terça-feira, 29 de outubro de 2013

Noite de chuva

A noite escura após a chuva.
A água escoa caindo sempre para baixo.
Enlameada, se mistura com o pó que oras é seco
Oras é lama...
O mundo cheira após a chuva.
No escuro silencioso da noite,
Após uma longa estiagem
Suprimida pela chuva,
Ovos de insetos desencadeiam seus desenvolvimento.
As árvores sedentas matam sua sede
E silenciosamente se transforma para o novo dia.
As aves após o banho acordam se preparam para um novo dia
Acordarem cantando...
E ao quebrar da barra
A luz dar cores as formas
E as velhas cores ganham um novo tom.
O chão molhado, fresco, unido nos enche de alegria.
Sementes germinarão nos campos e em nossos peitos.
A vida com toda força
Volta a pulsar após uma noite de chuva. 

A velha


A manhã desperta da noite.
A barra quebrada, vermelha em brasa, aurora partiu.
O sol cresce levemente atrás das árvores.
A luz atravessa a janela e toda o cheiro suave
Da roupa guardada, a roupa de cama embrulhada.
Na cozinha a lenha estala e se queima quase molhada.
O cheiro do café. A goma perdendo a umidade no caco.
Café pronto. Levanta levemente a velha senhora,
Caminha devagar e vai ao oratório.
Reza uma oração e segue para a cozinha.
O conforto que só o tempo dá a paciência.
A idade domou o corpo vicejante que hoje
Arde em dor, rugas, dores e a longa espera pela morte.
A manhã talvez virá...
A morte chega antes às vezes.
Hoje, já não estamos mais só.
Temos rádio, televisão e um aposento que não nos deixa passar fome.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Textura da noite

O silêncio da noite.
O silêncio das luzes
Que alumiam ou sinalizam
Rotas, olhares...
Noite vazia, às vezes fria
As vezes quente e triste.
Chiam as folhas dos coqueiros,
Flores de Avenrroa no chão,
Um fruto ou outro no chão frio e escuro da noite.
Areia fina como o escuro da noite.
E inebriado de sono
Durmo tocando a textura macia e escura da noite.

sábado, 26 de outubro de 2013

Lúcia

A casa amarela,
A lojinha,
A sobra fresca da área,
A roseira, as flores e os anões artesanais,
Um cavalinho de barro...
Rubinho cachorro, quando você chegou?
Olha Jacinto quem está aqui.
Ah! Cabra besta, Willianinha venha falar com Rubinho.
Um abraço forte, bem apertado...
Beijos e afagos amigos.
A risada...
E como anda o coração?
Deixa de ser safado...
Água... Sente ai.
Gente sobe e desce.
Os dias de trabalhos juntos.
Curta manhã para tanto assunto,
Do mundo, de Serrinha...
Olho o jardim com um contentamento
De quem sente afagado pelo estética viva,
O crescer paciente das flores.
Balanço-me e conto como estou
E quero saber como está.
Volte mais, não vá embora sem vir aqui CACHORRO.

Bom, não viverei mais estas senas,
Minha doce amiga partiu,
Concluiu sua caminhada,
De certo agora descansa num campo
Flores, num campo de rosa
Sob árvores de Tílias,
Ouvindo hinos de amor,
Contemplando o senhor.
Deixa saudades,
Está viva em nossa memória
Até que nós sejamos só memória.
Adeus linda flor, doce amiga.
Lúcia.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Refletidas

Quantas são as fazes da vida?
Tudo poderia ter sido tão suave.
Por que me cobrei tanto?
Não imaginava que a vida passava tão depressa.
Agora que sei quanto tempo me resta,
Deixei de fazer tantas coisas,
Nem se fui feliz pelas minhas escolhas,
Felizes ou não a vida passa!
O tempo passa,
Tudo passa,
E não podemos esperar parados,
Temos que fazer as coisas acontecerem.
De vez em quando ouvir Mozart,
Ler Borges ou Drummond ou Neruda,
Apreciar Gogh,
Apreciar o mar ou o céu ou a lua,
Ou apreciar o que se ver.
Nosso universo as vezes é tão melhor do que o universo
do outro e nem percebemos,
Não conseguimos perceber a intersubjetividade...
Mas a vida continua,
A vida é imortal,
Enquanto vida existir,
As coisas belas serão refletidas...

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Meu castelo

O lugar onde moro, está mais para castelo.
Quando vou a sacada e olho para o céu é tão belo.
No céu de minha noite,
A lua vai minguando,
As estrelas estão brilhando,
Nuvens passam sombreando a lua,
Hoje, que trabalhei tanto estou tão cansado,
Mas recebo o afago do vendo,
Um abraço da noite
E a cama me chama.
Minha casa é meu castelo,
Nunca me senti tão bem,
No meu pequeno castelo,

terça-feira, 22 de outubro de 2013

domingo, 20 de outubro de 2013

Feliz manhã

O coqueiro cresce fagueiro,
No quintal da vizinha,
Cresce também uma caramboleira.
No chão crescem gramas.
No alto do coqueiro
Pousam sanhaçus
Com chamado curto...
Na manhã ensolarada,
Plantas coberta de flores
Flores brancas, lindos Himatanthus,
Embelezam tantos jardins
Do meu bairro,
E canta, canta a cambacica,
E a manhã se vai...
E o coqueiro faqueiro
Dança acompanhando a brisa.

Agrados da vida

Uma manhã de sol,
Após a chuva.
A brisa soprando.
O cheiro das flores,
Música clássica na vizinhança,
Uma poesia de Borges, Neruda, Drummond ou Bandeira.
A música de Almir Sater ou Cartola.
Uma cédula de alto valor perdida no bolso de uma roupa guardada.
Um telefonema marcando um encontro,
Um riso de criança,
Um afago,
A paixão de alguém pela vida e seu prazer em executar.
Acordar cedo ou dormir até mais tarde.
Um bom almoço,
Uma boa companhia
E uma boa conversa.
Coisas que são possíveis apenas
Em vida.

A lua, a manhã e cantatas

A lua cheia encheu a noite
Duma luz clara e suave.
A lua reinou na noite
E junto com a brisa
A noite silenciou.
O sol nasceu,
Os pássaros cantam felizes
Coletando néctar e frutos.
E a manhã vai passando.
Ao som das cantatas de Bach.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh