domingo, 7 de junho de 2015

Solidão e adjetivos

Às vezes paro para pensar
Na vida, no passado, no presente,
Já não penso mais no futuro,
Chegou um momento em que o futuro
Parece ser só de sofrimento e dor.

Mas a vida como um dia se passa,
Como uma colheita é ceifada...

E as tardes e as colheitas podem ser agradáveis.

Então, o que eu fiz da vida?

Não vivi, mas não cultivei os amores,
Vivi e aprendi a ser a me virar só,
Amanhã quem sabe se só restará solidão e frio e medo e um fim.

Mas nem pensei nisso, o texto se encarregou,
Sou mais Nietzschiniano...

Parar para pensar é consequência da solidão...

sábado, 6 de junho de 2015

Divino

A noite,
As sombras do sol escondido,
As formas ocultas,
Melanus,
Por Deus,
O que nos falta?
O que não temos...
Porque queremos?

Divino mistério.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Dar sentido "Conhecer e ser conhecido"

A brisa fresca da manhã,
Madrugada despida, escura,
Paralelepípedos irregulares,
Meio fio branco,
Ervas daninhas,
Uma mangueira crescendo,
Carolina e sementes vermelhas,
A casuarina,
Caminho para a manhã que chega,
Entre um e outro bom dia,
Minha alma se enche de alegria,
E minha vida ganha um novo sentido,
Em desconhecidos que se revelam,
Suas personalidades, suas vaidades,
Felizes por mais um bom dia,
E na volta um até amanhã,
Ou até segunda,
Num rito sagrado,
Uns faltam por uma semana,
E me pergunto que aconteceu,
No reencontro um riso de felicidade,
Aos poucos sou conhecido e conheço,
Cada um.
E se pergunto "tudo bem?"
Respondem-me com um "Tudo em ordem"
Lindo isso!
Tudo bem, as vezes...
A gente se afeiçoa as pessoas,
Aos momentos,
E a vida ganha um novo sentido,
No riso de um, no olhar de outro,
Na presença religiosa das pessoas,
Eu peguei o bonde andando,
Mas já me sinto em casa... 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Metamorfose da alma

O tempo passa apressado,
Nem percebemos,
Pois queremos ser mais rápidos,
E esquecemos de ver o simples da vida,
Os detalhes das coisas,
O capricho da natureza,
As peças florais,
Seus aromas,
Suas formas...

Nos atemos aquilo que achamos importante
Que muitas vezes nem é,
A maioria das vezes não é.

A vida passa apressada,
A gente pega carona no ritmo do mundo,
E somos levados como naus ao vento,
Sem destino próprio,
Sem meta,
Onde chegar!

Não segamos assim...

Respeitemos o tempo e nossos ritmos.


domingo, 31 de maio de 2015

Cicatrizes

Foi-se janeiro,
Em janeiro paixão,
Foi-se fevereiro, março, abril, maio
E a certeza de uma paixão,
A frescura de uma amor...
A certeza da solidão.

Saio na janela tomo o ar,
Sinto meu peito tragar o mundo...

Sinto o momento
E minha consciência toma conta de mim,
Quando penso em tristeza e solidão,
Esses sentimentos expressam um vazio...

Ai, uma oração me preenche...

Estamos condenados a ser só, Pessoa sabia muito bem disso,

Não entendemos o que falamos...

Acreditamos, mas...

O tempo tudo resolve, tudo apaga, tudo cicatriza.

Adeus maio

Mais um maio que parte para o infinito,
Sei que foi um mês muito bonito,
Mas vai, pode ir e que venha junho.
Maio mês das mães,
Mês de colheitas,
Mês de inverno...

Fico como um velho que não pode partir sobre uma barreira
Vendo alguém que ama partindo,
Se distanciando, sumindo na estrada...

Se não somos nós que partimos...

As crianças a alegria de mais um mês ido,
Aos adultos tempo vencido e muitas perspectivas em junho,
Aos idosos menos um mês...

Tempo, rio que não para de fluir.

Passado de memórias,
Presente de auroras,
Futuro de incertezas.

Maio passou a alguns agradou
A outros nem percepção.

Cada dia que passa torno-me mais quem sou,
E deixo de ser o que fui...

Maio, mãe, início e fim.

sábado, 30 de maio de 2015

Desejos

Traço uma linha,
E sigo como quem planta numa corrente,
Em linha reta,
Vou plantando meus grãos,
Grãos de milho e feijão...

Ah,

Como encontrar o caminho reto para a vida?

Na música?
Na poesia,
Na pintura?

Na igreja?

rs.

No Sexo?

Tudo apodrece...

Tudo mofa...

Que se vão os desejos.

Universal

Estou perdido no tempo,
Nos giros e sulcos de meu cérebro,
No seio de minha vida,
Pessoa, Shakespeare, Borges...

Meu remédio kafkiano,
Doce Chopin,
Alegre Mozart,
Gogh de minha vida...

E como a brisa e a manhã
Tudo passa.

Engano

Um engano,
Louco e tirano,
É o que virá pelo amanhã,
Ah, não existe coisa mais vã...

Viver plenamente o momento presente,
Pois um dia tudo estará ausente,

Tudo passará
Tudo se eternizará,
Ou melhor dizendo se apagará.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Por que será?

Flores,
Abelhas,
Polén,
Vôo,
Pouso, 
Cálice,
Corola,
Androceu, estames,
Gineceu, pistilo...

Ramos, 
Folhas,

E paro para olhar o mundo,
Vejo o mundo muito com uma concepção botânica.

Por que será?

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh