Todavia são muito raras!
Esta sensação é muito rara, pois na maior parte das vezes ocorre de maneira consciente e associamos a momentos de êxito. Por isso buscamos os êxitos?
É difícil saber.
Tentamos encontrar um meio termo para nos sentirmos bem, porém há momentos que não conseguimos de maneira nenhuma?
São reflexos das frustrações?
É uma sensação peculiar exclusiva minha?
Já tentei sistematizar minha vida incontáveis vezes e até mesmo mapear, mas nunca obtive o êxito.
Incrível mistério!

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

Experiências infantis

A infância no sítio é cheia de atividades, porque menino serve para ajudar ou fazer tudo que adulto não quer ou tem vergonha. A minha infância, por exemplo, tinha atividades até demais, dentre estas a que mais detestava era quando acabava algo lá em casa como café, açúcar, sal... lá me mandavam tomar emprestado. Naquela época, tínhamos muitos vizinhos, mas nem todos eram bons servidores ou tínhamos grandes afinidades. Cada casa se distanciava umas das outras por mais de 200 metros,  o que era bom porque pelo tempo que se gastava na caminhada, se elaborava como ia falar para amenizar a vergonha. 
A casa com pessoas que  tínhamos mais afinidade pertencia a Elita de João de Licor. Acho que era porque era mútuo tudo que eles precisavam buscavam em nossa casa, então não havia resistência ou vergonha. Lembro que certa vez fui lá, dona Palmira mãe de Elita ainda era viva e era época de inverno, não me lembro o que fui fazer, mas o que me surpreendeu foi o fato de ter provado de pamonha doce pela primeira vez e foi tão marcante que nunca me esqueci. Não sei se foi o fato da pamonha ser doce ou ser enorme. De maneira que como toda criança que tem olho grande, comi a pamonha inteira e fiquei tão feliz. Lá em casa a gente só comia pamonha salgada. Acho que minha felicidade foi pelo fato da bondade dela, do fato de ter ido sozinho e ela ter me oferecido algo. Nunca saberei por que fiquei tão feliz.
E assim fui a outros lugares comprar e não tomar emprestado, fui comprar pão na budega de Lindalva e Bonina ou bolacha lá em Iula de Dequim. Até ai tudo bem, mas me sentia desconfortado quando ia comprar fiado. 
Então: Lindalva... Lindalva... ou Iula... ou Iula... as coitadas acordavam só para despachar pão ou bolacha... 
Não quero nem pensar o que elas imaginavam. Acho que é dai que comecei a imaginar o que o outro imaginava. Hummm... Então vem de longe meus incômodos.
Bom quando comecei a ir sozinho para a Serrinha grande que correspondeu ao período que comecei a estudar lá, mamãe me incumbiu de vender leite.
Eu morria de vergonha de gritar: -Olha o leite. Vergonha de acordar as mulheres ou de me encontrar com as meninas em tal atividade. Acho que nunca fui um bom vendedor. Só vendia três litros e demorava a vender.
Fui vendedor de dindin lá no Sítio Porção onde andava uns quatro quilômetros para vender. E odiava quando diziam: Quero não se fosse doce de Caju eu queria. Então, mais uma vez não fui um bom vendedor.
A vergonha era meu maior inimigo. 
Bom, pelo menos ajudava em casa a gente tinha uns trocados para comprar um pacote de bolacha ou pães.
E foi assim que minha minha falta de consciência me fez triste em atividades que hoje acho bobas, mas eram massantes.
Tudo a seu tempo.

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Talvez

É dezembro. - Já!?
Sim.
- Nossa! Este ano, o tempo voou.
- Verdade.
Tantas coisas aconteceram e agora preguiçosamente o tempo se arrasta.
Confraternizações,
Fechamento de trabalhos...
Coisas do tipo.
Para mim, o que mais me encanta são as luzes de Natal, não, não me refiro a capital e sim ao período natalino.
Que antecede o conhecer a cidade de Natal.
Era, no escuro do sítio os piscas-piscas caiam muito bem.
Dava um ar de animado a calmaria de Serrinha do canto.
Lugar de crentes e tudo gente boa.
Os vinte anos que vivi lá passou tão rápido.
E todos da minha infância partiram dali e só sobrou eu de longe para contar a história.
Trago as marcas de como aprendi a construir minhas representações até hoje.
Talvez fora um engano sair de lá.
Quem sabe!
De qualquer modo tudo passou tão de pressa... na minha mente.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Sonho

Ontem, tive um sonho muito impressionante!
Sonhei que estava na casa de meu avó José e encontrava no jardim uma Lauraceae herbácea em fruto, não parecia cassita, não era fruto de Ocotea... Que coisa linda e impressionante.
Vi aquela espécie com tanta nitidez que parecia real.

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Reflexão


Hoje, sexta-feia, 30 de novembro de 2018, acordei cedo, ainda era madrugada e sai para caminhar.

No início do trajeto me veio uma doce memória da infância. Lembrei que mamãe sempre me levava com ela para a rua que era como chamávamos a cidade de Martins. Não sei se mamãe me achava danado demais para ficar em casa com minhas irmãs ou se eu gostava ou ela gostava de minha companhia. Só sei que a gente tomava um banho frio, vestia uma roupinha e então mamãe enchia um cadeirão de ovos e a gente seguia rumo a Martins. Ainda era criança e não havia estrada asfaltada ainda, então íamos caminhando ou as vezes pegávamos carona. Na rua passávamos na casa de Zalmir de tio Epídio onde tomávamos café e mamãe conversava e as vezes fumava um cigarro, depois a gente vendia os ovos e ia no centro resolver as coisas, indo no centro de saúde, as vezes entrávamos na igreja. Lembro que no pátio da igreja havia um jardim com rosas, aquele jardim me assustava não sei por que. Depois, íamos ao mercado central na feira, na budega de Chico de Possídio.

Então, voltávamos e assim se passavam as manhãs diferentes.

Naquela época Martins me impressionava pelos prédios da Escopadora de Café na entrada, pelas casas de fachadas neoclássicas como Prédio da Prefeitura, Casa de doutor Lacier, o Edifício Paz, a igreja, a praça com piso em formato de bandeira de São João...

Já achava a elite comerciante de Martins arrogante, aqueles pequenos empresários enfezados e pouco simpáticos.

Como as impressões infantis podem moldar nossa personalidade?
Sei que a pergunta é Barroca, mas hoje vejo que cada sensação, cada percepção ser para nos moldarmos como quem somos.

As primeiras verdades contadas por Dona, Lenita tiveram profundo impacto na minha percepção sobre o saber...
Lembro do dia que vi no colégio Almínio Afonço uma versão original de os Luziadas de Camões, e nem dei atenção a uma obra Master que também estava alí, me refiro ao Fausto de Goethe...
Aqueles livros fabulosos, intocáveis ao nosso saber... só sendo peça de museu. Escritos em Latim...
Quem sabe latim?
Nem imaginava eu que português é um latim vulgar...
Eu não sabia sobre tanta coisa.
O que sabia era sobre cajueiros e cajus, cirigueleiras e ciriguelas, pinheiras e pinhas...
Sabia arriar o jumento, colocar as ancoretas e ir buscar água,
Apanhar cajus e...
Ouvir conversas... Adorava as visitas de pessoas conversadeiras de conversa bonita como era com tio Aldo.
De lá pra cá aprendi tanta coisa.
Apesar das dificuldades, sinto saudades de está perto de mamãe e da família.
Porque tudo mudou, porque sempre muda e não tem como mudar...
São as leis da natureza... 
Parmênides antes de cristo, muito antes já professava.
As coisas estão em constante transformação ou seja em processo de mudança.
Ah. Mesmo adquirindo um exemplar em português dos lusiadas nunca li.
As coisas complicadas são para pessoas pacientes.

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Consciência

Esses momentos,
Efêmeros momentos,
Fugazes momentos,
Nada permanece para sempre,
Tudo muda,
É uma pena que muitas pessoas não tomem consciência disto.

Momentos

A paz está em nosso coração.
Poder olhar para o mundo com liberdade e com amor.
Poder contemplar os momentos,
Perceber as sutilezas da vida.
Tudo é passageiro,
Tudo é passagem,
Momentos,
Momentos.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Metamorfose

O movimento como podemos captá-lo?
Alguns movimentos são muito lentos como o crescimento de uma planta, enquanto outros são rápidos como o vôo do beija-flor. Assim, fica claro que os extremos são imperceptíveis aos nossos sentidos.
Agora como captar o movimento do tempo que assim como o crescimento de uma planta se dar de maneira extremamente lenta e por isso mesmo não chega a ser percebida.
Hoje, ao acordar tive uma lembrança ou foi uma ideia ou foi um estímulo, não sei como categorizar o que senti, mas veio-me a mente a importância da água no movimento de mudança ou de ação  para a natureza ser alterada.
Nos vinte anos que vivi no sítio, percebi o que acontecia na natureza dali. Havia e há nitidamente duas estações do ano que denominamos de inverno e verão, sendo a primeira curta e renovadora e a segunda longa e modificadora. Percebi que a água trazida pela chuva  o fator limitante é enquanto a luz do sol é o fator abundante que faz a água evaporar. Bom este ciclo de inverno e verão promove a modificação da natureza e essa natureza certamente foi por mim subjetivada. Parece que na minha mente existe apenas algo dicotômico renovador e destrutor, parece que não consegui entender o meio termo, como na natureza com duas estações aprendi a olhar sempre para os extremos que vai do ápice da insolação ao ápice da intensidade de pluvial, sem meio termo.
Parece loucura e não descarto a possibilidade de ser, porém em solo úmido a semente germina sem intuição se será verão ou um inverno. Há que germinar, há que germinar, há que brotar das gemas flores e frutos.
Mas quando acordei, na verdade lembrei que os extremos do verão do seu ápice surgia o inverno e daquilo que era seco com a chuva, tornava-se úmido, e do silêncio se fazia o canto das aves, o zunzun das asas dos insetos, o coachar dos sapos, a força da vida renovava tudo até nossa cansada esperança.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Metafísica

O que nos encanta e o que nos amedronta?
A existência, o ser quem somos!
Algo nos espanta quando percebemos!
Percebemos que algo existe além de nós.
Percebermos que tudo é efêmero...
Tudo tem um curso que parte do início
E escorre para um fim com uma única parada.
E quando se está próximo do fim...
Quando temos mais passado que presente que futuro.
Isso nos amedronta.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh