Na infância, nós tínhamos um sítio no Parieiro que usávamos bastante.
Embora, tenhamos hoje já não usamos mais e está abandonado.
Papai era quem zelava. Fazia as roças anuais para apanharmos os cajus e cuidava das cercas.
No verão, costumávamos colocar nossas rezes para pastar lá pela manhã.
E quando dava meio dia, lá ia eu buscar as vacas de volta para casa. Ia a pé ou à cavalo num burro.
Na volta, passava no açude do Alive para as vacas beberem água. Era a única vez que bebia no dia.
O ir e o vir era árduo pelo calor do verão.
Nunca ia sozinho, Dogue nosso cachorro, me acompanhava e amenizava meu medo do silêncio ou a preguiça ou sei lá o que era. Talvez medo de Zé Dendê.
Ia pela estrada de barro pensando na vida sempre subindo até o parieiro.
Passava primeiro na frente da casa de Tica, Lindalva, Dudé, Hélio, Chico Franco, Dezu, Mundinho, Iola, Zuleide, Loló, Airton, Ci, Juvenal, Adeson, Nelope, a escola, Casa de Livani, Antonio de Chiquinho, Zé de Júlio e entrava na terra de vovô, na porteira de tio Jussieu e ia subindo vareda a dentro pisando nas rochas ferrugíneas.
Às vezes, ia no nosso burro que era o melhor animal do mundo. Fiquei triste quando ele morreu, assim como quando Dogue se foi.
Quando ia à cavalo, sentia o sol assando a pele, o pelo quente do animal e dos bichos que nunca matavam a fome.
As vacas sobreviviam e nos davam um pouco de leite.
E a gente vivia pobre e sobreviva com dignidade.
Não tínhamos nada além do essencial que era a saúde, juventude e os vizinhos.
A vida fazia tanto sentido...
Esse calor me trouxe essas memórias....
Embora, tenhamos hoje já não usamos mais e está abandonado.
Papai era quem zelava. Fazia as roças anuais para apanharmos os cajus e cuidava das cercas.
No verão, costumávamos colocar nossas rezes para pastar lá pela manhã.
E quando dava meio dia, lá ia eu buscar as vacas de volta para casa. Ia a pé ou à cavalo num burro.
Na volta, passava no açude do Alive para as vacas beberem água. Era a única vez que bebia no dia.
O ir e o vir era árduo pelo calor do verão.
Nunca ia sozinho, Dogue nosso cachorro, me acompanhava e amenizava meu medo do silêncio ou a preguiça ou sei lá o que era. Talvez medo de Zé Dendê.
Ia pela estrada de barro pensando na vida sempre subindo até o parieiro.
Passava primeiro na frente da casa de Tica, Lindalva, Dudé, Hélio, Chico Franco, Dezu, Mundinho, Iola, Zuleide, Loló, Airton, Ci, Juvenal, Adeson, Nelope, a escola, Casa de Livani, Antonio de Chiquinho, Zé de Júlio e entrava na terra de vovô, na porteira de tio Jussieu e ia subindo vareda a dentro pisando nas rochas ferrugíneas.
Às vezes, ia no nosso burro que era o melhor animal do mundo. Fiquei triste quando ele morreu, assim como quando Dogue se foi.
Quando ia à cavalo, sentia o sol assando a pele, o pelo quente do animal e dos bichos que nunca matavam a fome.
As vacas sobreviviam e nos davam um pouco de leite.
E a gente vivia pobre e sobreviva com dignidade.
Não tínhamos nada além do essencial que era a saúde, juventude e os vizinhos.
A vida fazia tanto sentido...
Esse calor me trouxe essas memórias....