terça-feira, 22 de julho de 2014

Dor

A noite,
A garganta infeccionada,
O inoportuno da infeção,
Dor, dor, dor.
E o corpo quer dormir,
Descansar...
E assim se segue
A noite calada, longa,
Tudo se passa,
Bem devagar.

domingo, 20 de julho de 2014

Felicidade

A noite,
Minha simples existência.
Uma música,
Balões de memórias,
Sensações desencadeadas neste momento,
Lembrei das manhãs úmidas
De Barão Geraldo,
Da Unicamp,
Boas sensações,
Em que a vida era tão fresca e intensa.
Quatro anos que se passaram
Muito rápido em minha vida
E que deixaram profundas marcas de felicidade.

Estrada

Não sei o que me aconteceu,
Mas sei que um dia quis der diferente,
Quis viver algo diferente do mundo que me cercava naquele pequeno distrito.
Vivia numa casa limpa e aconchegante, seguro sob os cuidados de  meus pais.
Ali tínhamos duas estações inverno e verão (seca).
Os dias em casa estação pareciam semelhantes. Pareciam, mas não eram.
Com pouca comunicação, pouca gente.
Restava-me o ócio.
Nossa casa pequena e baixa rodeada por fruteiras.
Cajueiros, cerigueleiras, pinheiras e palmatoreas.
Tínhamos galinhas, porcos, vacas e um burro para conduzir a água que usávamos no cotidiano,
Principalmente durante o verão.
Não sei, mas naquela monotonia, ouvia dizer que quem estudava se dava bem na vida.
Então me apeguei a essa ideologia.
Comecei a ler por autoestimulo.
Lia tudo que caia em minhas mãos. Não gostava de textos longos nem de textos que tivessem apenas letras.
Gostava mesmo eram dos livros didáticos que tinha figuras,
Pois as figuras dão asas a nossa imaginação.
E como quem vai construindo algo sem saber o que fui construindo o meu saber.
Lia, lia e lia, só lia.
Eu construí um castelo ao meu redor.
Acho que passei a maior parte do tempo vivendo no mundo das ideias.
Acertando e errando, aprendendo com os erros.
E quando olho do alto de meus anos, vejo um grande abismo.
Sinto que conquistei o que desejava,
Mas quer saber ainda vivo no ócio, tenho angústias, medos e todos os sentimentos humanos.
E se me perguntarem aprendeu a viver.
Responderei que viver é algo mecânico,
Todavia cada dia é um dia, cada momento é um momento
E a vida vai nos surpreendendo a sua maneira,
De forma maravilhosa, mas de forma triste também.
E assim vamos vivendo nossos dias,
E assim vamos completando a nossa vida.
Não sei se construí muita coisa,
Ao menos tive ideologia.

sábado, 19 de julho de 2014

Desapercebidamente

A tardinha,
A rua vazia,
A luz que se esvai,
A brisa fresca,
O corpo cansado,
O jazz,
A solidão,
O sofá da sala,
Pipocas,
A mente que se esvazia,
A tarde que se esvazia,
A noite que se entrega
A terra,
Somos o que pensamos,
Somos o que vemos,
E o que construímos,
E organizamos nossos mundos,
E a tarde passa,
E a vida passa,
Desapercebidamente.

Adeus a Rubem Alves


A tarde vai caindo,
A tarde vai se despedindo,
Lentamente, lentamente...
O sol desaparece no poente,
E com ele a luz,
A noite vem chegando vem devagar,
Essa tarde agradável de brisa fresca.
Hoje, a tarde parte, o dia parte,
E com o dia parte o último suspiro
De quem tanto amou e respirou,
Rubem Alves.
Eis que hoje foi último dia
Que alumiou sua visão,
Último afago solar,
Aquele que se dedicou
A tornar belo o mundo
Através das palavras,
Educador e destro escritor,
Partiu bem devagar,
Da porta do céu aguarda João Ubaldo...
Este dia será o último de um grande homem,
Este ano o último de grandes homens...
E nos temos que darmos continuidade a vida
E ao mundo.
O sol nascerá amanhã,
E depois de amanhã,
Até que tenhamos o último suspiro...
E assim seguirão as gerações!
E teremos a oportunidade de relembrar
Essa que é a nossa era,
A era que viveu o grande Rubem Alves,
Sobe para o céu dando Adeus,
Adeus!

Amor a vida

Podemos até dar um sentido científico,
Classificar a natureza, conhece-la com destreza
Através da ciência,
Mas ainda sim ela é plena e encantadora.
A natureza é perfeita.
Busquemos nela exemplos
De como existirmos com harmonia,
Nela se encontra criador e criatura,
E dela tudo retiramos necessário a nossa existência,
Que sejamos capazes de entende-la, compreende-la,
O tempo passa e a natureza trata de amenizar a nossa dor,
Mas até quando sustenta-se-a?
Precisamos construirmos como seres para o amor,
Amando cada instante de vida ou ao menos tentando.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Paz

O mundo é tão belo quando estamos em paz.
A manhã é mais viva com o canto das aves
E com todo o brilho do sol.
Viver em paz é um estado de graça.
Viver em paz, eis a grande sabedoria humana.
Contemplamos o mundo quando estamos em paz.
Tudo fica mais vivo, mais belo, mais interessante,
Mais agradável.
O canto das aves nos faz tão bem,
A brisa da manhã,
O doce de uma fruta,
O sossego de um lar.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Perfume da manhã

É incrível a manhã,
O canto das aves,
O quebrar da barra,
Doce aurora.
Contemplar o horizonte,
Ver os primeiros raios do sol brilhar,
E quando abrimos a janela,
Fresca a brisa da manhã,
A brisa tem um aroma de novo,
De especial,
As cores e as formas são reveladas,
A criatura é revelada
Pela luz do Criador.
E a construção de um planeta continua,
Manhã universal,
Nasce para os bons e para os maus.
E como cheira a manhã.

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Geometria

A noite escura
Que se acende com o brilho da lua.
As rochas sólidas que formam a rua.
Os muros pintados ou abandonados,
As plantas cuidadas,
Árvores podadas.
Ocultos e revelados pela lua.
O oceano que é a noite alumiada.
Salvo minhas memórias,
Nestas horas revivo e renovo minha vida.
Aprendo a viver mais um pouquinho.

Graça

Quando amanhece, antes do sol sair, cai a chuva que lava a rua. Desperto e olho para a rua, olho para o horizonte. Vejo tudo tão distante. Eu vejo o mundo despertando, e me vejo despertando, vejo a chuva vir e a chuva ir. Não sei como interpretar a chuva, não sei como interpretar o desabrochar de uma flor! Apenas contemplo. Sei que por um instante sou só eu e o Criador. Não sei quanto tempo ainda me resta, ainda bem. Assim contemplo a aurora, e acordo para a vida, para mais um dia.

Só a fé

 É certo que morreremos, mas quando vários conhecidos e queridos seus partem num curto tempo. A gente fica acabrunhado! A luta do corpo com ...

Gogh

Gogh