Posso parar e pensar
Quantos caminhos e estradas passei,
Quantos lugares e pessoas conheci,
Quanta coisa eu vivi.
Lembro de poucas coisas, mas tenho memórias vivas,
Lembro que ainda era criança na escola (1988) quando meu primeiro ente querido se foi, meu avó Francisco.
Lembro bem do ano 1990 quando minha vida era plena em Serrinha do Canto,
Minha infância, minhas alegrias,
Boas safras de caju, o barro vermelho do parieiro,
As estradas de barro, nossas idas as casas de meus avós pelos caminhos de barro,
A água escorrendo, as jitiranas floridas, flores brancas e azuis.
Flores de jurema, de calumbi,
Flores de jasmim, por mim temida, associava a morte, por serem usadas para enfeitar os entes mortos.
Não se medo o amor das pessoas, mas se ver na dor da perca...
Eu vivi e vi a tristeza da seca no sertão,
Vi as pessoas venderem o que sobravam de coisas para sobreviver,
Vi a tristeza da pobreza, (1993), mesmo ano que perdi o meu avó.
Mas também vi a natureza a todos agraciar com água, pasto e belas colheitas (1994),
Vi o Brasil ser tetra (1994), no mesmo ano que perdemos o maior campeão de formula 1.
Em 1995, partiu minha avó Chiquinha.
Sofri ao querer passar num vestibular, tentei por três anos seguidos 1997, 1998, 1999.
E tive a felicidade de entrar na universidade no ano 2000...
Houve ai um divisor de águas, sair de casa, do calor e proteção paterna para aprender a viver,
Novas amizades, novas tristezas, novas problemáticas... 2000 foi um grande ano...
Em 2002 ganhei minha primeira sobrinha, foi muito estranho, Veio Giovana e no Ano seguinte Felipe. Nossa família aumentou, foi muito bom... engraçado como as pessoas surgem em nossa vida
E vieram as grandes conquistas, formatura, mestrado.
Após o mestrado mais uma grande mudança, pude conhecer e morar em São Paulo, tive um sonho realizado poder conviver com os taxonomistas tão falados por minha querida Iracema Loiola.
Conheci Rosângela, Inês... Amigas como Cíntia Vieira, Fátima Otaviana...,
Minha querida Sinhá (2007) partiu.
Veio minha terceira sobrinha Alessandra, ainda lembro no dia que ela nasceu, quando fui visita-la em Santo Amaro.
E em 2008 fui para o doutorado onde conheci uma das pessoas mais especiais em minha Vida Ana Paula Caetano ganhei uma nova família.
Comecei a colecionar livros e ler bons livros.
Bom e os anos passaram e com eles minha intolerância, minha rabugice,
Bom de 2008 a 2012 foram anos de bonança, com exceção das dificuldades de Mamãe com algumas doenças...
Em 2012 fui para Brasília onde morei numa grande solidão até 2013...
Desde então estou em João Pessoa...
E a vida vai passando.
São 35 anos completos...
Percorridos,
Felizes ou doidos,
São eles que compõe minha história.