domingo, 27 de maio de 2018

Um pouco mais

A noite caiu suave, fresca e enlatada.
Depois de um dia de paz.
Assim, estou contente como se sente após
Uma jornada.
Um dia de leitura e reflexão sobre as coisas
Que me encantam como literatura e filosofia e botânica.
Mas ainda resta uma curta noite

Para pensar um pouco mais. 

Domingos e avós

Domingo, dia de calmaria.
Das lembranças que tenho da infância a visita a casa de meus avós era comum aos domingos.
A gente, mamãe e eu, sempre saia de casa cedinho e ia a pé mesmo.
Não sei se a gente conversava, mas talvez sim. Mamãe é uma pessoa muito comunicativa.
E saia pela ou caminho falando com os conhecidos.
Coisas inusitadas sempre aconteciam como encontrar Zé de Julho na burra faceira conversando sozinho.
Passar na casa de Nitinha, onde hoje é coração do açude do porção, para tomar água. Dava gosto ver a limpeza da velha dizia mamãe. Lembro do cachorro de balaio único que tinha visto. E seguia indo até a casa de Vô Sinhá.
Por mais cedo que a gente chegasse o feijão já tava quase cozido.
Quando a gente chegava lá mamãe ia ajudar vovó enquanto eu ficava atoa. Olhando as coisas quase sempre velhas. As cadeiras de balanço, uma com couro de porco espinho, o banco, o tripé de alumínio, a cristaleira, uma gaiola com um golinho, a foto de tio Raimundo.
Se saia via a calçada velha alta. As pinheiras com pinhas brocadas, o banheiro velho.
Entre o armazém e a casa as galinhas gordas de vovó, no oitão um pé de crinum.
Aquele sítio de fora silencioso e sombrio. Hoje entendo que era minha falta de entendimento.
E assim o tempo passava enquanto estávamos ali.
Vovó Zé que era só lembranças e silêncio. Gostava daquela voz que ele tinha, pena que peguei apenas a velhice. No passado era uma pessoa muito alegre e brincalhona.
Vovó que era a palavra de ordem.
O silêncio que hoje gosto era o que imperava e mais fazia não gostar daquela casa.
Palavras só as nossas ou os discursos preparados do rádio.
Hoje tudo passou.
Os domingos ai estão e nós somos os velhos do presente.

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Pensar a solidão

Dentro da casa há um corpo solitário.
Ele foca nas coisas que se pode fazer só.
Abre a janela,
Deita,
Levanta,
Abre o livro e ler,
Fecha o livre e num atino ataca a geladeira.
Liga o computador
E se põe a trabalhar.
Ouvir música,
Escrever,
Organizar,
Fazer aula,
Tabelas,
Chaves...
E o tempo corre,
Ansiedade passa,
As costas cansam,
E cansado
Pára para descansar.

terça-feira, 22 de maio de 2018

Chave!

A vida é cheia de descobertas.
A mim, cada descoberta é uma chave.
Esta chave  pode abrir uma porta
E nos levar a uma nova porta
Ou explorarmos o que há atrás da porta.
Na maior parte das vezes, optamos por buscar uma nova porta
E não conhecer o que se encerrava atrás da porta.
Sempre estamos buscando uma chave
E então sempre partimos do ponto zero.
Quase nunca paramos para matutar a tomada de consciência que nos deu encontrar a chave.
Um dia que não seja tarde,
Aprendamos a valorizar a chave que encontramos.

segunda-feira, 21 de maio de 2018

Insignificância

O silêncio da manhã entremeado pelo canto das aves.
A luz branda que aos poucos vai intensificando,
Vai clareando as formas de lhes dando cores.
Um folha se destaca do ramo da grande árvore
E cai planando feito borboleta.
Coisas insignificantes são tão singelas e puras que são capazes
De se congelarem em minha memória,
Tem mais beleza que uma palavra descoberta de origem grega.
Talvez porque não compreenda nada do que me rodeia.

domingo, 20 de maio de 2018

Metafísica

O tempo,
O espaço
E o ser
Dão forma a existência
E sentido a substância.
Talvez Pessoa tenha razão ao afirmar que a metafisica é uma consequência de se está indisposto.

sexta-feira, 18 de maio de 2018

A busca!

A manhã que nasce e passa é só um movimento no espaço e no tempo?
Como responder objetivamente se tudo que existe para o eu é subjetivo,
Embora tentemos, não conseguimos transpor a tipologia do eu,
Não somos holotípicos.
Respondemos ao que nos circunda...
Senão consumirmos o tempo o que apreenderemos do mundo,
Da realidade e do espaço.
Então o que devemos priorizar em nossas vidas?
Se pensarmos apenas subjetivamente nunca teremos algo para um bem comum.
Atenderemos nossos desejos? E assim atingiremos algo em comum para a humanidade?
É difícil de descrever ou até mesmo de responder.
Então voltemos a nossa busca, ao nosso trabalho, a nossa meta agora,
Nessa manhã.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

terça-feira, 15 de maio de 2018

Reflexão metafísica.


Nossas crenças,
Nossas ideologias,
Nossas memórias,
Nossos desejos
E a realidade
Como se comungam?

O tempo,
O espaço,
A proximidade,
A distância,
e aquilo que nos une e nos separa
Como compreender?

Há um plano divino?

As coisas que vivemos no passado,
As coisas que vivemos no futuro,
E aquelas que pretendemos viver

Temos algum domínio sobre elas?

O que temos de substancial da vida?

O que achamos que possuímos ou que podemos ter acesso quando queremos?

Não é ilusão?

O que temos de certo são nossas memórias.

Chovendo em Maio

Manhã linda,
Acordei e o céu estava estrelado,
Sai para me exercitar e choveu,
Mas parou e o sol apareceu,
Agora que aqui estou em minha sala
O sol se ocultou atrás das chuvas e chove,
Chove forte,
Como é bom o som da chuva chovendo.
Nesta linda manhã de maio.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh