segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Ao vento

Hoje a tarde se revelou mais linda, mesmo estando nublado.
A finitude da vida povoa minhas ideias. Infelizmente penso muito nisto.
Enquanto caminhava recordava a casa de meus avós,
suas imagens, as visitas que lhes fazia. Tudo ali era simples e rústico.
Sem conforto algum... Corpos cansados da luta que é a vida.
Roupas velhas do cotidiano, com cheiro peculiar de seus corpos.
Cansaço e um horizonte próximo.
Vô José levantava, tomava café e sentava na frente da casa. 
Vô Sinhá ainda se mexia, fazia café, comida, mas a limpeza
da casa era feita por Nana ou Lera... Lentamente meus avós
materno foram cedendo suas atividades. A casa foi ficando
escura, mais vazia...
Estas ondas chegam a casa de meus pais
e na minha nem começou... Não tenho filhos ainda...
Mas já sou cheio de manias.
Pequenas coisas na minha tarde se tornaram grande,
ouvi que a vida é como um sonho
quanto mais a queremos, mais ela se vai...
Vejo minha vida com profundidade,
alguns que riam comigo
já dormem...
As vezes nossas esperanças parecem tão tênues.
Por que há pessoas que creem ser imortais?
Vitae breve...
E a tarde nublada foi muito excelente...

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