terça-feira, 27 de novembro de 2018

Metamorfose

O movimento como podemos captá-lo?
Alguns movimentos são muito lentos como o crescimento de uma planta, enquanto outros são rápidos como o vôo do beija-flor. Assim, fica claro que os extremos são imperceptíveis aos nossos sentidos.
Agora como captar o movimento do tempo que assim como o crescimento de uma planta se dar de maneira extremamente lenta e por isso mesmo não chega a ser percebida.
Hoje, ao acordar tive uma lembrança ou foi uma ideia ou foi um estímulo, não sei como categorizar o que senti, mas veio-me a mente a importância da água no movimento de mudança ou de ação  para a natureza ser alterada.
Nos vinte anos que vivi no sítio, percebi o que acontecia na natureza dali. Havia e há nitidamente duas estações do ano que denominamos de inverno e verão, sendo a primeira curta e renovadora e a segunda longa e modificadora. Percebi que a água trazida pela chuva  o fator limitante é enquanto a luz do sol é o fator abundante que faz a água evaporar. Bom este ciclo de inverno e verão promove a modificação da natureza e essa natureza certamente foi por mim subjetivada. Parece que na minha mente existe apenas algo dicotômico renovador e destrutor, parece que não consegui entender o meio termo, como na natureza com duas estações aprendi a olhar sempre para os extremos que vai do ápice da insolação ao ápice da intensidade de pluvial, sem meio termo.
Parece loucura e não descarto a possibilidade de ser, porém em solo úmido a semente germina sem intuição se será verão ou um inverno. Há que germinar, há que germinar, há que brotar das gemas flores e frutos.
Mas quando acordei, na verdade lembrei que os extremos do verão do seu ápice surgia o inverno e daquilo que era seco com a chuva, tornava-se úmido, e do silêncio se fazia o canto das aves, o zunzun das asas dos insetos, o coachar dos sapos, a força da vida renovava tudo até nossa cansada esperança.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Metafísica

O que nos encanta e o que nos amedronta?
A existência, o ser quem somos!
Algo nos espanta quando percebemos!
Percebemos que algo existe além de nós.
Percebermos que tudo é efêmero...
Tudo tem um curso que parte do início
E escorre para um fim com uma única parada.
E quando se está próximo do fim...
Quando temos mais passado que presente que futuro.
Isso nos amedronta.

Tudo

De repente um espanto!
Como a vida é bela!
Como a vida é bela!
O amanhecer,
O anoitecer,
O canto dos pássaros,
A simetria, o perfume e a cor das flores...
O vôo das aves,
A paciência das galinhas...
Tudo!

domingo, 25 de novembro de 2018

Domingo

A tarde que caiu,
A noite que chegou,
O agora que acontece
E o tempo que passa.
Então decido algo
E realizo esse algo
E nada acontece além de mim
Nessa calma dominical
Mais um dia se passa,
Uma semana se inicia e
Um mês se vai indo.
...

Ser e tempo

Tudo que é deixa de ser.
Tenho doces memórias e são tão poucas de minha infância que parecem fazer parte de um sonho.
O lugar onde vô Sinhá morava com vó José morou por tanto tempo, as Vertentes.
Os vizinhos, as cercas e os bichos todos desapareceram.
Tudo deixou de existir porque eram aquelas pessoas que eram o espírito do lugar.
Hoje nada é e o que resta são apenas memórias.
As vacas, as galinhas, as secas, o ir e vir, as conversas,
As gaitadas, o fumo, o almoço, o café,
O rádio, as notícias, a alegria, a fé...
A seca, o inverno, o sol, a chuva...
Elementos essenciais a existência.

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Representações

Como percedemos o mundo de formas distintas.
As mesmas paisagens,  ruas, praças e ambientes.
O que e como vemos hoje
E como veremos amanhã...
O que nos encanta?
E o que nos marcam?
Representações. 

terça-feira, 20 de novembro de 2018

O silêncio

Amanheceu,
O silêncio foi rompido
Com o canto dos pássaros,
O sopro da brisa.
Ontem é passado,
O hoje é incerto.
Que imposta e quem se importa?
O agora é o que interessa,
Esse devir!
Essa cortina que se abre e se fecha.
As oscilações das ideias...
Será a força do desejo?
Quando penso em registrar a ideia
Ela já desapareceu!
É como um vulto ou uma sombra.
Sabe-se lá o que pensa o inconsciente.
Todos os dias penso tantas coisas
E nada vinga...
É como a luz de fogos de artifício
belo, mas breves.
E se misturo tudo isso.
São assim minhas ideias
caóticas...
É assim nossa natureza.
O silêncio só de faz no fim da noite.

domingo, 18 de novembro de 2018

Absoluto

Algumas pessoas sentem necessidade de se expressar seja pela palavra, pela escrita, pela produção de objetos.
Outras pessoas são indiferentes.
Que isso importa?
Em nada, porém a heterogeneidade é importante para o absoluto.

Afecções

Que impressões me afetam mais intensamente neste mundo?
O primeiro e o segundo crepúsculo,
A chuva chovendo,
A Ave Maria,
Pessoa,
Borges,
Gogh,
Mozart,
Platão,
Hegel...
Quem se importa.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh