segunda-feira, 2 de maio de 2011

Almoço

Uma das melhores coisas na vida a se fazer é comer. Quando falo em comer me refiro só ao ato de comer, mas a reunião que este ato proporciona, num almoço, num churrasco, algo que agregue pessoas queridas que nos faça sentir bem, aprender se distrair.
Uma das coisas mais valiosas aqui na universidade que posso desfrutar é da presença de pessoas de diferentes lugares. Pessoas de diferentes cidades, estados ou até mesmo de países, assim nossas reuniões são extrema e culturalmente ricas . Então em todos os dias utéis da semana nos reunimos para almoçar juntos. Eu aprendo e me divirto muito. A comida é barata e saborosa. Meus amigos são muito legais, inteligentes e extrovertidos. De maneira que neste horário viajamos em nossas conversas. Aprendemos línguas espanhol e inglês, ciências botânica ecologia e biologia; música; cinema...
Já nos fins de semana vou para a casa da minha namorada ou ela vem pra minha casa. Ah, é muito bom, porque ajudo ela a fazer uma comida diferente, sair para comer fora. Aprendo a fazer alguma coisa para o almoço. Ana é uma pessoa maravilhosa, sensível e meiga, além disso cozinha muito bem. De maneira que meus almoços são todos muito bons, onde quer que vá.

Inverno

Parece que o inverno chegou. Faz um frio lá fora. O céu está coberto de nuvens. É acho que sim, se não chegou já está dando sinais. Hoje mesmo muito cedo já vi sabia pulando sobre o solo. Não sei, talvez seja um sinal, sim pode ser. Esse frio também pode ser. Sei que estamos no outono, mas já tem cara de inverno, enfim março e abril já passaram, teremos menos de dois meses para o inverno para o frio. Não que não goste do inverno ou do frio, não é isso eu adoro tudo isso. Mas sabe essas mudanças de clima sempre nos dão de presente um resfriado ou uma gripe. Acho que estou com gripe. Também semana passada a temperatura oscilou muito horas esquentava, horas esfriava. Ah essas mudanças de clima! Hoje mesmo está um dia argentino. Sim um dia daqueles que vi todos os dias quando estive em Buenos Aires, dia frio, nublado, escuro. Dias assim só conheci aqui no sudeste, e bem mais gelados só na Argentina. Lá no nordeste não é assim. Os dias são claros, ensolarados. Inverno lá, só no período que chove entre os meses de janeiro e junho. As vezes chove todos esses meses, as vezes não chove quase nada. Mas quando chove todos os meses. Lá na serra de onde vim. Faz frio, um frio muito gostoso, um frio verde como as matas, um frio florido como as jitiranas, um frio trazido pelo vento, ou pela brisa, frio com sol já viu? Que sempre nos traz de presente um leve resfriado ou uma gripe. Depois tudo muda.
Aqui quando chega o inverno, o céu fica escuro, o verde escuro das plantas, nos sentimos mais tristes por sentir solidão.
No nordeste não sentimos solidão, sentimos saudades, do passado, dos amados, do que foi bom e acabou.
É está chegando o inverno. Logo cantará o sabiá, as pessoas vão ficar mais elegantes, mas a vida
sempre fica mais escuras.

domingo, 1 de maio de 2011

Sol

Quando o dia nasceu,
nem vi, nem percebi,
mas sei que acordei
depois do sol,
fiquei frouxo
na cama, levantei,
e fui até a janela
contemplar o que contava
o sol.
Este me falou de formas,
me falou de cores,
este me ensinou tanta coisa
e me mostrou um belo
beija flor,
que voava livre pelo céu,
me mostrou que a figueira
estava calma,
que a vizinha saia,
dai perdi a paciência
e fui ao banheiro,
escovar os dentes,
mas o sol já estava lá,
fui a cozinha e peguei um pão,
comi o pão sozinho,
não reparti com o sol,
depois abri o computador
e fiquei vento fotos de
beija flor,
mas não era o sol quem estava
me mostrando
era o notebook.
Então voltei para o quarto,
fechei as portas
e apaguei o dia,
voltei a cochilar,
tempo depois
acordei novamente
e o sol lá estava,
continuava a caminhar,
então contemplei e dei
um abraço no sol,
sem ele que seria de nós?
e

Jequitibá

Era noite, quando chegamos a praça,
olhei para os prédios em sua volta,
olhei para as pessoas, para o ponto
de ônibus, olhei para as luzes laranja,
e ouvi o grito de crianças a jogar,
então olhando com atenção,
vi ali na praça uma imensa árvore,
vi palmeiras imperiais,
então preferi olhar para
o antigo prédio atrás do ponto
de ônibos, ali me atraia,
não sei o que era, mas percebi
que havia no jardim do prédio
um barco enjaulado,
Achei muito esqusito,
então ouvi crianças
jogando bola na praça,
ouvi, mas não os vi.
Vi as palmeiras, e aquelas
duas grandes árvores.
Então que plantas
seriam aquelas?
veio uma ideia
a minha mente,
que saberia
quem eram elas,
sim nas folhas
eu acharia seu nome.
Mirei-a por certo tempo
aquela grande árvore
com enorme sombra,
mas nada vi.
Então olhei para o chão
e vi bem ali,
deitada uma pequena folha,
abandonada, a folha seca,
que poderia me dizer a folha?
então tomei-a na mão
e comecei-a a olhar,
a analisar o que seria,
vi apenas uma folha simples,
com margens serreadas,
glabra o que me diria isso?
olhei novamente para os
ramos e nada veio
a minha mente,
nada.
Então fiquei
com aquilo na mente,
quem será essa linda planta?
Quem será?
Então entrei no ônibus,
e da janela deste vi,
num dos ramos,
um belo fruto,
que me disse quem
o era.
Era um pixídio,
isso era um imenso pé de jequitibá,
e aquela folha simples,
serreada só serviu para confirmar
que ali na praça tinha mesmo
eram pés de jequitibá.

Praça Carlos Gomes

Muito do que me expressa uma paisagem reflete a sua importância para a história de um povo.
As obras de arte, as árvores, a limpeza e organização, estética, mostram o respeito que esse povo tem por seus antepassados.

Ruminei essa ideia que me foi aprisionada após conhecer a praça Carlos Gomes em Ribeirão Preto, SP. Onde esperava o ônibus para ir para a casa da minha namorada. Dali daquela parada de ônibus pude observar os diversos edifícios antigos que se encontram sujos e parecem esta abandonados.
Percebi que os prédios tinham uma fachada muito bem trabalhada, linda. Então comecei a observar na praça que apresenta postes para iluminação modelo republicano, mas com uma luz amarela que ofusca as cores, de certo a beleza da praça a noite. Essas luzes amarela tiram a vida da praça a noite.

Pude perceber ainda dois belos jequitibás um próximo a cada canto pro lado do MARP. Sob um jequitibá há um busto obscuro sem uma luz para iluminá-lo, com uma placa do lado, tão quanto escura. Sem acesso aos visitantes. Bem do lado quase junto a rua tem uma banca de revista. No lado oposto no outro jequitibá não percebi muita coisa. Mais para o centro da praça tem enormes e belíssimas palmeiras imperiais. Com alguns vagos bancos. A praça só não está mais vazia e abandonada porque crianças jogavam bola, usando o espaço vazio.

O que me dizem os jequitibás e as palmeiras imperiais?
Contam-me muito do passado e da importância do lugar. Sim visto que foi uma palmeira imperial, Roystonea oleracea (Jacq.) O.F., trazida das Antilhas, que Don João VI plantou no jardim Botânico do Rio de Janeiro como símbolo da criação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro,
além de ser uma das plantas mais utilizadas no passado em obras paisagísticas nos prédios imperias, tais como Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Jardim Botânico de São Paulo, Instituto Agronômico de Campinas, Museu do Café em Ribeirão Preto. Essas palmeiras são verdadeiros obeliscos vegetais. E observando pelo tamanho, podemos concluir a idade da planta e consequentemente da bela praça.
Os jequitibás são belíssimas plantas da nossa flora, presente em muitas matas do interior de São Paulo. Muito conhecido pelos habitantes da cidade de Campinas pelos enormes jequitibás presentes em frente a prefeitura daquela cidade, nome que deu nome ao prédio da prefeitura, Palácio dos Jequitibás. Ou seja não foi por acaso que escolheram plantas tão importantes como símbolos que representam o estado de São Paulo, a cidade de Campinas e consequentemente a cidade de Ribeirão Preto. Sendo prestigiada com esse espaço, com essas plantas, com o nome de um dos filhos do Brasil que mais nos representou fora do país, levou através de sua música ao mundo o conhecimento de nossa cultura com o Guarani.
Diante do aparente desconhecimento da importância histórica desta praça, tão subutilizada, é triste ver o sucateamento e a morte de um ambiente, berço rico para a história do provo ribeirão pretano pode está sendo enterrada.
É triste passar por uma praça que não está escrito nem em placas de trânsito o nome da praça.
Ainda é tempo de repensar sobre essas reflexões.
Essa ideia ainda está impregnada em minha mente e não quer calar.


sábado, 30 de abril de 2011

Noite

A noite caiu.
A natureza está quieta.
Grilos cantam nos jardins.
No céu escuro despertam estrelas.
Morcegos cortam o céu cantando.
É noite e o dia já foi consumado,
passa das dezoito horas.
Um cão latiu agora na casa da frente.
Nada vejo além das estrelas,
ouço apenas os insetos e os morcegos.
Tudo está escuro.
Já é noite.
A noite acolhe o mundo,
deixa-o em paz.
Amanhã é domingo,
sendo assim a noite se estende
um pouco a mais.

Tarde de outono

O sol já se escondeu atrás dos edifícios,
já emana uma luz vermelha, crepuscular,
é fim de tarde, os pássaros cantam.
A figueira ali na frente está tão quieta,
também o vento não veio incomodá-la.

O céu está azul, círrus dispersos no céu,
e o dia passa devagar, passa sem parar.

Sussego

É fim de tarde, estou em Ribeirão, e por incrível que pareça não faz calor. O sol já está quase se pondo. Almoçamos muito tarde, hoje que é sábado, acordamos tarde. Depois que Ana foi a academia, fizemos o almoço, feijoada, comemos e ficamos digerindo. Deitados na sala, agora que o sol se põe. Estamos nos preparando para ir ao cinema. Esse foi um ótimo dia.

Sábados

Quando era pequeno os sábados eram sempre muito bons. Primeiro eu não precisava ir à escola, isso me dava mais tempo livre pra não ter que fazer nada. Acordava cedo. Ia buscar água e podia ficar o dia todo em casa ou sair para a casa de algum amigo. As vezes aproveitava a tarde pra por água e não que acordar cedo no domingo, as vezes aparecia algo bom para fazer, como ir jogar bola no Porção, uma comunidade vizinha a nossa onde tinha um campo. Mas o bom era quando chegava a noite e saíamos a paquera. Ah era uma sensação maravilhosa. Bem como era muito tímido eu costumava ir para a cidade com meus amigos só para ver as menininhas, ver meus amigos conversando com elas, também conversava, mas era tão devagar. Não ligava o que gostava era compartilhar com meus amigos as mesmas situações. Não bebíamos, nem grana tínhamos, no máximo para comprar balinhas. Mas era muito divertido o preparo. A tarde os assuntos já vinham a tona. Então ficava naquela ansiedade. Fulano tá namorando ciclano, que nada trocava uns beijos. Era sempre os outros. Quando chegava a noite passava na casa de meu amigo primo esperava que ele se arrumasse, se perfumasse e seguíamos, as vezes a pé, outras de bicicleta e iamos fazendo cordão de moleques em busca da rua. Quando chegávamos na cidade, encontrava as pessoas na praça, depois ia nos clubes, conhecidos como mengão, abreviação de flamengo, time carioca, e ficávamos que nem pássaros pulando no poleiro. Saiamos do mengão de Edsom para o de Lauro, e vice versa. De maneira que víamos e cumprimentávamos as mesmas pessoas a noite toda. Na praça e cedo acabava a magia, voltávamos para casa na vontade de voltar a fazer tudo de novo, quem sabem qualquer dia desses uma menina não se engraçaria conosco, mas era tímido, me achava sem graça. E assim o sábado acabava. Depois mudei de itinerário ia para Martins, depois esta cidade perdeu a graça. E os sábados perderam a graça. Hoje os sábados servem para dedicar a minhas coisas mais a vontade, a Ana que está comigo, ou quando encontro meus sobrinhos, irmãos e pais. Papai nos sábados lá em Serrinha usa o sábado para fazer seus passeios. Acorda tira comer para os bichos e vai para Martins, vai nos profundos, uns amigos de longa data que tem um pequeno açougue, depois vai ao mercado compra umas coisas e desse passa em casa, deixa as coisas e vai para a casa dos irmãos e sobrinhos na Serrinha. Mamãe fica em casa, faz as coisas e termina cedo e dorme a tarde toda. Rosângela cuida das meninas; Li as vezes trabalha ou fica em casa com Susi e Felipe. Bergue trabalha, Meire fica em casa. Assim são os nossos sábados.

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Laranja

Qual a essência de uma laranja?

O que imagino quando penso numa laranja?

O que diferencia uma laranja de outra fruta?

Laranja é um fruto (a) que Pertence a família Rutaceae, ao gênero Citrus e a espécie Citrus auriantum L.. Lineu foi o primeiro botânico a descrever esse fruto.
Mas o que isso significa para quem não é botânico?

Se perguntar para um nutricionista ele vai dizer que é um alimento rico em vitamina C.
Se perguntar para uma pessoa que estuda gramática vai dizer que é um substantivo, um nome.
Se perguntar a um matemático vai dizer que a laranja tem uma forma mais ou menos esférica.

Se falar isso para meus irmãos, meus pais ou a qualquer pessoa eles terão sempre uma resposta subjetiva ou objetiva.

O fato é que todo mundo simplesmente acha que simplesmente é só uma laranja.

Mas o que é uma laranja?

Por que a laranja tem essa forma esférica, esse sabor ácido, esse cheiro peculiar?
As laranjas podem ser grandes ou pequenas, doces ou azedas. Podem simplesmente mudar de estado de acordo com seu estado verde ou maduras.

Mas o que une e separa a laranja de outras frutas?

Um fruto é uma estrutura presente em todas as plantas com flores, originadas a partir do desenvolvimento do ovário presente nas nestas flores.
Todas laranjas são frutos, portanto o que une a laranja a todos os frutos é a sua origem, ou melhor, assim como todo fruto, a laranja se origina do desenvolvimento do ovário.
Existem plantas que apresentam frutos que são muito semelhante a laranja, os limões por exemplo.
Os caracteres citados acima tais como tamanho, o cheiro, o sabor a forma nos permitem diferenciar a laranja dos outros frutos. Uso dos sentidos para tentar explicar o que é que uma laranja. De maneira que para tentar explicar o que é uma laranja, preciso usar uma gama de caracteres que me permitem descreve-la e é através destas características poderei imaginar o que é uma laranja, precisarei ainda compreender das formas descritas para poder imaginar o que é uma laranja, de certa forma conhecer um fruto semelhante a laranja me permite compreender com maior facilidade o que é uma laranja, no entanto será mais difícil compreender o que é uma laranja se partir apenas das formas. Seria o mesmo que você que ainda está lendo imaginar o que é uma cajarana.
Partimos do que conhecemos para compreender o desconhecido.
Enfim qual é a essência da laranja?
De certo é muito subjetivo, cada um tem uma ideia do que é uma laranja.
Então pegue uma laranja, sinta seu peso, perceba sua forma, descasque-a ou corte-a em cruz e olhe com atenção tudo que a constitui, olhe a casca, o sumo que sai dela, olhe os gomos, os alvéolos, as sementes. Depois ponha na boca e sinta o suco, doce ou azedo, mastigue sinta a consistência. Então me diga o que é uma laranja.



Bati-bravo Ouratea

 Aqui na universidade UFPB, campus I, Bem do lado do Departamento de sistemática e ecologia tem uma linda árvore com ca de sete metros. Esta...

Gogh

Gogh