quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Villa Lobos

Villa Lobos gênio da música erudita brasileira,
Quando te ouço tuas composições oh grande gênio,
Sou toda sensação de leveza e prazer.
As conchas de minhas orelhas se deleitam
Quanto te ouve...
Quanta beleza, quantos encantos, encrustou em suas melodias?
Eu que  nada sei de composição
Paro para ti contemplar.
Tua música brasileira me faz sentir e viver São Paulo.
Em cada estado do Brasil se encanta de uma forma contigo.
E a noite fica maravilhosa
Com tuas BACHIANAS...
Levo na alma o amor pelo Brasil
Por tua imensa e maravilhosa obra.
O grande mestre.

Espiral

Os anos que compõe minha vida são tijolos de uma grande construção.
Cada ano de minha vida é impar com resistência e fraqueza,
Que não se esfarinhe que não me faça ruína jovem.
A vida é tão curta para ser entendida,
A vida não deve sequer pretender ser entendida.
Quão efêmera é esta passagem.
Mesmo assim algo nos alimenta
E nos faz seguir adiante,
Há quem denomine essa força de Deus...
Sabe-se lá.
Pouco entendo uma sinfonia, mas sou apaixonado
Pela harmonia com que cada nota é soada por cada instrumento.
E assim o tempo passa
E assim tudo declina,
Um fim eterno nos consumirá
Ad eternum


segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Praça da Paz

Nossa praça é encravada
Entre a principal e o bairro habitacional,
Em seu entorno crescem prédios para bolsos ricos,
Nossa praça popular,
Anda tão apagada,
Paredes e pisos sem cor,
Quanto desamor,
Aquela praça tão habitada.
Com seus quiosques e suas árvores,
Arbustos de resendá que a enfeitam,
Mas que morrem de sede,
Com uma florada mirrada,
Pobre praça habitada.
Os ipes fazem sua parte,
Traçam em suas flore a mais perfeita arte de embelezar,
Beleza efêmera de flores zigomorfas,
Amanhã cápsulas e sementes aladas.
Os resendás companheiros das pistas de caminhada,
Com sede sem estrume morrem aos poucos.
Nossa praça abandonada,
De esgoto aberto,
Com seus moradores que aforam suas máguas
Na cachaça ou mais entorpecentes sabe-se lá.
Nossa praça mais habitada parece abandonada,
As paredes e pisos perdem as cores,
As máquinas estão se desfazendo,
Se acabando, mas a praça.
Mas essa praça precisa ser recuperada,
Ela que se encontra pichada...
Não espero que as crianças que ali correm e brincam
Sinta-se bem numa praça abandonada,
Saudosa a mim nova,
Doce praça da Paz.

domingo, 23 de novembro de 2014

A metafísica dominical

Uma manhã ensolarada de verão,
A poeira, folhas secas e a brisa.
O céu azul o mar com vasto horizonte,
Os coqueiros, o calor, a brisa e a água de coco.

Crianças, cães, adultos e idosos.

Ruas vazias,
Algo acontece pacientemente em todo lugar,
Cigarras a cantar.

O que é a existência?
Neste, cenário cravada em minha mente está absurda questão.
Não encontro uma resposta.
Que metafísica a me alucinar.

O que é a felicidade?
O que é responsabilidade?

Uma avalanche de perguntas me afoga a alma.

Vou até a janela olho as ruas, as árvores,  os telhados
E nada, absolutamente nada faz sentido
Além da ordem física da matéria
Com sua substância e sua forma muitas vezes amorfa
Sem identidade.

Encerrado em meu apartamento,
Encerrado em minhas obrigações,
Encerrado em minha moral,
Encarcerado na vida que escolhi.

Acendo um incenso,
Sindo o aroma doce se difundir pelos átrios do apartamento,
Solvo a fumaça branca que dança no ar,
Vejo a matérias mudar de estado frente a frente,
Como uma ampulheta a contar o tempo.

Escolho uma música e ouço
Quão doce melodia compôs Bach.

De repente uma tosse, um escarro,
E me desloco até o banheiro para escarrar,
Essa minha natureza humana.

Esta ordem desordenada do ser.

O que é consciência?
Confesso que não entendi nada do que falou Sartre sobre consciência no seu Ser e o Nada.

Às vezes minhas pretensões filosóficas são tão medíocres.

Fico sem entender nada do  nada.

Paixão e desejo e beleza e medo nos fazem escravos do mal viver.

Tento encontrar algo que me tire da ociosidade e sinto que todas as vezes que assim o faço
A sensação de ociosidade me sufoca ainda mais.

Eita ser complexo, nessas horas nem Borges me acalma.

Lembro de Pessoa e só assim acordo de meu sonho metafísico, 
Paulatinamente volto ao estado normal...

A vida trata-se de uma grande ilusão,

Quem sabe Platão não teria razão,
Somos seres loucos para voltar o mundo ideal, mundo da perfeição,
Angustiados por nossa existência...

Sabe-se lá.

A felicidade habita apenas a infância,
Depois... doce ilusão.

sábado, 22 de novembro de 2014

Algo

Por que o oculto nos encanta?
Desconhecemos o porquê, mas amamos tudo quanto é misterioso,
Talvez seja peculiar a nossa natureza animal.

Fernando Pessoa em sua obra mostra que não existe mistério
que as coisas são o que são, em seu poema Tabacaria deixa muito claro.

Meu amado Borges em sua maravilhosa obra muitas vezes
Nos faz pensar certas coisas como em muitos de seus contos
Estão presentes homens que se duelam até a morte.
Sinto que o mistério e a ousadia de querer conhecer
Como é a outra face uma suposta desexistência
Levam homens a duelar até a morte.

Não sei...
A vida muitas vezes é imbricada em suas próprias fases
como uma cebola em seus catafilos
Que vai se consumindo
E vai sumindo.

O que há além da infância, adolescência e as demais fases da vida?
Talvez tudo ou nada, experiência?

Esperamos sempre por algo a ser revelado.

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Tempo, Pensamento e Ser

É noite de verão,
Fim de novembro,
Apesar do vento fresco
Faz calor nos átrios do apartamento.
O céu está limpo,
Em sua imensidão e profundidade
Vemos estrelas rutilando,
Nuvens passam devagar,
Como o tempo.
Acendo o fogo e esquento a água
E faço um chá.
Aguardo a brisa esfriar
E vou tomando gole a gole,
Ouço os cães latirem ativos,
Ouço grilos catarem,
Ouço a brisa arrastar folhas secas,
Reduzo a luz ao apagar as duas lâmpadas
E penso.
Penso nas coisas da vida,
Penso no fim da vida,
Penso no pensar,
Penso na minha existência,
Nos sentidos que cada um encontra para viver,
Alguns tão nobre, outros tão pobres...
Cada um ver o mundo a sua maneira,
A maneira que mais te apetece ver.

Gole a gole tomo meu chá de boldo
Amargo como a vida é muitas vezes,
Mas o amargo muitas vezes é sadio,
Para atingirmos nossos objetivos,
Temos que viver cada dia
E completar as atividades que nos são dadas.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Monotonia

A água aquecendo mudando de estado e evaporando,
Bolhas borbulhando e o oxigênio saltando e a água sumindo,
Então quando a chama se apaga,
A água imerge o chá,
E a água incolor ganha as propriedades e o sabor da erva,
Enquanto isso eu estou entretido nos afazeres a serem feitos.
Enquanto o chá esfria e incorpora
A noite se passa,
Se passa sem que possa notar,
Os  momentos escoram de minhas mãos
E muitas vezes não tem como impedir que aconteça.

Paro, vou a janela olho para o mundo
Com minha palpebradas cansadas
Olho para o mundo
E vou tomando o chá sem pressa
Até que vou dormir.
E a noite continua,
E a vida continua.


terça-feira, 18 de novembro de 2014

Tensão

A brisa noturna,
O som suave da radio Suíça,
Uma xícara de chá
Olhar o horizonte,
Contemplar de minha sacada
O horizonte que chega por tabela no mar,
E uma noite
Me ajudam a esquecer
Os maus momentos.
Bom amanhã estarei novo outra vez.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Inacabadas

Acho que minha leitura é torta
É feia como as coisas que manoconfeciono.
Como a gaiola que fiz cheia de nesga,
Como o caminhão de madeira que fiz,
Como o cabresto para jeque que me disseram nunca aprender.
Como tudo na vida que faço!

Acho que minha leitura é torta.
As vezes acho que leio meus sonhos.

A quanto tempo deixei de sonhar?

A quanto tempo tenho tentado viver meu ser.

Sei lá! Acho que a tortura de minha leitura
É uma tortura ingênua,
É uma tortura de garapa de cana
Fervendo no engenho,
Aquele caldo quente
Doce, mas difícil de se tomar,
Enjoativo!

Acho que as coisas que faço
São sempre inacabadas.

Deixei de sonhar faz tanto tempo,
Vivo a deriva,
Vivo a deriva.

Que busca a alma?

O calor chegou,
Chegou calado
Nem avisou as cigarras.
Eita que coisa danada.
Cadê a brisa invocada?

Cada recanto da casa
Tá quente.

Até parece triste.

Minha amarilidácea floresceu,
Flores lindas,
Flores azuis,
Como o calor
Do fogo do fogão.

Fogo quente,

O som de piano...

Memórias do Brasil central,
Do horizonte do Cerrado.

Ah, mais que alma forasteira essa minha,
Que alma vagabunda
Vive acolá,
Sempre,
Que buscará?

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh