segunda-feira, 3 de julho de 2017

Agora

Manhã chuvosa,
Canta o canário belga,
Chove e para,
Chopin, Holst, Strawinsky...
Tempo vazio,
Memórias...

domingo, 2 de julho de 2017

Apego

Os livros lidos e não lidos,
As fotografias reveladas e ou simplesmente feitas,
Pastas feitas...
O pó da sala, a ordem feita e a desordem das coisas,
Subjetiva organização,
Breve cosmos mental...
Mente confusa,
Céu azul,
Manhã tardia de domingo...
Tempo que se vai,
Se esvai enquanto sou e nada faço.

Mariposa

Após um dia frio de chuva a noite caiu muito escura e soturna.
As janelas continuaram aberta deixando entrar o ar fresco preencher o recintos vazios do apartamento.
As sombras da noite fazem apagaram as formas e a distâncias das coisas.
No escuro nada se ver, temos que usar dos demais sentidos, apenas a mente pode ver as memórias.
Certamente as memórias das sombras não são tão agradáveis, exceto para pessoas com pudor numa relação carnal.
A vida passa na nossa vista. Memórias, memórias... finitas, reais ou surreais.
Então uma mariposa atravessa a janela.
Perdida?
Voa sem direção exata,
Se choca contra as coisas
De sorte que seu corpo é leve e seu voo suave.

Nem preciso imaginar o que é,
Reconheço o padrão desse som
Através das descrições literárias,
Bem como dos momentos que estou sozinho a noite.

O escuro noturno,
As asas da mariposa,
Ocupam a existência
E tentam preencher o vazio em que me encontro muitas vezes no existir.

sábado, 1 de julho de 2017

Do nada

Ordem,
Caos,
Tempo,
Espaço,
Nocturne... Chopin.
Os pingos da chuva molhando a rua, escoando das folhas.
Uma manhã, a primeira de julho de 2017.
Uma manhã chuvosa em a água que infiltra na parede...

A lama, o lixo que é a política brasileira,
A arte de ser político corrupto,
A decepção...
Mas antes de tudo a consciência limpa,

Ordem sempre buscaremos,
Caos sempre nos encontrará,
Tempo marcará o compasso de tudo até o fim.
E no espaço desapareceremos como surgimos... do nada.

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Alvorecer

Existência!
Efêmera, cativante e angustiante.
Existir e saber que vai desaparecer,
E viver parece eterno
Tão eterno que parece que os instantes se arrastam.
Quando buscamos prazer em tudo, a todo momento...
Quando descobrimos que tudo é só ilusão,
Um contentamento passageiro...
Acho que pensar racionalmente pode ser doentio...
Os sonhos, a fé, a ignorância são fontes de felicidade.
As decisões racionais... o conhecimento dos fatos
São fontes de angústia... pode ler Sartre.
Se preferir leia Cora, talvez sinta-se melhor.
No final o que sobra?

quarta-feira, 21 de junho de 2017

O que?

Como encontrar paz interior?
O mundo nos atormenta,
Existir... reagir a tudo que nos aborrece.
O que há por trás das paredes?
Lóculos vazios?
Cheios?
Algo em nós necessita ser preenchido,
Mas como preencher sem sabermos o que nos falta?

terça-feira, 20 de junho de 2017

Existir, Existo

Existir,
Procurar um sentido.
Entender o que nos angustia,
Cada novo aurora,
Encontrar na beleza da natureza,
Nas boas ações humanas motivos para seguir em frente.
E acreditar... na paixão, no desejo, nas surpresas da vida.
Outro dia estava conversando com um amigo
E ele me falou das surpresas da vida... disse: olhe! Nelson Mandela foi presidente com mais de 70 anos.
Quantas surpresas não guardam a vida.

Acho que aprender a ser feliz com cada momento é extrema sabedoria.

Ler Neruda sem pressa...

Um odor, um som, uma paisagem e suas lembranças.

Quão dolorosa pode ser uma vida sem uma motivação, sem uma paixão.

É preciso apimentar sempre a vida de paixão...

Quão branda é a brisa matinal.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

Melhor caminho

Consciência,
Inocência,
Memória,
Proteção,
Desenvolvimento...
O que guardamos?
O que descartamos?
Descartamos?
São tantas as variáveis na vida...
Sartre e o existencialismo,
Nietzsche e sua filosofia,
Borges e seus contos...
Você, eu...
O mundo e nossas decisões.
Não existe certo ou errado,
Existe senso...

quinta-feira, 15 de junho de 2017

Casa da vovó

Das lembranças da infância agora lembrei casa de vô Chiquinha. Era uma casa velha e grande, de cor branca incrustada no pé de um alto de barreiras de barro vermelho onde se podia ver as marcas da erosão feita pela água.
E quando ia lá era sempre acompanhado de mamãe ou papai. A gente andava muito a pé o que é bom porque a gente ver melhor o mundo, as plantas e as coisas e as pessoas.
Sempre escolhíamos os finais de semana.
Chegávamos lá e todos estavam na cozinha conversando, tomando café ou só fazendo companhia e maior parte das vezes a sala ficava vazia.
Naquela conversa que pouco entendia, me deixava entediado e só o que eu percebiam eram os objetos, as coisas, os sons.
A gente tem mania de comparar sempre. E quando comparava sempre via que na casa de vovó havia menos objetos que minha casa.
Mas na casa de vovó tinha um golin numa gaiola e para mim era interessante de ver aquele pássaro que pouco via em nosso povoado.
Ficava ali ouvindo o feijão sacolejar na panela até cozinhar, até a manhã passar.
E quando a gente almoçava, esperava o sol esfriar para voltar para casa. Achava que aquilo nunca acabaria.

quinta-feira, 8 de junho de 2017

Mais

Olhar o mar,
O que sinto dentro de mim?
Sinto um medo do finito.
Neste momento gostaria de um abraço,
Um afago...
Vejo uma fotografia,
Busco na memória esse abraço,
Como são passageiros os momentos,
Parecem infinitos,
É como olhar para a linha do horizonte,
Infinita e nunca alcançada.
Ah!
Viver...
Hoje parece que sinto mais saudades.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh