sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Sofre sertão

O calor,
A aridez do nosso sertão,
De certo acho muito lindo,
Mas sei que é muito triste,
Ver tudo literalmente reduzido a cinzas,
Ver o sol arder e torrar o que resta de vida,
Garranchos intrincados, secos,
Cactos verde-desbotado,
Espinhos torrados,
Cinco anos de seca!
Até os idosos estão desiludidos,
Sem crença na chuva,
Nunca, nunca tinha visto,
Meu pai falar essas coisas...
Nossas fruteiras torradas,
Nenhum bicho além do cão, gato e louro,
A tarde se vai tão triste,
E a noite totalmente estrelada, parece lacrimejar...
Ah!!! Cadê a chuva do nosso sertão.

terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Tempo

Dezembro,
Noites e dias secos,
Dias de sol intenso,
Noites estreladas e escuras,
Momento de reflexão.
Pensamos no tempo,
No presente,
No passado...
Pensamos na vida.
Em nossa vida.
Tudo passa!

segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Incerto

Cada tempo que vivemos ocupa um espaço e tem seu roteiro e seus problemas.
As vezes vivemos a deriva, diga-se a maior parte das vezes.
As vezes nos apaixonamos e ficamos loucos.
As vezes a consciência chega a nós.
De qualquer forma viver é incerto.

sábado, 3 de dezembro de 2016

Ilusão

Às vezes a gente acorda sem disposição mesmo tendo dormido a noite toda.
A gente fica na cama e não quer levantar por nada e pensa na vida,
Pensamos naquilo que passou a gente fica contemplando quadros
E lugares onde vivemos, pessoas que conhecemos...
Tudo perca de tempo.
Perca de tempo,
Tudo ilusão.
Como se desvincular dessas imagens,
Dessas ilusões?
Creio que a alienação é fruto dessa ilusão.
Mais nada.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Talvez seja universal

O tempo...

Uma de minhas principais loucura é o tempo.
Ano após ano penso no tempo que passa...
Se passa, nada posso fazer para freá-lo,
Então por que pensar no tempo?
Não saberia responder,
Mas vejo suas marcas impressas em mim,
Naqueles que amo, naqueles que conheço...
O tempo é realista.
Quando percebo isso, mesmo que seja recorrente,
Quando tomo consciência não me contento.
Mesmo que tenha certeza sobre o tempo.
Não consigo muito mudar meu jeito de encará-lo.
Amanhã, nada restará.
Ainda bem que há a esperança
Ou talvez a ilusão.

Ultimamente o tempo anda viscoso.
Ultimamente nada me traz contentamento,
As vezes há é sofrimento nessa consciência,
Mas sabe lá.
Talvez todo mundo seja assim.

terça-feira, 29 de novembro de 2016

Reminiscência da infância

Ah! os anos, o tempo vivido.
Pigarro seco.
A luz da manhã atravessando as frestas da porta.
A lenha ardendo em brasa cozendo o feijão,
ma última boca do fogão de lenha um alguidá de leite.
Vovó caminha a passos lentos, quase se arrasta para dar conta da manhã,
A pouca água trazida nas ancoretas são usadas para lavar os pratos da janta.
Vovó  levanta, passa a mão na cara,
Alisa o cavanhaque alvo, pega o óculos e põe no rosto.
Levanta com sacrifício e vai até a sala do meio onde a porta já está aberta.
Vovó traz o café preto e uma tapioca na manteiga.
Chegamos cedinho e mamãe ajuda vovó.
Para mim que era novo aquilo era uma prisão ociosa,
Não entendia de envelhecer,
Mas mamãe entendia tudo me levava junto.
Bom e a manhã passava.
Ouvia as conversas e não entendia nada ou não me interessava.
Via aquelas pessoas que ali apareciam,
E tudo parecia sem magia, eterno.
Não tinha consciência de nada, além daquilo que queria, ou imaginava ser o certo...
E conservava o silêncio, a falta do que falar que ainda levo quando não vejo sentido nas coisas.
A  manhã passava... e nem imaginava que a minha vida também passava.

Passagem

É verão,
Sol, calor, luz...
Não temos a lucidez do dia,
Não temos a lucidez da idade.
É nítido o envelhecimento do corpo,
Mas a alma.
O que acontece com a alma
Que vive angustiada?
Olho através da janela, o tempo.
E me perco em pensamento.
Se tenho tanta certeza,
Porque não me provoca a consciência?

Amanhã quem sabe,
Amanhã talvez...

E essa maldita acrasia.

Acho que sou árvore em verão,
perdendo folhas, ramos para poder florescer no inverno.

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Divina nitidez

Nitidez que há no mundo,
Elucida minha mente,
Tornai-me consciente,
Para não viver em sono profundo,
Para não atravessar a vida a toa,
Para que possa viver numa boa,
Como posso expandir o meu pensar?
Como posso encontrar meu caminho nesse labirinto que é o viver.
Nitidez divina.

domingo, 27 de novembro de 2016

Perda de tempo

Amanhã que virá?
Sei lá!
E hoje...
Bem, acho que posso decidir,
Mas apenas o agora e não depende muito de mim.
Acho que depende de meu estado.



Quantas vezes não consigo pensar do que fazer com minhas possibilidades
E só quando as perco é que fica nítido a quantidade de coisas que poderia fazer.

Ah... A felicidade está em fazer da vida mesmo simples uma obra de arte como dizia Nietzsche.

Mas...

Os anos se passam.

E ficamos felizes com pitadas de alegria,
Antes isso que a dor.

A existência é algo tão surpreendente e ao mesmo tempo complexo... Sabe lá.

Acho é perca de tempo pensar.

sábado, 26 de novembro de 2016

o certo

Existe uma definição para vida? E para viver?
Devem existir infinitas, bilhões.
Creio que essa definição é subjetiva.
Nós apreendemos o mundo de maneiras muito peculiares.
As vezes essa jornada se apresenta enrustida de loucura.
Muitas vezes tenho a mais pura certeza.
Amanhã nada mais será.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh