segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Chuva

A tarde quente se desfez
Quando uma nuvem
Desfiou uma suave chuva...

A dias que não chovia,
A poeira já sobia,
Então nesta tarde
que agradável,
ver a chuva chover.

A tarde ficou mais curta,
mais amena...

Ao vento

Hoje a tarde se revelou mais linda, mesmo estando nublado.
A finitude da vida povoa minhas ideias. Infelizmente penso muito nisto.
Enquanto caminhava recordava a casa de meus avós,
suas imagens, as visitas que lhes fazia. Tudo ali era simples e rústico.
Sem conforto algum... Corpos cansados da luta que é a vida.
Roupas velhas do cotidiano, com cheiro peculiar de seus corpos.
Cansaço e um horizonte próximo.
Vô José levantava, tomava café e sentava na frente da casa. 
Vô Sinhá ainda se mexia, fazia café, comida, mas a limpeza
da casa era feita por Nana ou Lera... Lentamente meus avós
materno foram cedendo suas atividades. A casa foi ficando
escura, mais vazia...
Estas ondas chegam a casa de meus pais
e na minha nem começou... Não tenho filhos ainda...
Mas já sou cheio de manias.
Pequenas coisas na minha tarde se tornaram grande,
ouvi que a vida é como um sonho
quanto mais a queremos, mais ela se vai...
Vejo minha vida com profundidade,
alguns que riam comigo
já dormem...
As vezes nossas esperanças parecem tão tênues.
Por que há pessoas que creem ser imortais?
Vitae breve...
E a tarde nublada foi muito excelente...

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Domingo

No domingo sempre acordamos indispostos, pelo menos pessoas normais. Saímos da cama mais tarde... Tomamos um café menos frugal e reservamos o ócio para nós mesmos. A inércia nos domina. Há quem goste de cozinhar, sair para pescar, bater uma bolinha, tomar uma cerveja, ou fazer um churrasco. Domingo é o nosso dia. Domingo é dia de missa, de culto a Deus, há aqueles do contrário que fazem o culto a Dionísio.
Bom, mas tem aqueles que trabalham nos domingos, ou tentam fazer para recuperar o tempo perdido ou para ganhar tempo...
Quanto a mim, já renunciei tantas vezes os domingos e continuo a renunciar... Estudar, corrigir artigo ou escrever um projeto.
Quem dera que o corpo entendesse tudo isso, pena que viva uma inércia. 
As formigas não tem essas coisas trabalham diariamente. Serão as formigas felizes?
Acho que sim, acho que a palavra felicidade é uma palavra que nos trás a reflexão sobre o seu significado... Felicidade; Eu sou feliz? E ai lá se foi nossa felicidade.
As formigas certamente são mais felizes que nós. Pensar nos leva ao ócio...
As abelhas também trabalham nos domingos, os cupins...
Somos mamíferos como vacas que levam o tempo a comer...
Ah, já entendi, há os homens bois que levam o tempo a comer. Opâ, homem boi não é uma boa frase, visto a conotação boi, "xifres"; talvez homens rezes fique melhor.
Há os homens leões, que saem a caça... Há os homens... bem é melhor deixar pra lá.
Que texto machista. E as mulheres...
Bom isto fica para outro domingo.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Tempo para si


É necessário um tempo para si, mesmo que seja um breve momento de contemplação e reflexão.
Contemplar uma paisagem, um jardim, uma flor, uma pintura ou alto que nos traga admiração. Em seguida refletir sobre a beleza, a ordem ou desordem, a combinação de formas e cores ou a arte. Contemplar e refletir é parte de nossas naturezas. No entanto o que fazemos quando o mundo contemporâneo em que vivemos nos arrebata, nos rouba atenção, nos tira o tempo e nos sufoca com tantas informações? Temos a internet e tempos a televisão canais que aparentemente nos revela o mundo. Temos que trabalhar para adquirir conforto, sucesso e tudo que a contemporaneidade nos alicia.
Somos seres que vive para o obter, para o poder consumir, nos sentimos felizes em poder comprar, em poder ir e vir, em poder conhecer de imediato... Coisas que o dinheiro pode comprar. Uma linda casa, equipamentos sofisticados, livros, roupas, sapatos... Imediatamente tempos a sensação de que estamos completos até percebemos que tem algo com mais função ou mais belo...
Na minha infância o desejo de ter, de consumir era o mesmo, queria todos os brinquedos, todos doces e roupas, queria ser o centro das atenções... Não nego isso, tinha em mim todos os desejos que as crianças de hoje tem... Se já existisse Macdonald em Serrinha, claro que eu queria Mac lances feliz...
O fato é que meus pais não tinham como dar o que almejava. Não era não e pronto.
Nosso sítio, era o maior universo que podia ter... Tinham árvores, no inverno ervas, animais e o ócio...
Que fazer com tardes longas, noites escuras? Fins de semana? Ocupava o meu tempo brincando de criar coisas, dissecar flores, girinos, caçar pássaros... A vida era longa. Sair para o mato, sentir o cheiro do mato, sentir a terra quente ou úmida... ou não fazer nada. Chegar para onde estavam os adultos conversar e ouvir as conversas. Ficava feliz em conhecer pessoas desconhecidas com outras histórias...
E a tarde contemplar o belo por do sol ou ouvir a chuva e nela banhar-se.
Mas a vida sempre segue, e apesar de bom, queremos mais. Desejamos poder ajudar nossos queridos com algo, poder presenteá-los e vê-los felizes.
Então imergimos nesta aventura que promete progresso e melhores dias e esquecemos de viver cada dia.
Não que almeje viver o que vivia, mas sei que mesmo naquela vida de privações havia algo de bom
e resgatar por meio de minhas reflexões aquelas coisas boas poderá me fazer bem e completo.
Hoje não nos dominamos, usamos remédios, fazemos terapias... Porque o mundo está muito desregrado, não sabemos dizer não a certas coisas. Um pai não sabe dizer não ao filho nem que seja para o seu bem... Não sabemos dizer não aos nossos desejos.
- Não, hoje não vou a loja.
- Não, hoje não vou a livraria.
- Hoje vou ao parque!
- Hoje não vou entrar no facebook!
- Meu Deus estou sem internet, como vou viver...
- Com o vou saber o que acontece com meus amigos, o que estarão fazendo?

Acho que tínhamos mais tempo para nossos amigos ou para nós mesmos.

Você tem tempo?

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Mudar

Somos o que somos, mas podemos mudar.
Podemos mudar nossos pontos de vista,
nossas ideias sobre as coisas, nossa maneira
de agir. Mudar não significa ser fraco,
ao contrário significa abri-se para uma nova
perspectiva de vida.
Mudanças muitas vezes são necessárias
para um melhor convívio no mundo.
Aceitar a madeira do outro agir
é ser superior... Poucas coisas podes
fazer para mudar o outro,
se queres  mudar o outro por que não
tentas mudar a se mesmo...

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Memórias de Barão

As memórias
Minhas memórias,
Tudo poderia ter sido melhor ou pior...
É certo que as coisas que vivo despertam em mim memórias adormecidas.
Agora mesmo vendo uma aula sobre Urticaceae, lembrei da rua José Martins em Barão Geraldo.
Logo que passamos o colégio objetivo em direção a fazenda, depois que cruza um riacho tem um pé de Boehmeria caudata e mais adiante tem um lugar onde as pessoas costumam por lixo e tem muitas Urera bacifera, sob ciprestes e uma grande Paineira ali é mais fresco. Era por ali que toda tarde passava de bicicleta, ou certas vezes passava pra Unicamp quando dormia na Kit da Ana...
E de que me servem estas memórias...
As vezes acho que são memórias de louco...
Sempre passava ali, classificando as plantas em ordens do APGIII...
Rosales, Malvales, Lamiales, Sapindales, Poales, Caryophylales, Fabales, Malpighiales,
Cucurbitales, Commelinales, Gentianales, Zingiberales, Asterales, Ericales, Dipsacales, Apiales...
Para que? Para que?
Boa tarde seu Antônio...Igrejinha, por do sol...
Malpighiales... que deliciosa Acerola...
O velho do caldo de cana sobre a Paineira... Acho que não vai com a minha cara...
O bar da esquina com música piegas...
Sexta-feira tem pastel do japonês simpático...
Magnoliales, Apiales...
Chego em casa, guardo a bicicleta, lancho e vou para o mundo de sofia... 

Bruma

Sentando na manhã,
o sol nascendo,
espero a bruma,
que vem e acarícia
as flores, e leva embora
folhas soltas.

Leve passa a bruma,
enquanto durmo
e quando acordo,
nem percebi sua passagem,

Bruma suave da manhã,
refrigera minha alma,
traz me a calma,
Que a vida é passageira.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Cinzas da noite

A cinza da noite apaga as cores do diz,
O sol já partiu. Na natureza tudo é silêncio...
Suave uma brisa desfia do nascente,
Noite eterna noite...
Meus olhos se fecham e tudo é noite...
Assim é a morte? eterna noite,
Eterno sono profundo...
Hoje dormem pessoas que quando nasci
viviam, pessoa que tinha a lua como luz,
e palavras como conforto e melodia...

Quando a noite cai tudo está tão próximo,
Tudo é tão finito, sem luz, só lua e estrelas.

Quando temos flores, mariposas voam
sob suas asas suaves em busca de néctar,
mas em noites profundas de calor,
até a natureza se dobra diante da noite...

A noite passada, quase não dormi,
só para entender a noite
e sua face oculta, mas nada encontrei...

Noite

A noite eterna solitária
Quando cai a tardinha,
A natureza se recolhe,
As aves se aninham,
Os animais descansam.

A noite eterna solitária,
Sempre calma marca
O fim de mais um dia,
Algumas vezes fecha um ciclo,
outras é um dose desabrochar
um beijo de adolescente.

A noite quando cai enluarada,
toda a natureza pára
e observa a majestade
eterna da noite e da lua...

Os anos caem,
A juventude cai,
mas a noite é eterna,
nós morremos com os nossos corpos,
mas a natureza se recria
noite após noite...

A noite é eterna solitária
por ser eterna...
Por ver gerações contemplarem
e desaparecerem,
como vemos as flores
e nem percebemos
quão quimera são elas...

A noite nos faz dormir,
quiçá eternamente.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Vírus

Meu corpo quente feito chama
Me faz suar. Sinto calor, sinto dor,
Parece que minha alma quer
desencarnar.
Este vírus que me incomoda,
Sei que não me mata,
mas tira todas as minhas vontades.

Sinto um forte calor,
não consigo dormir,
minha garganta e meu nariz
estão incomodados,
minha garganta coça.

Vírus bendito,
viestes não sei de onde,
nem foi como me acometeu,
agora só me resta
paciência e descanso,
logo estarei bom,
logo tu passarás...

Jaca em família

 Eu sempre amei frutas. Caju, goiaba, pinha, araçá, seriguela, pitomba, pitanga, umbu, cajarana, cajá, coco, coco catolé. Essas tínhamos em ...

Gogh

Gogh