quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Esperança

Mesmo com medo, precisamos encarar a realidade.
Medo de errar, medo de perder... medo do que virá.
Nem tudo que aprendemos é real,
Nem tudo que vivemos nos ensina...
Ah, amanhã tudo será diferente...
Seu houver esperança.

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Incerteza

Incertezas,
Eis o que contemplamos enquanto vivos.
Estamos num caminho e este caminho é a vida.
Eis que partimos do início quando nascemos
E vamos nos afastando dele dia-a-dia,
E vamos nos aproximando do fim da jornada.
Nesta viagem, pessoas cruzam nossos caminhos,
Umas são passageiras,
Outras demoram um pouco mais,
Outras ficam muito tempo com a gente...
E pode ser bom,
E pode ser ruim.
O bom de tudo é que talvez
Seja a incerteza...
A incerteza.
O consolo que nos acalma.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Metafísica

Como compreender a natureza?
Quanta energia na forma de luz e calor.
O canto dos pássaros,
O verde oliva das folhas,
O perfume das flores pequenas.
Os sistemas que tateiam em sua classificação.
Nosso breve entendimento.
Nossa consciência.
Todos os fundamentos.
Mais nada.

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Aprender

Por caminhos, vamos seguindo e vivendo cada dia.
Vamos fazendo um pouquinho sempre que possível, ora aqui, ora ali.
Temos que seguir sem parar como faz o tempo.
Nosso tempo é incerto, uma saborosa incógnita.
Aprendi que aprender é bom.
Aprendi que aprender é conhecer e que conhecer é ter conhecimento e que o conhecimento é a organização de informação.
A gente sempre sente um gostinho bom quando aprende algo e é ainda melhor  quando ensinamos.
Não se passa por essa vida em vão.
Acho que a gente sempre deixa algo, disso tenho certeza.
O tempo pode até apagar.
Que importa!
O bom é se sentir bem, importante para alguém.
Enfim... viva a vida.

domingo, 4 de novembro de 2018

Dissolução

Existência que me preenche agora.
Amanhã, quem sabe se serei.
Tarda, mas um dia me abandonará.
Então o que sou?
Matéria, energia, ação, sensação e consciência.
Ser e nada!
Estas letras que significam e se harmonizam em frases...
Que são?
Expressão de uma metafísica louca.
Medo de desaparecer...
Insegurança!!!
Tudo se dissolverá no tempo como já profetizava Pessoa.

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Complenhanos

Os anos que se passam me espantam no meu aniversário.
Já são tantos. - Minha nossa! 39 anos.
Quase quarenta!
Parece muito por tudo que vivi e poucos para o que ainda quero viver.
Acordar sem medo do que virá é a única vantagem, mas o corpo como dói.
Os amigos são cada vez mais raros e distantes.
As alegrias menos intensas.
O prazer! se reduz a comida. rsrs.
Enfim, é a vida.
Que a cada mais um ano, mas maravilhosa se demonstra.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Menos certezas

Hoje, após a eleição.
Assim como eu, têm muita gente desapontada, mas a maioria está confiante e feliz!
Isso é o que importa!
Realmente, torço que essa maioria esteja correta e que esteja errado.
Espero que as coisas realmente melhorem.
Que haja segurança, educação, saúde e ausência total de corrupção.
Mas não acredito em metamorfoses, não acredito que algo aconteça sem uma ideia sem propósito.
Não acredito que o poder pelo poder transforme.
Agora!
Não podemos esperar demais de um presidente despreparado e muito menos de seus eleitores descrentes.
Hoje é um novo dia.
Teremos mais quatro anos pela frente e que haja mudança que esta supere a esperança e que haja menos certezas.
Todavia, essa tristeza vai passar.

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Reminiscência escolar

Lembranças são tudo que tenho.
Lembro como uma imagem fotográfica o primeiro senão um dos primeiros dias que fui a escola.
Com certeza o horário era o da tarde, pois era o período de tempo que professora Livani ensinava na escola isolada já que pela manhã lecionava a querida professora Lenita Dias. O ano era 1987, mas não me lembro o mês, mas sei que era no inverno.
Fomos Meire e eu.
Nós esperamos no alto de Bonina por Paisinha de Ducarmo.
Lembro que esperamos perto de um pé vigoroso de calumbí.
Talvez tinham uns cipós floridos com flores perfumadas.
Na mão, um caderninho dentro de um saquinho de macarrão com uma borracha e um lápis.
Ali, no mais simples dos lugares, na mais simples das vidas mergulhei no conhecimento formal.
Ali tudo se iniciou.
É incrível como do aprender as primeiras vogais, o alfabeto, os números...
E continuar aprendendo pode mudar a gente como ser humano.
Quantos inícios não foram abreviados.
Quantas pessoas iniciadas não se perderam.
É triste a nossa realidade onde para se conseguir algo, tanto sacrifício não seja despendido.
Vivi épocas de dificuldades que não chegam aos pés do que passaram meus pais e avós.
Resisti e me tornei um resistente.
Fui me adaptando, aceitando a realidade e buscando transformá-la.
Sei que tenho muito a aprender e a evoluir e estou disposto a aprender cada dia como se fosse o primeiro dia que fui a escola.
Que medo que tive no primeiro dia de aula ao ver que uma coleguinha já sabia das vogais e do alfabeto.
Que medo que tive ao ver um colega já sabia ler e eu não.
Todavia sempre resolvi ir em frente.
Sempre me senti responsável por mim, por ser quem sou e por sempre respeitar o que meus pais pensam de mim.
Procurei não erar, embora tenha errado tanto.
Tantas vezes.
E então continuar, tantando, seguindo em frente.
Talvez, agora essa imagem faça sentido.
Não posso mudar o mundo e o que penso e acredito é subjetivo demais para isto.
Toda minha experiência só conta para mim.
Porém, talvez tenham tidos mais acertos que erros ou não.
Só sei que é bom viver essa doce memória da infância.

quarta-feira, 24 de outubro de 2018

Questões

Hoje, posso descrever e assim conhecer muito mais do que conhecia quando morava em Serrinha.
Lá, um dos lugares místicos para mim era o Parieiro. Seu misticismo estava na na ureza do lugar.
Ali, as rochas são arredondadas e ferrugíneas e quando lascadas tinha uma coloração atropurpúrea e o solo é argiloso, ferrugíneo a escuro. Quanto a vegetação é composto por uma mata densamente fechada com ramos intrincados e armados composta principalmente de anjicos, senas, unhas de gato, espinheiro da família Fabaceae, espinho de judeu Xylosma uma Salicaceae, Turnera cearensis uma Turneraceae e Croton da família Euphorbiaceae, aroeira da família Anacardiaceae.
Porém, mudamos completamente a paisagem ao plantarmos cajueiros as Anacardiaceae. Então o subosque passou a ser povoado por Ruellia gemniflora uma Acanthaceae. 
Nos primeiros anos de colheita, tivemos safras excelentes, porém com secas dos anos seguintes tornou a agricultura impossível, reduzidas a nada. 
Com o tempo,  mudamos a atividade econômica. Primeiro meu irmão mais velho foi embora, anos mais tarde minhas irmãs e por fim, parti para estudar fora. E desde então nosso sítio místico desapareceu e voltou ao seu estado natural.
Quando conhecemos algo é sinal que subjetivamos esse algo em suas propriedades e formas. Então esse algo passa a nos constituir.
O fato é que aquele sítio era desafiador, pois para colher os cajus era necessário muito cuidado. A inclinação do terreno, as rochas soltas e os tocos a coleta de caju exaustiva e só mesmo papai fazia isso com energia. Talvez fosse a necessidade que o estimulara. 
Olhando assim, seria eu capaz de tamanha coragem de cuidar de um sítio?
Questões que ainda hoje continuam irresolutas.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Cálidas memórias

Na infância, nós tínhamos um sítio no Parieiro que usávamos bastante.
Embora, tenhamos hoje já não usamos mais e está abandonado.
Papai era quem zelava. Fazia as roças anuais para apanharmos os cajus e cuidava das cercas.
No verão, costumávamos colocar nossas rezes para pastar lá pela manhã.
E quando dava meio dia, lá ia eu buscar as vacas de volta para casa. Ia a pé ou à cavalo num burro.
Na volta, passava no açude do Alive para as vacas beberem água. Era a única vez que bebia no dia.
O ir e o vir era árduo pelo calor do verão.
Nunca ia sozinho, Dogue nosso cachorro,  me acompanhava e amenizava meu medo do silêncio ou a preguiça ou sei lá o que era. Talvez medo de Zé Dendê.
Ia pela estrada de barro pensando na vida sempre subindo até o parieiro.
Passava primeiro na frente da casa de Tica, Lindalva, Dudé, Hélio, Chico Franco, Dezu, Mundinho, Iola, Zuleide, Loló, Airton, Ci, Juvenal, Adeson, Nelope, a escola, Casa de Livani, Antonio de Chiquinho, Zé de Júlio e entrava na terra de vovô, na porteira de tio Jussieu e ia subindo vareda a dentro pisando nas rochas ferrugíneas.
Às vezes, ia no nosso burro que era o melhor animal do mundo. Fiquei triste quando ele morreu, assim como quando Dogue se foi.
Quando ia à cavalo, sentia o sol assando a pele, o pelo quente do animal e dos bichos que nunca matavam a fome.
As vacas sobreviviam e nos davam um pouco de leite.
E a gente vivia pobre e sobreviva com dignidade.
Não tínhamos nada além do essencial que era a saúde, juventude e os vizinhos.
A vida fazia tanto sentido...
Esse calor me trouxe essas memórias....

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh