A rua de rochas duras, fatigadas e sujas está sempre vazia.
Quando cruzo o portão, sinto uma proximidade do chão,
Sinto a solidez angulada das rochas cortadas e unidas pela argamassa
Nessa rua estagnada.
Às vezes molhadas da chuva, as vezes cinzentas do sol.
Estas rochas que antecedem minha existência nesta rua.
E que persistirá minha existência.
Mas minha existência quimérica
É uma existência livre onde posso ir e vir e não ficar fatigado.
A minha rua que não é minha,
É uma rua com muros cansados,
Sem cor, com lodo escuro da época da chuva,
O que salva são as plantas,
Uma Senna, um jambeiro, um jasmim...
Cicas atrás dos muros,
E pessoas ocultas,
Quantas pessoas ocultas nessa vizinhança vazia.
Quando cruzo o portão, sinto uma proximidade do chão,
Sinto a solidez angulada das rochas cortadas e unidas pela argamassa
Nessa rua estagnada.
Às vezes molhadas da chuva, as vezes cinzentas do sol.
Estas rochas que antecedem minha existência nesta rua.
E que persistirá minha existência.
Mas minha existência quimérica
É uma existência livre onde posso ir e vir e não ficar fatigado.
A minha rua que não é minha,
É uma rua com muros cansados,
Sem cor, com lodo escuro da época da chuva,
O que salva são as plantas,
Uma Senna, um jambeiro, um jasmim...
Cicas atrás dos muros,
E pessoas ocultas,
Quantas pessoas ocultas nessa vizinhança vazia.