Os dias e noites se passam sem parar, e sucessivamente, vão adicionando histórias a nossa vida e subtraindo nossa vida. Seria muito pejorativo falar em consumir a vida, seria muito capitalista usar esse termo. O fato é que o tempo passa, envelhecemos independente de qualquer coisa e de nós. Não tem jeito, paciência essa é uma lei irrevogável. No entanto quantas vezes pensamos para pensar nesta situação. Em algum momento de nossa vida paramos para refletir sobre a vida. Creio que muitas vezes não, a natureza humana sábia nos faz esquecer, todavia acredito que a reflexão sobre nossa vida muitas vezes pode nos ajudar a nos entendermos, a sermos mais parcimoniosos e buscarmos viver melhor. Quantas vezes não imergimos de corpo e alma em nossos objetivos para cumprir tudo ali no prazo certo, muitas vezes sacrificamos nossa vida só para que no final encontremos uma recompensa a qual achamos que será tal qual encontrar um diamante. Já fui e sou muitas vezes vítima desta emboscada. Então foi através das poucas reflexões que faço que decidi que necessitava fazer algo que me desse prazer, mesmo que fosse por poucos instantes. Lembro que meus pais antes de dormir rezavam e nos fazia rezar juntos, não entendia o que significava, eles nos explicava que não eramos animais para ir dormir sem rezar. Depois de muito tempo compreendi que através da oração é que muitas vezes paramos para pensar na vida. Achei muito legal essa interpretação que dei para o porquê da oração. Mas se pararmos para analisar, quando oramos, realmente conversamos com nos mesmo, refletimos sobre nossas atitudes, nossos gestos e prometemos melhorar. Sim nós humanos adoramos melhorar as coisas, aperfeiçoar, gostamos por natureza de perfeição, mesmo que não signifique que sejamos. O fato é que refletir sobre a vida é um exercício que deve ser cultivado, pois muitas vezes pode tornarmos seres melhores.
A concepção de mundo é subjetiva, sendo a experiência sua fonte capital. O mundo é representação. Então, não basta entender o processo aparentemente linear impressão, percepção e o entendimento das figuras da consciência. É preciso viver, agir e por vezes refletir e assim conhecer ao mundo e principalmente a si mesmo. Aprender a pensar!
sexta-feira, 7 de outubro de 2011
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Música
A música tanto pode acalmar como agitar só depende do rítimo, todavia independente do deste a música provoca em nós uma sensação de bem estar, alegria ou na maior parte das vezes um estado felicidade instantâneo, podemos sentir até mesmo uma plenitude.
As vezes nem mesmo sabemos o significado, mas a melodia, a harmonia nos encanta. Não tenho o dom para tocar nenhum instrumento, no entanto, para mim a música é tão necessária quanto as necessidades vitais. A música faz parte da identidade de um povo é uma das mais importantes partes da cultura humana. Acredito que cada pessoa gosta de um rítimo, acho que um entre os fatores que nos faz gostar de um rítmo é a idade. Esta vai delineando em nós determinados perfis, apurando os gostos. A luz da compreensão do mundo, a experiência, as vivências vão determinando em nós nossa personalidade. Vamos construindo nossas verdades. A música portanto, acredito que ao provocar em nós essas sensações é muito importante na em nossa definição como seres. Não há quem não goste de música, pelo menos não conheço. Há músicas que basta ouvir para me sentir bem. Portanto a música é sempre benéfica a nós, e provoca em nós felicidade.
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Desejo
Há algo em nós ser que nos leva a querer o que não temos. Algo que imaginamos que ao possuímos nos fará mais feliz, como dizia Spinosa algo que nos faz feliz aumenta nossa vida. Existe em nós o desejo. Somos talvez os únicos seres que desejamos e estamos sempre desejando. Este desejo pode ser um objeto, um sentimento ou até mesmo um momento a ser vivido. Mas o que nos leva a desejar? Ao que me parece não é a necessidade, até pode ser, mas desejamos até mesmo quando não temos necessidade. Nem é a ausência de algo. O que nos leva a deseja serão os sentidos ou as sensações que eles nos proporcionam, ou as ideias? Partindo dos sentidos dos elementos podemos chegar a uma forte conclusão. Que sim os sentidos despertam em nós desejos, são as boas sensações que nos permite sentirmos felizes. O cheiro, a cor, a beleza nos dão sensação de bem está e despertam desejos. Boas ideias nos levam a desejar nos tornarmos melhores. Entretanto vezes somos reféns de nossos próprios sentidos que nos levam a desejar. As vezes somos reféns de ideias perigosas expostas a nós ao aceitá-las como verdadeiras sem refletir. Creio que somos capazes de controlar nossos desejos, acho que devemos nos educar, e a educação é exatamente algo que na maior parte das vezes poda nossos desejos. As vezes a renuncia de um desejo nos dar uma sensação de que somos fortes.
As vezes podemos desejar uma coisa de maneira tão intensa que esquecemos quão bela é a vida, quão importante são as pessoas que nos rodeiam e passamos a viver em função de algo. Não creio que renunciar os desejos seja a solução, mas as vezes ter paciência nos levará a sermos mais forte e certamente atingiremos o desejado.
O fim da tarde
Suave a tarde entrega o dia para a noite.
O céu pálido com nuvens frouxas,
onde um ou outro avião mergulha.
As sibipirunas com suas flores
cor de gema perfumam e enfeitam
o fim da tarde.
Hoje não teve crepúsculo,
mesmo assim o fim da tarde
foi tão lindo.
Pombos pousados sobre fios
contemplam a tarde.
Cães nem latem, cochilam,
as ruas estão tão preguiçosas
vazias.
E pedalando vou sem
vontade de parar,
quero apenas contemplar
o fim da tarde.
O céu pálido com nuvens frouxas,
onde um ou outro avião mergulha.
As sibipirunas com suas flores
cor de gema perfumam e enfeitam
o fim da tarde.
Hoje não teve crepúsculo,
mesmo assim o fim da tarde
foi tão lindo.
Pombos pousados sobre fios
contemplam a tarde.
Cães nem latem, cochilam,
as ruas estão tão preguiçosas
vazias.
E pedalando vou sem
vontade de parar,
quero apenas contemplar
o fim da tarde.
É tarde
A tarde chegou, embora infantil,
a tarde esta ai. O sol ainda arde,
o sabiá canta lá fora e seus filhotes
corrochiam, contente com o
pouco de comida trazida.
É tarde, no jardim as ervas
mucham suas folhas para
se proteger.
É tarde, é tarde.
a tarde esta ai. O sol ainda arde,
o sabiá canta lá fora e seus filhotes
corrochiam, contente com o
pouco de comida trazida.
É tarde, no jardim as ervas
mucham suas folhas para
se proteger.
É tarde, é tarde.
terça-feira, 4 de outubro de 2011
Quem sou?
Queria que algo roubasse minha alma de mim, mesmo que fosse só por um instante. Queria por este instante deixar de ser eu. Queria me ver como o outro me ver, sem subjetivismo. Queria realmente me conhecer. Queria por um instante fugir de mim. Quem sabe o que queria constituir. Talvez os tecidos de uma flor, ou talvez páginas de livros, penas de águia. Sei lá queria fugir de mim por um instante. Queria me sentir como um papus leve levado ao vento. Estou me sentindo muito pesado, como se minha carne fosse feitas de fibras de aço, meu sangue de mercúrio meus ossos de chumbo. Uma sensação toma conta de mim, e me deixa assim, escuro como a sombra da noite. Tudo isso porque não sei quem sou, não sei o que fazer. Seguir em frente, mas em que direção? Hoje vi o vento, que parecia vento de praia, daqueles de arribar saia. Vi o vento balançar a tipuana cheia de flor, me deu uma vontade de ser vento, mas só para sentir essa leveza. Minha acácia está começando a florir flores amarelas, logo vai ficar tão bela. Logo vai me alegrar, as flores da sibipirunas partem, mas logo vai chegar a das acacia. As flores do jasmim já floriram. Queria ser todas elas só para contemplar a natureza, a estação sem nada pensar, mesmo que seja por fase tão efêmera. Uma ideia não me sai da cabeça. A ideia de liberdade, a ideia de leveza, logo que terminar meu trabalho, logo que encontrar a beleza nele escondida. Vou sorrir e me sentir feliz como girassois de Gogh. Por isso quem me dera me ver de fora por um instante como sena de novela. Quero realmente descobrir quem sou, se sou bom ou ruim.
Oscilar
Onde está minha mente?
Não sei, meu corpo esta aqui,
mas minha mente não, está distante.
Meu corpo está em silêncio,
não falei uma palavra hoje,
não encontrei com ninguém.
Um dia vai passar.
Tive momentos
felizes e momentos tristes hoje.
Não sei, meu corpo esta aqui,
mas minha mente não, está distante.
Meu corpo está em silêncio,
não falei uma palavra hoje,
não encontrei com ninguém.
Um dia vai passar.
Tive momentos
felizes e momentos tristes hoje.
Lindo dia
O dia está tão lindo.
O vento sopra tão assanhado que me fez lembrar de Natal, parece até vento de praia.
A tipuana está florida até o jasmim da minha rua.
O sabiá construiu um ninho em nossa área da frente,
onde tem três lindos filhotinhos,
então ele canta feliz na minha acacia.
Canta toda a tarde.
Ouço uma boa música,
me sinto em paz.
O vento sopra tão assanhado que me fez lembrar de Natal, parece até vento de praia.
A tipuana está florida até o jasmim da minha rua.
O sabiá construiu um ninho em nossa área da frente,
onde tem três lindos filhotinhos,
então ele canta feliz na minha acacia.
Canta toda a tarde.
Ouço uma boa música,
me sinto em paz.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Vento passar
Ouço o vento soprar lá fora,
ouço as folhas chiarem agora,
é noite, uma noite agradável
noite fria, noite vazia.
Abri a janela só para
vero planeta amarelo que é tão belo.
É noite.
Ouço o vento passar,
ouço o mundo
ecoar, ouço e não entendo nada,
nada...
Não entendo nada,
uma maça sobre minha mesa cheira.
É noite vou logo dormir,
estou cansado,
já não tenho porque ou por quem esperar.
Ah, a vida continua,
mas meu coração dói.
ouço as folhas chiarem agora,
é noite, uma noite agradável
noite fria, noite vazia.
Abri a janela só para
vero planeta amarelo que é tão belo.
É noite.
Ouço o vento passar,
ouço o mundo
ecoar, ouço e não entendo nada,
nada...
Não entendo nada,
uma maça sobre minha mesa cheira.
É noite vou logo dormir,
estou cansado,
já não tenho porque ou por quem esperar.
Ah, a vida continua,
mas meu coração dói.
Na minha janela
Através da janela é por onde tenho visto o mundo, esta tem sido como minha iris. E tudo que vejo é a mesma paisagem, o mesmo jardim, as mesmas plantas, estou percebendo até o crescimento das plantas. É pela janela do meu quarto que estou regulando meus dias. O sol nasce e se poe e eu fico aqui tal qual um doente convalescente que aguarda ficar bom. Estou aprendendo a olhar através da minha janela. Aprendendo tanta coisa e nada ao mesmo tempo. Quando me canso de olhar pela janela da nuvem internet, vou a janela real e vejo as folhas secas espalhadas pelo chão, a acacia em seu demorado processo de transformação, as flores amarelas da sibipirunas caídas pelo chão. Vejo ainda samambaias, uma opuntia, uma alamanda, uma trilparis, três petiverias, um ficus e uma dichorisandra, nem mais o estrela pra balançar a calda. Pela janela ouço o som das aves, dos carros, das pessoas. Tudo vai passar, estou só sofrendo uma metamorfose e a luz que cruza minha janela, as cores, os odores são só uma graça divina.
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