terça-feira, 13 de agosto de 2013

O cerrado e eu

O Cerrado no verão é tão belo,
Com seu céu limpo e azul,
Com suas plantas nuas floridas,
Com a algazarra das aves na matina,
Com o calor, o barro solto,
Numa frenética espera pela chuva.
O Cerrado encanta,
A cada estação, embora reduzido,
O cerrado ainda é cerrado.

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

O mundo e a palavra

Amplo é o mundo,
Densa é a palavra que o determina.
Tudo que vejo se não consigo verbalizar
Não tenho como expressar.
A palavra, organiza o mundo.
Cada língua tem seu trato
e densidade de sua palavra.

domingo, 11 de agosto de 2013

Cerrado Dourado

É agosto,
O Cerrado aparentemente tudo está seco.
A poeira vermelha se desprende do chão 
e tinge o mundo de vermelho.
O céu está tão azul,
O horizonte cinza,
E agora temos a florada dos dourados ipês amarelos,
Belo, belo, belo,
Embora efêmero,
Douram o cerrado,
Embelezam o mundo,
Flor a flor se abre,
Flor a flor se desprende,
Logo serão apenas, frutos,
e mais logo em seguida sementes aladas,
E mais em seguida se germinar, plantas,
Nunca mais verei esta floração,
Cada ano é uma nova estação,
Linda florada de ipê,
Doce Cerrado,
É tão belo dourado.

Os Sinos de Ouro Preto

Dobram os sinos,
Rua afora, ladeira acima,
Ladeira abaixo, soam seus timbres peculiares.
Quem é daqui, reconhece de onde vem
E em qual igreja dobra,
Dobram e encantam a cidade.
Que anunciarão os sinos?
Quantas vezes dobraram os sinos?
Gerações foram despertas
E adormecidas...
Linda Ouro Preto,
Cheia de tradições,
De jovens alegres,
De repúblicas vivas,
De turistas curiosos.
Quando dobram os sinos,
Viajo na concha do tempo,
Que só existe em pensamento,
Cantam as várias aves,
Enquanto a cidade é silêncio
E som de sinos.

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tempo reflexão

O tempo passa
e deixa marca na pele
e deixa marca na alma.
O tempo passa
Sem que percebamos.
Ontem, hoje, e amanhã
são infinitos...
Tudo passa.

Escorrer

Enquanto caminho, penso na vida.
Nem sempre penso, as vezes tenho uma ideia me dominando,
Consumindo minha alma.
Ontem enquanto caminhava via a aspereza do chão
de concreto corroído pela água.
A água que mesmo amorfa e líquida transforma as coisas
Ou são as coisa que se transformam.
A aspereza daquele chão empoeirado
me levou a esquecer a bendita ideia e pensar numa coisa mais simples e forte.
A água que escorre, mole, plástica, suave e vai se entregar ao mar,
ou sabe á o que, mas escorre sempre, por força da gravidade.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Noites

Noite, noite, noite...
Três formas diferentes de ver a noite.
Noite pós fim de tarde,
Noite profunda meia noite,
Noite aurora,
Finda a noite.
Logo mais tudo é dia.
Ou nunca mais veremos a noite
ou o dia.

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Que tem as flores

Quantas flores dispersas nos campos
Nas montanhas, nos jardins e praças.
Quantas flores encantam os homens?
Já perdi a conta, já nem sei quantas
São as combinações.
Flores são só flores.
O perfume das flores,
A cor das flores...

domingo, 4 de agosto de 2013

Sensação

Como o domingo é longo à sombra da solidão.
O frio da ausência humana,
Uma palavra mesmo que seja baixinha.
Um pouquinho de atenção.
Mais nada.

sábado, 3 de agosto de 2013

Niilismo

Ontem a noite, sexta-feira,
Perdi o sono.
Folheei o buda que estava sobre a mesa.
Tanta coisa bela, mas inacessível a um humano, demasiado humano.
Peguei o caderno e escrevi duas páginas,
Na tentativa de não morrer naquele momento,
Minha triste existência.
A solidão é triste.
A vida é tão curta para sentirmos tristeza.
Tenho certeza que nenhuma frase que escrevi interessa
Ao mais papolvo ser.
Fiz um chá, tomei-o.
Até que o sono chegasse,
Li quase duas páginas de Pessoa.
Questões preenchiam minha mente.
Minha existência tem um significado?
Respondam-me Sartre, Borges, Nietzsche.
Por um breve instante nada faz sentido,
Mas quando olho sobre a cama vejo
Livros de Gogh, e volto a mim,
Algo pode fazer sentido amanhã.
Apago a luz, deito e durmo.

Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh